domingo, novembro 28, 2010

Miniblusa amarela

Eu estava agachada, no gramado lateral da casa, que por sinal era linda; as linhas e as cores da construção combinavam perfeitamente com a paisagem local. Envoltos por um ar de sítio, tínhamos total privacidade. Pessoas estranhas por perto, nem pensar.
“Vai demorar muito?”, perguntou ele com a câmera na mão, focalizando-me e aguardando o momento exato para o clique.
“Calma, preciso me concentrar.”
Eu estava nua, ou melhor, trajava apenas uma miniblusa, semelhante a um top, e de cor amarela.
“Estou aguardando”, completou sorrindo.
Viajáramos na véspera, apenas os dois. Pela primeira vez eu estava na casa de campo do meu namorado. Aproveitamos a noite para beber, saborear pães e pastas comprados no pequeno supermercado local; depois, namoramos.
Na manhã que transcorria, continuamos o nosso jogo amoroso; corremos pela relva – a casa tinha um terreno enorme –, ele sempre atrás de mim; vez ou outra me agarrava e me beijava. A idéia de tirar a roupa ao ar livre foi minha, a da foto também; o que ele me pediu e até ali eu não conseguia, no entanto...
“Acho que não estou com vontade, é melhor deixarmos para depois.”
“Não saia da posição, por favor”, deu um clique, “não se mexa, vou dar um jeito.”
Correu à cozinha e voltou com uma pequena garrafa de cerveja.
“Beba, você vai conseguir.”
Tomei a garrafa de suas mãos, ensaiei os primeiros goles. Ele deu alguns passos e mais alguns cliques.
“Isso, beba mais, essa cerveja é uma delícia.”
Ah, esses homens têm lá suas taras, pensei comigo enquanto continuava bebendo. Todos eles desejam uma extravagância. Tanto que não me machuquem, tanto que sejam tarados lights, não há problema.
Ao acabar, devolvi a pequena garrafa; concentrei-me em vão, não foi ainda que consegui.
“Acho que não vai dar, nunca tirei uma foto fazendo xixi, acho que esse ato tem de ser espontâneo.”
“Espere”, falou. Correu de novo lá dentro e voltou com outra garrafinha. “Tome mais essa, você vai adorar, é belga.”
“Ai, amor, vou ficar bêbada às onze da manhã, e minhas pernas já estão doendo.”
“Faça isso por mim, tente mais uma vez, vai, beba, você consegue dessa vez.”
Reparei que sua voz embargou um pouco; minha posição o excitava.
Bebi vagarosa procurando saborear a cerveja, acho que tinha mais álcool do que a anterior. Quando acabei, fechei os olhos, senti ligeiro arrepio. Estava realmente uma delícia.
“Ai, acho que agora consigo, vai sair...”
Ele preparou a câmera. No início desceu um respingar frágil, mas pouco a pouco foi aumentando até se transformar num jorro forte. Fechei os olhos, inclinei a cabeça um pouco para um dos lados.
“Levante a cabeça, abra os olhos”, bradou.
Abri, sorri. O jato que me escapava atingia o ponto de maior fluxo.
Meu namorado clicou várias vezes.
Quando acabei, ainda continuei por um momento agachada; depois me levantei e estiquei as pernas. Com o tronco ainda curvado, apoiei a palma das mãos nas coxas. Fez mais uma ou duas fotos. Na penúltima, fiz cara de inocente; na última, de quem estava morrendo de vergonha!

domingo, novembro 21, 2010

Vamos então assistir

Estava agachada, atrás de um automóvel, com o coração aos saltos. Um homem inesperado notou algo. Ficou a observar, disfarçado. Acabou por perceber o estranho acontecimento. Acho que no início pensou que se tratava de um bicho. Ao começar a investigar viu que era uma pessoa, uma mulher... Mostrou-se surpreso e ao mesmo tempo temeroso em se aproximar. Olhou para um lado e para o outro. Talvez pensou que fosse uma armadilha. Chegou-se, pertinho.

"Algum problema, senhorita?"

"Não, não há problema nenhum", nessas horas é preciso mostrar firmeza, eles não esperam por isso.

"Mas a senhorita está nua, numa rua, já passam das duas da madrugada."

"Silêncio, espera um pouco que conto o que aconteceu. Agacha também, aqui, ao meu lado."

Obedeceu, já o tinha nas mãos.

"Fica quieto. Mais ninguém pode se aproximar."

"Por quê?"

"Achas que uma mulher gosta de estar pelada e à mostra para todo mundo?"

"Mas o que aconteceu, a senhorita foi asssaltada?"

"O que achas?", responder com novas perguntas é um método eficaz.

"Acho que é provável. Quer que eu tente lhe arranjar uma roupa?"

"Não é possível também que seja uma pegadinha?"

"Como? Dessas que aparecem na televisão?"

"Não gostarias de aparecer na TV ao lado de uma mulher bonita e nua?", eu precisava continuar com a iniciativa.

"Eu? Ao lado de uma mulher nua, na TV? Acho que minha mulher me mata. A senhorita não sabe como ela é brava."

"Sua esposa gosta do programa da Mary Fake, na Rede TVI?"

"O programa da dona Mary? Ela adora, não perde um."

"Que tal ela assistir ao quadro: 'Seu marido é fiel?'"

"Existe mesmo esse quadro, no programa?"

"Ainda não, mas este será o primeiro episódio para testar o primeiro marido fiel."

"Oh, não, minha mulher vai me matar!"

"Então, vá, corra! Tens alguma chance."

"Verdade?"

"Quem sabe?"

O homem levantou-se e correu para o outro lado da rua. Desapareceu dentro da noite. A porta do carro foi aberta. Entrei, ligeira.

"Assim me matas", falei ao meu namorado.

"Mas você está morrendo de rir..."

"Não sei como podes sentir prazer me fazendo passar por uma situação dessas", falei em meio à tentativa vã de conter o riso.

"E por que você ri?"

"Vais já saber."

"Se você está rindo é porque acabou gostando."

"Quero viver todas as loucuras que me propões", conseguira me controlar.

"Mas que foi bom, foi, não?"

"Será?", eu, irônica.

"Você conseguiu gravar a cena com o homem?"

"Isso não estava no script."

"Gravou ou não gravou?"

"Sempre falas que sou a mulher mais eficiente do mundo, o que achas?"

"Vamos então assistir, estou morrendo de tesão!"

quinta-feira, novembro 11, 2010

Qual é o teatro?

Chamava-se Joana e eu a tinha conhecido havia pouco. Viera de Belo Horizonte para ficar durante uns dias na minha casa. Chegou na quinta. Fizemos alguns programas no mesmo dia, como ir à praia e passear à noite e jantar em algum restaurante, em Copacabana. Na sexta fomos a Teresópolis. Sempre achei a cidade aconchegante, quis apresentar a ela. Passamos o dia lá. Mas o que desejo mesmo contar é o que aconteceu no sábado, véspera do dia em que ela voltaria para sua cidade.

Durante o dia chovia muito. Joana aproveitou para ler o jornal.

“Há uma peça que parece ser boa, vamos?”, perguntou.

“Podemos ir. Qual é o teatro?”, sempre me esforcei para tratá-la com delicadeza.

“Maison de France. Fica longe?”

“Não. Fica no Centro, dez minutos de carro.”

Durante a tarde saímos em meio à chuva para comprar os ingressos. Voltamos e ficamos em casa esperando a hora do espetáculo.

Às oito horas, vestimo-nos. Ela, como nunca viera ao Rio, arrumou-se com a melhor roupa que trouxera na bagagem. Lembro que vestiu uma saia de comprimento mediano, ia até os joelhos, e uma blusa branca, trabalhada sutilmente com algum brilho prateado. Ficou adorável.

Assistimos ao espetáculo. Tratava-se da vida de uma personagem importante na história da psicanálise. Joana adorou.

Depois fomos jantar. Foi minha a ideia de ir a um restaurante japonês. Ela gostou da ideia. Pedimos os pratos que costumeiramente se pede num sábado à noite, quando se frequenta esse tipo de restaurante. O principal torna-se a bebida que acompanha a refeição. Devido à característica do lugar, pedi saquê. Ela me acompanhou. Mas não com uma dose inteira. Bebemos duas doses caprichadas; ela tomou metade de uma. Saboreou com a bebida camarão empanado.

O principal aconteceu quando chegamos em minha casa. Já devia ser mais de uma da madrugada. Ela despiu-se e deitou. Deitei ao seu lado. O final de semana findava e não tardaria Joana teria de ir embora. Mal sabia quando a veria novamente, ou se mesmo chegaria a vê-la. A vida extenuante daqueles tempos nos obrigava a trabalhar muito. Sobrava pouco tempo para viagens e para esse tipo de amor.

Quando estávamos já quase adormecidos, tive uma ideia genial. Acho que o saquê me excitara. Depois de alguma bebida forte, sempre sou tomado por idéias geniais.

“Joana?”

“Hum...”

Posso pedir a você uma coisa?”

“Pode”, esticou os braços, procurava o meu pescoço.

“Você vai até lá fora pelada, bate na porta para eu abrir e faz de conta que está chegando nua aqui em casa?”

Surpreendeu-se com a proposta. Olhou para mim e perguntou:

“Nua, nua?”

“Isso, peladinha.”

Não sei se pelo fato de não conhecer ninguém na minha cidade, ou mesmo tomada por necessidade de aventuras, respondeu rápido:

“Vou.”

Tirou a calcinha, a única peça que vestia. Mas quando chegou perto da porta pediu:

“Posso ao menos cobrir os seios?”

“Os seios? Pode. Mas com uma blusa bem curta.”

Vestiu a blusa. Não era mais do que um top. Saiu. Fechei a porta atrás dela.

Nunca tinha feito tal brincadeira. Confesso que senti grande excitação ao deixar uma mulher nua batendo à porta da minha casa, à espera de que eu atendesse, correndo o risco de ser surpreendida por alguém ou mesmo de que eu não abrisse a porta.

Ela bateu suavemente. Corri para outro lado da casa, procurei outro cômodo, queria ganhar tempo. Fui de novo até à porta, mas voltei para o outro extremo da casa. Tudo com o objetivo de fazê-la esperar mais.

Ao voltar mais uma vez, meu coração disparara. Imaginei a coragem de uma mulher ao enfrentar uma situação dessas. As mulheres confiam muito nos homens, pensei. Aguardei mais um pouco, mas acabei abrindo para que entrasse. Ela me abraçou. Beijamo-nos.

“Agora tire a blusa e vai mais uma vez.”

“Sem a blusa?”, choramingou.

“Isso, sem a blusa.”

Acabou concordando. A situação anterior se repetiu. Acho que a deixei nua até mesmo por mais tempo. Quando abri de novo, perguntei.

“O que faz uma mulher nua batendo a essa hora da madrugada na minha porta?”

“Moço, me dá abrigo, por favor...”

“O que aconteceu?”

“Moço, me dá abrigo, aconteceu um problema, mas tenho vergonha de contar”, ela, com voz chorosa.

“Moço, eu perdi... perdi...”

“Perdeu o quê?”

“Ah, moço, tenho tanta vergonha... por favor...”

Agarrei Joana ali mesmo. Nem quis ouvir sua história. Ela não tinha como se defender. Sei que afastou um pouquinho as pernas. Meu sexo escorregou ligeiro para dentro dela...

quinta-feira, novembro 04, 2010

A primeira noite e já nua em Porto Seguro

A festa nas areias da praia de Taperapuan fora contagiante, e o que Júlia vivera mais ainda. Contaria no dia seguinte aquela história para Beatriz. Sabia que ela a chamaria de louca, como sempre. O que precisava naquele momento era se levantar, procurar seus poucos pertences e voltar ao hotel. As pessoas eram poucas, alguns casais ainda se abraçavam, namoravam, trocavam talvez as últimas carícias. Ninguém a observava, ou se a viam, faziam de conta que ela não estava ali. Permanecia sentada, abraçara a si mesma, agarrara-se às próprias pernas. Não estava com frio, apesar da hora: duas e trinta da manhã. Aliás, em Porto Seguro nunca faz frio. Sua posição, de quase total imobilidade, era um jeito de estar oculta, protegida, talvez desse até para disfarçar a nudez, mas sabia que não poderia ficar assim a madrugada inteira, teria de arranjar um jeito de sair dali.

Durante a festa, horas antes, entusiasmara-se com a banda de rock, J. Quest. Sim, aquilo é que era música, deixara todos extasiados. Júlia fora tomada por uma sensação de euforia jamais sentida. As pessoas se divertiam de maneira exagerada, muitos pulavam no ritmo da música com latas de cerveja nas mãos, com caipirinhas ou com outras bebidas. Havia também quem fumasse seu baseado e dançasse ensimesmado.
Pode ser que o seu erro fora vir de vestido curto, pensava. No meio da multidão entusiasmada era difícil evitar as mãos bobas dos rapazes. Eles aproveitavam o máximo, queriam tocar as mulheres, beijá-las, havia aqueles que beliscavam suas pernas, tentavam subir as mãos por baixo das saias e dos vestidos.
Beatriz sorriria da história, talvez dissesse: “Júlia, você já passou por tantas situações semelhantes, você adora essas coisas.”

Na Bahia é assim mesmo, todos querem se divertir, querem algo para contar ao voltar para as suas cidades.
Os homens quando viam mulheres sozinhas logo se aproximavam, tanto mais num lugar propício a novas conquistas, a amores fugazes. Júlia fora com Beatriz ao show; após chegar reparou que as duas sofreriam forte assédio. A amiga, porém, vestia bermuda, teoricamente estava mais protegida. Os rapazes se alternavam num intenso empurra-empurra. Mas a presença não era só deles. Havia também muitas mulheres, era normal que a multidão constantemente se deslocasse de um lado para outro e muitos se esbarrassem.

Num dos momentos do espetáculo, momentos de intensa euforia, segundos luminosos em que todos parecem imergir num êxtase coletivo, Júlia perdeu-se de Beatriz. Não faz mal, pensou, estamos no mesmo hotel, nos falaremos mais tarde, ou mesmo amanhã. Continuou a dançar. Sentiu então o corpo envolvido pelos fortes braços de um homem musculoso. Parecia um desses lutadores. Ele tomou-a para si, apossou-se dela. Como sairia dali? Como diria para que se afastasse porque ela não estava interessada? Não era possível mover aqueles braços pesados nem se fazer ouvir em meio ao som ensurdecedor da banda de rock. O homem a apertava, valorizava-lhe as pernas, encostava-se, subia-lhe com as mãos. Foi aí que aconteceu o primeiro dos dois incidentes que lhe marcaram a noite. Sabia que quando dissesse a Beatriz, esta falaria: “vai dizer que você não gostou?”

Logo a seguir uma enorme massa humana a empurrou para direita. Seu acompanhante, apesar dos músculos, teve de soltá-la. Júlia perdeu-se dele. Que alívio... Cuidou para que não mais o encontrasse.

Quando o movimento arrefeceu, deslocou-se para o outro extremo onde havia um alegre grupo de jovens. Isso mesmo, um grupo composto por rapazes e moças, parece até que tinham viajado em grupo. Júlia reparou então um jovem que não tinha companhia, embora ele não se acanhasse e dançasse com o grupo. Ao vê-la se aproximar, não tardou a ficar pertinho dela. Acabou tomando-a por um dos braços. Um rapaz adorável, pensou. E realmente foi super delicado com ela pelo resto da noite.

Dançaram muito. Mas Júlia temia que o homem musculoso aparecesse. Temor vão. O homem não apareceu naquele momento. Quando ao acaso deu com ele mais tarde, já estava com outra mulher nos braços.

Saltou de um lado para o outro com o grupo até a festa acabar. Aliás, era o tipo de festa que não deveria jamais acabar. Mas as moças e os rapazes ficaram agarrados uns aos outros depois que a banda parou de tocar, dando continuidade a outro tipo de festa. Trocaram latas de cerveja, fumaram e tomaram goles de outras bebidas. Júlia os acompanhou. Pensou em Beatriz. Seria o momento de procurá-la? Achou melhor deixar Beatriz em paz. Quem sabe teria se arranjado com alguém?

O rapaz puxou Júlia por um dos braços e a levou para um local mais discreto, onde as pessoas rareavam. Os outros também se espalharam, era hora de beijos, abraços, e tantas carícias mais. Chamava-se Paulo o seu recente namorado. Achou o nome muito bonito, combinava com o tipo físico dele, combinava com o nome dela. Dois nomes comuns, Paulo e Júlia. Ele tomou a iniciativa de beijá-la. Ela adorou. Sentiu seu hálito puro, as mãos um tanto frágeis, mas mãos de quem sabe acariciar. Reparou que a noite ficara mais escura. Sentaram-se na areia e conseguiram uma posição adequada, abraçavam-se confortavelmente. Ela lembrou do homem musculoso e do prejuízo que ele lhe impusera.

Paulo tocou-lhe a cintura, desceu as mãos por suas pernas, pousou-lhe a mão direita num dos joelhos, começou a percorrer suas coxas por sob o curto vestido. Deu-se então o esperado.

“Você está sem a calcinha”, falou instintivamente.

“Foi um homem, acredite, antes de você.”

“E você deixou?”

Júlia sorriu ante a ingenuidade do rapaz.

“Claro que não. Aquele aperto todo, ele se aproveitou. Sorte que me perdi dele. Mas deixa isso pra lá. Você se incomoda?”

Paulo acabou achando até melhor. Menos um trabalho.

Aí aconteceu o segundo problema da noite.

Ela se deitou, ele acariciava-lhe as pernas. Júlia então pediu que subisse sobre ela. O rapaz atendeu. Ninguém reparava seus movimentos, as pessoas eram cada vez menos numerosas, e quem ficara estava preocupado apenas com o próprio prazer.

Júlia não sabia dizer o que aconteceu a partir daí, narraria a Beatriz. Sentiu naquele momento o mesmo que sentira nos breves segundos de êxtase coletivo do show. A sensação voltara, era rara e muito agradável, um gozo indescritível. Então pediu a Paulo que lhe tirasse o vestido, começou a gritar como uma histérica, falou coisas jamais pensadas, ficou totalmente descontrolada. Queria o prazer supremo, era tudo.

O rapaz atendeu seus primeiros e ofegantes pedidos, mas depois se assustou. Talvez nunca tenha trepado com uma mulher assim. Talvez suas mulheres apenas murmurassem na hora do sexo. Não suportou o ardor de Júlia e correu dali desaparecendo dentro da madrugada.

Júlia ficou só. E nua. “Quando ele estava em cima de mim nem me preocupei com coisa alguma, queria sentir prazer”, diria à amiga.

Agora precisava juntar os cacos. Onde o vestido? Sobre as areias, restos de uma noite de festa: latas de cerveja, copos, maços de cigarro vazios, pequenos pedaços de plástico ou de pano, alguns adornos, pequenas peças perdidas durante toda a loucura.

Após entrar no hotel, pensou em Beatriz. Esta diria: “ainda bem que o que você não encontrou foi a sandália. Já pensou se tivesse acontecido o contrário, encontrado a sandália mas não o vestido? A primeira noite e já nua em Porto Seguro... Mas bem que você gostaria, não é mesmo? Eu te conheço.”