quarta-feira, dezembro 21, 2016

Meu namorado adora me deixar nua

Meu namorado adora me deixar nua, seja em casa ou em qualquer outro lugar, principalmente ao ar livre. É um arrepio, como gostamos, como gozamos. Ao irmos à praia, quando há pouca gente, tira-me o biquíni na própria areia, primeiro o top, depois a calcinha. Caso haja outras pessoas, entramos n’água; a primeira coisa que faz é me roubar o biquíni, literalmente, fico apenas de top. Certa vez me quis totalmente nua. Sem o top, as pessoas vão notar, tenha calma, adverti. Ele aceitou. Fiquei sem a parte de baixo durante uma boa meia hora.

Antes me surpreendia com tais investidas suas, contei então a uma amiga. Você não é a única a ficar nua em lugares públicos, assegurou, há outras que são até mesmo mais ousadas. Mais ousadas?, refleti. Contou-me o que faziam. E acho que fazem até hoje. Cada coisa de dar frio no estômago. Uma dirigiu nua, parou, saltou do automóvel e ficou na estrada a esperar pelo namorado que partiu para dar uma volta com o carro dela mesma. Além dessa, havia histórias muito excitantes. Até mesmo a de uma mulher encontrada nua de madrugada por um motorista que já a paquerava havia muito. Meu coração bateu mais forte. Será verdade?, quer dizer que há tanta gente nua por aí dia e noite?, perguntei curiosa. Isso mesmo, confirmou, mas não conte a ninguém suas aventuras, deixe que cada uma pense que é exclusiva. Engraçado, tememos mas, ao mesmo tempo, queremos aventuras e exclusividade. Lembrando as palavras de minha amiga, pensei sobre uma aventura que vivi e não disse a ela. Já saí nua de casa, não dirigindo o automóvel, mas sentadinha no banco do carona, sem suar de temor. Quero dizer, no começo fuquei um tantinho grudenta no assento, mas pouco a pouco me fui soltando. Correu tudo bem, meu namorado parou o carro num recanto arborizado, estacionou e trepamos ali mesmo. Mesmo depois de terminada a transa, eu ainda estava excitadíssima. Depois ele guiou pela orla, onde se reúnem muitos jovens para beber sábado à noite, mas me mantive tranquila, Chegou a sugerir quer saltar? Quem sabe, sorri desejosa. Tudo terminou bem. Quando entramos em casa, levou-me no colo, colocou-me no sofá da sala, tirou a roupa e escalou meu corpo, acariciou minhas carnes, descobriu em mim mais um ponto de gozo.

Semanas depois à praia, aconteceu algo engraçado. Ainda bem que não foi por aqui, onde moramos, mas duas cidades ao sul, num sábado à tarde, quase ninguém a tomar banho de mar, dois ou três casais, uns garotos ao longe jogando futebol. Ele tirou minha calcinha, como sempre faz quando entramos n’água. Mas, naquele dia, resolveu ir adiante. Roubou-me o top. Não tem ninguém por aqui, hoje quero deixar você nua inteira, disse e saiu da água levando nas mãos minhas duas peças. Recostou lá onde estavam as nossas coisas e cochilou. Aí surgiu, como que do nada, um homem. Tomei um grande susto. Mas, como não gosto de dar mancada, tentei manter a pose. O problema é que uma mulher de seios de fora é descoberta num piscar de olhos. Sem ter o que fazer, nada falei, a solução foi rir. Ele também riu. Você é bonita, afirmou no meu ouvido, bem pertinho, uma voz melodiosa, e ficou juntinho a mim; a seguir me segurou pela cintura. Ainda bem que não perguntou por que estava nua, eu morreria de vergonha. O desconhecido tinha talento, soube me deixar muito à vontade. Você só vai ter de cuidar de uma coisa, disse sorrateira e olhei para a areia. Ele já sabia, não precisei continuar. E o namorado?, lembrei a pergunta caso um dia contasse a história a alguma amiga. Adora me deixar nua, seja em casa ou em qualquer outro lugar, principalmente ao ar livre.

sexta-feira, dezembro 16, 2016

O biquíni dentro da bolsa

Ele me sussurrava enquanto namorávamos no seu apartamento, “você é muito gostosa, jamais vi uma mulher assim”. Sei que os homens falam sempre essas coisas para todas as mulheres, mas eu fingia que acreditava, já estava acostumada a tais elogios. Apenas me surpreendi quando ele acrescentou, “vou levar você à Floresta da Tijuca, vou tirar toda sua roupa e transar com você sobre a grama, depois lhe vou levar para passear inteiramente nua”. Arrepiei-me com a proposta, mas tentei não demostrar. Duas semanas depois, de novo em sua casa, entre beijos e abraços, eu disse, “você não cumpriu sua promessa”. “Que promessa?”, pareceu assustar-se. “Você falou que iria me levar à Floresta e me deixar nua”. “Ah, é mesmo, mas ainda vamos, ok?”, sorriu e me beijou os lábios. “Claro, estou esperando você me levar”. “Também quero levar você à praia e, dentro d’água, tirar o seu biquíni”, continuou. Lembrei-me de que havia contado a ele um episódio de adolescência, certa vez mergulhara de uma pedra, na então Praia do Flamengo, e senti uma sensação muito estranha, na verdade um orgasmo, no momento em que atravessei o espelho d’água, a temperatura baixa da água do mar me fez gozar. Afirmei também que mesmo tentando várias vezes nunca mais tive a mesma sensação, acrescentei que, algumas vezes, cheguei a tirar o biquíni dentro d’água em busca daquele gozo perdido, mas nada. Ele disse que iria me levar ao orgasmo na Floresta e na praia, que seria um gozo inesquecível. “Será?”, eu duvidava, mas o arrepio retornou.

Duas semanas depois fomos à Floresta. Subimos a serra de carro, ele dirigindo, estava um dia ensolarado de primavera. Chegamos pelas dez da manhã. “Tem muita gente”, falei, “acho que não vamos conseguir”. “Sempre se encontra um lugar deserto, a floresta é grande”, rebateu. Subimos, após várias curvas demos com um larguinho onde ele estacionou. Saímos do automóvel, eu levava uma bolsa de palha e vestia uma canga com o biquíni por baixo. Subimos por uma trilha. Às vezes encontrávamos outras pessoas, principalmente jovens, que pareciam preparados para longas caminhadas ou escaladas. Num estágio do caminho, havia uma plataforma que rodeava um grupo de árvores largas. Ele me puxou para a esquerda e entramos em meio à vegetação. Os galhos altos e as folhas das árvores filtravam os raios de sol. “É melhor a gente voltar num dia de semana, hoje tem muita gente”, eu disse um tanto temerosa. “Veja, aqui não há ninguém, e a gente pode ainda ir mais adiante”. Havia um corredor de árvores, mas nenhuma trilha. Às vezes o mato crescido no impedia a passagem. Contornamos uma pedra larga com vegetação que repousava sobre ela. Apoiei as mãos sobre alguns galhos para caminhar com mais segurança. Quando acabamos de contornar a rocha, nos deparamos com um local ainda mais retirado, que não havia vestígio de outras pessoas. As árvores, mais densas, tornavam o sítio escuro, e havia umidade no ar. Comecei então a sentir o tal gozo. Paramos atrás de uma árvore maior e nos abraçamos. Apressei-me a soltar a canga, dobrei-a com cuidado e a coloquei dentro da bolsa. Estava doidinha para ficar nua, mas ainda esperei um pouco, voltei a me agarrar a ele e a o beijá-lo na boca. “Tira o meu sutiã”, pedi baixinho. Ele soltou os laços e meus seios apareceram. Apertei seu tórax querendo sentir sua pele. Ele estava quente. Ficamos mais algum tempo abraçados, eu escondia  minha nudez superior dentro de seus braços. Como ele demorava para me tirar o biquíni, acabei eu mesma tomando a iniciativa. Não sei se estava temeroso ou se duvidava de que eu me aventuraria nua em plena floresta. Enquanto guardei o biquíni também dentro da bolsa, junto com o sutiã e ao lado da canga, reparei que ele olhou ao redor para se certificar de que estávamos sozinhos. Depois, fiquei agachada. Nua e agachadinha, a esperar por ele, queria que viesse por baixo. Ele entendeu o meu desejo, mas não quis tirar a roupa, apenas colocou o pênis para fora. Abocanhei de início aquele sexo gostoso. Após alguns minutos, pedi que se sentasse e fui sobre ele. Ficamos naquela posição durante muito tempo, eu me deliciando num intenso sobe e desce, deslizando o peru de meu namorado para dentro de mim e o trazendo de volta até a ponta, equilibrando-me para que não escapasse. Sentimos um sopro de vento a varrer aquela parte da mata, partículas de terra e folhas que me tocavam o corpo traziam-me intenso gozo, um orgasmo quase em dobro. Deitei e pedi que viesse sobre mim. Transamos demoradamente. Mas pelo meio da transa, descobri entre duas árvores, que estavam a uns dez metros de nós, duas fisionomias juvenis. Garotos nos observavam. Nada falei ao um homem, ao me sentir observada meu prazer cresceu, a mesma sensação que tivera ao mergulhar da pedra tempos atrás. Quando acabamos, meu namorado disse: “vamos à praia, agora quero você nua dentro d’água”. Acho que não vai dar, falei e sorri. “Por quê?”, ele fez uma fisionomia triste. “Enquanto trepávamos, alguém veio escondido e roubou minha bolsa, agora não posso voltar nua até o carro, você vai ter que arranjar uma solução”, eu disse, mas sem revelar preocupação alguma na fisionomia. Ele olhou, preocupado, para todos os lados, e deu com minha bolsa ao pé de um tronco, logo adiante. Caminhou dois passos e voltou com a bolsa. “Brincadeirinha”, falei, vamos à praia, sim, mas antes quero passear nua pela floresta!

terça-feira, dezembro 13, 2016

Ele vai me amar

Ele me telefonou. E toda vez que telefona sinto um arrepio. Perguntou se eu já tinha me separado.

“Você falou que estava se separando”, afirmou.

“Sim, falei, lembro, já me separei, sim.”

“Então...”, ele pronunciou e se calou.

Ele estava querendo encontrar comigo já fazia tempo, certa vez falou que viria aqui roubar minha calcinha, como fez certa vez quando namoramos. Eu sorri na ocasião, sorria de novo por causa do tal pensamento, enquanto segurava o telefone.

“Então”, repeti, “você quer falar comigo de perto, não é mesmo?, sugeri.”

“Isso, sim.”

“Então”, foi minha vez.

Como nada falava, achei que perdera o interesse. Quando eu estava casada o homem me telefonava, me convidava para sair, lembrava o tempo que fôramos namorados. Agora, ali, eu segurava o telefone, numa ligação interurbana, nada de confirmar as palavras que dissera outras vezes. Achei melhor tomar a iniciativa.

“Quando a gente se encontrar, vou sem calcinha.”

“Roubo tua saia”, rebateu e riu.

Outro arrepio, agora bem fundo. Não pela ameaça, mas porque o roubo já acontecera, além do sumiço da calcinha. Namorávamos à noite em um lugar deserto (gostávamos de aventura), um desvio da estrada, escuro, muitas as árvores, e ele a correr atrás de mim. Tirei a saia e pendurei num galho, a esmo, quis surpreendê-lo. Ele acabou me descobrindo, me abraçando. Beijou-me, um beijo demorado. A saia? Falou que se havia perdido, que não encontraríamos o galho que servia de cabide. A transa foi tão boa, que eu queria mesmo era ficar nua. Voltei para casa apenas de blusa. Ainda bem que ninguém pelo caminho. Dois dias depois descobri que a saia não se havia perdido coisa nenhuma, ele a trouxera escondida consigo, quis me pregar uma peça. Sua ação acabou por me excitar ainda mais. Ao parar o automóvel diante de minha casa, pedi que me comesse mais uma vez, ali mesmo, depois entrei em casa, na maior naturalidade. Isso já era passado, mas um passado que ainda me provoca frisson enquanto digito no teclado do computador. Talvez seja este o prazer do texto sobre o qual tanto fala Roland Barthes.

Talvez seja melhor sugerir ir ao encontro dele, pensei. Seria demais a ação? Estava sendo ousada? Afinal, o telefonema fora dele.

“Vou mandar umas fotos”, falei, “agora não há mais problema.”

“Fotos, que bom”, pareceu muito feliz. Imaginei sua face radiante, o telefone numa das mãos. “Mas como serão as fotos?”

“Não sei, vou pensar”, fiz mistério, “você vai gostar, comprei um telefone novo, faz self, as fotos ficam lindas.”

Enquanto esperava a voz dele, comecei a pensar nas fotos. Sou tão criativa, mas na hora de fotografar morro de vergonha.

“Isso”, ele disse.

“Isso o quê?”, assustei-me, será que ouvira o meu pensamento?

“Isso, as fotos, e bem bonitas, vou verificar, vou escrever uma história, você como personagem, levo pra você ler, nada de mensagem.”

“Ok”, concordei, “quando?”

“Amanhã ligo pra dizer o dia, tenho que resolver um problema de trabalho, mas é coisa rápida.”

Despedimo-nos. Sentei à beira da cama, uma vontade louca de ficar nua. Ele vai gostar, algumas fotos diante do espelho. A primeira com um vestido comprido, o vestido e a blusa de alcinha. A segunda, um vestido mais curto, ou mesmo uma saia, saia e camiseta. A terceira, de shortinho e top. Outra, de biquíni de praia. Já pensaram, o homem vai morrer de tesão. Mais uma, vestida apenas com a parte de baixo do biquíni; meus seios são rijos e pequenos, ele sempre adorou. A última foto, eu nua, apenas os olhos cobertos pelo telefone. Se a foto cair em mãos alheias, não vão saber que sou eu. Que arrepio, eu nuazinha, só o telefone a cobrir meus olhos, ele vai me amar!

terça-feira, dezembro 06, 2016

O presente e o frisson

Meus seios sempre foram grandes, não que isso me cause algum tipo de problema, muito pelo contrário, os homens adoram, e me olham com um desejo e tanto. Mas, às vezes, sinto um pouco de vergonha, principalmente quando uso blusas soltas. Não posso sair sem sutiã, ou sem algum tipo de top. Outro dia, um namorado insistiu para eu sair com ele sem o top.

“Já fico nua pra você, por que quer que os outros vejam meus seios?”

Ele nada falou, na verdade queria me exibir às outras pessoas. Fiquei um pouco chateada com a insistência e pensei em terminar o namoro. Nada de ser objeto de exibição.

Um episódio, porém, me surpreendeu e mexeu comigo. Aconteceu no último sábado. Eu caminhava pela praia, vinha do Pecado quando na altura do Durval me deparei com uma senhora que também caminhava. Ela vinha de camiseta e sem top, seus seios eram grandes e, apesar da idade, eram rijos e bonitos. Fiquei pensando por que andava daquele jeito, sem vergonha alguma e desejosa de mostrar o que tinha de mais bonito. Será que seu objetivo era arranjar namorado ou, quem sabe, sentia prazer em mostrar os seios?

“Jacqueline, você tem os seios grandes!”, exclamam minhas amigas caso me surpreendam nua, “queria ter seios assim”, dizem com certa inveja.

“Não é fácil ter os seios grandes”, rebato, “os namorados ficam loucos, e me querem sempre com os peitos de fora.”

Elas riem, acham ótimo, adorariam ter namorados como os que me aparecem.

E apareceu de novo o namorado que me desejava sem o top. Acabei saindo com ele, um sábado à noite. Fomos a um restaurante. Dele o convite. Um lugar aconchegante, à luz de velas. Bebemos vinho, culinária francesa, tudo do bom e do melhor. Será que vai me querer nua depois do jantar?, pensei. Lembrei na hora a mulher que caminhava pela praia de camiseta, sem o top. Ela seria a primeira a tirar a blusa. No final do jantar, andamos um pouco pela praia, uma brisa fresca, um arrepio. Ele contou uma história, uma viagem, barcos e aviões. O mar inspirava. No final, deu a senha.

“E então?”

“Então o quê?”, fiz-me séria, como se não o entendesse.

“Você vai me deixar roubar o teu sutiã?”

“Rá, rá, sorri forçada, você não esquece isso.”

“Como eu poderia esquecer, você com esses seios grandes é um charme.”

“Você quer mesmo meu sutiã?”

“Claro.”

Lembrei algo que eu queria comprar mais não tinha dinheiro, e era tão bonito. Falei a ele.

“Será que a loja está aberta, agora?”

“Quem sabe?”, respondi.

Deixamos o shopping para o domingo à tarde, pois era sábado, quase meia-noite. Mas fui para casa dele. Trepamos. Um gozo e tanto.

“Vou roubar teu sutiã agora, e quero que você vá apenas de blusa até lá fora”, o homem morria de ansiedade.

“Nada disso”, contestei, “você terá de esperar até amanhã.”

Ele esperou. No dia seguinte, fomos à loja determinada e ele comprou o que pedi. Não falo qual o presente porque morro de vergonha, as pessoas podem pensar que sou prostituta.

No carro, no escurinho da noite, ele:

“E então?”

Enquanto o homem dirigia, tirei a blusa, depois o top, coloquei as duas peças no banco traseiro do automóvel.

Com o presente na bolsa, valia a pena passear de torso nu, tanto mais no escurinho da estrada. Comecei a entender a senhora que passeava de camiseta e seios soltos à beira da praia. Um arrepio. Aliás, dois, o presente e o frisson.