quarta-feira, setembro 27, 2017

O que você acha?

Outro dia o namorado me perguntou se já saí nua de casa.

Que pergunta!, respondi, já sei, você sente tesão ao saber que uma mulher saiu nua de casa.

Quem sabe.

Quer saber mesmo?, sair nua não saí, mas numas férias quando era mais jovem, posso dizer que fiquei nua na praia. Aliás, aconteceram tantas coisas engraçadas naquele verão.

Conta, por favor. Estava curiosíssimo.

Tudo bem, começo por mim. Andava de biquíni quase o tempo todo, e os rapazes me queriam nua. Lógico que me fazia de difícil. Um dia, porém, fui passear com um deles. Acabei tirando o biquíni e deixando no carro. Desci nua à praia. Caso aparecesse alguém, não tinha nem um paninho pra me cobrir. O rapaz usava apenas sunga, nem uma camiseta. E lá fui em pelada, correndo, as mãos soltas demonstravam minha falta de jeito. Outra história é sobre uma menina que andava muito com a gente. Arranjou também um namorado. Ele tirava o biquíni dela dentro d’água, dizia que era pra não correr pra junto dos outros garotos. Nua, tinha de ficar ao lado dele. Ainda houve outra, que resolveu ser cantora. E não é que conseguiu? Cantava bem. Mas o que a tornou famosa naquele verão foi a saia curtíssima que usava no palco. Os garotos enlouqueciam. Depois não podia passar perto deles, passavam-lhe a mão. São essas as histórias, já que você sente tesão com elas. Nunca saí pelada de casa, não. Quem sabe um dia?

Jura?, mostrou-se surpresa.

Não preciso jurar, quando decido algo, cumpro, mas ainda não prometi, disse apenas quem sabe.

E os garotos?

O que tem os garotos?

Eles não desejavam transar com você?

Desejavam, claro.

E então?

Ah, você quer saber se trepei com algum?

Isso mesmo.

O que você acha? Você não gosta de trepar? Mulher é a mesma coisa.

Então conta, vai.

Contar?

Isso, mesmo, a vez que você gostou mais.

Foram tantas.

Escolhe uma.

Foi uma vez quando saí duma festa. Um vestidinho curtinho, coladinho ao corpo, e de botas, imagina.

Você ficou nua dentro do carro, nas mãos do namorado.

Dentro, não; fora, só de botas. Não há homens que resistam a uma mulher nua, só de botas que sobem até os joelhos! Foi uma amarração. A agente agarrado, eu encostada na lataria do carro. Abri as pernas e ele não perdeu tempo.  Escorregou pra dentro de mim. Depois de algum tempo, pedi que deitássemos, achei que seria melhor. Havia um gramado nas proximidades, corremos até lá, eu ainda nua. Ele forrou a grama com a camisa e subiu sobre o meu corpo. Fiquei louquinha. Longe do carro, nua, só de botas. Gozei em dobro. Quando voltei ao carro, pedi pra passear mais um pouco e continuei nua ao lado dele!

quarta-feira, setembro 13, 2017

Lívia, tuas histórias são muito engraçadas

Tenho uma amiga que diz Lívia, tuas histórias são muito engraçadas. Por quê?, pergunto surpresa. Porque você sente uma coisa e diz outra. Como assim?, peço a ela que seja mais explícita. Você gosta e diz que não gosta. Será?, faço beicinho.

Mas o namorado acaba por me deixar louca, cheguei a refletir. Ele, porém, que é o louco. Como pode pedir a uma mulher que fique nua dentro do carro e depois salte numa estrada à noite? No começo não acreditei na proposta, achei que estava querendo me insuflar pavor. Pouco a pouco, no entanto, achei que seu pedido produziria um frisson mais intenso no nosso namoro. Então, aceitei. Trêmula e arrepiada, com o coração aos saltos, fiquei nua dentro do carro, depois saltei e o deixei partir. Lógico que prometeu voltar. Quem sabe se voltaria mesmo. Quando acelerou e se foi, confesso que fiquei toda molhada, e bem na xereca. Ele voltou, levou-me à sua casa, trepamos intensamente às cinco da manhã.

A segunda vez foi na praia. O quê?, você quer tirar o meu biquíni dento d’água? E se aparecer alguém, conheço muita gente aqui, a cidade é pequena. Entramos na água, antes de eu ficar nua dou de cara com uma ex-aluna, já adolescente. Oi, professora, como vai a senhora? Depois que ela se foi eu disse viu se estivesse nua?, que vergonha, o que ela iria pensar de mim? Ela não iria reparar, a água está escura, bastava você não dar na pinta, ele retrucou. Depois de dez minutos, acabei convencida, deixei que me tirasse o biquíni, e o pior, permiti que o guardasse lá onde estavam as minhas coisas, na areia. Ele foi, eu fiquei nua dentro d’água. Tudo acabou bem, no entanto. Ele voltou e me devolveu o biquíni. Não posso dizer que senti gozo, mas fiquei orgulhosa de ter aceitado o desafio. À noite uma pizza na orla e uma boa trepada antes de dormir.

A terceira vez foi no pequeno prédio onde moro, uma construção de três andares: um apartamento no térreo, dois no segundo andar e um no terceiro. Este último é onde habito. O namorado pediu que eu saísse nua, esperasse durante alguns minutos do lado de fora e depois batesse à porta para ele abrir. Eu fingiria estar chegando à casa de um desconhecido, batendo ao acaso, pedindo ajuda, contaria uma história, caso convencesse ele me abrigaria. Senti um arrepio diante da proposta. Mais um desafio. Não sou de me deixar vencer pelo temor. Sai nua de casa, e não me contentei em ficar junto à porta como havia combinado. Desci ao térreo, isso mesmo, que loucura, inteiramente nua, lá embaixo encontrei uma das moradoras, ela vestia calça comprida branca e estava junto ao portão, provavelmente esperando alguém. Ainda bem que apenas eu a vi. Dei as costas, subi as escadas e voltei para casa. Os outros apartamentos são meus, sou a senhoria, imagine se me surpreendem nua, iam me julgar louca, iam pedir minha internação. Mas tudo deu certo, representei a tal história e ele me abrigou. A transa foi ótima.

Lívia, tuas histórias são muito engraçadas, as invenções do teu namorado te colocavam em perigo, concordo, no teu lugar eu não toparia, mas essa expressão que você diz, "caiu a ficha", que ele queria mesmo era te aterrorizar, não acredito, na verdade você gostou, adorou, seria melhor dizer "engoli a ficha", e quem sabe está doidinha pra engolir outra!