terça-feira, setembro 27, 2016

Assim não tenho complicações

Eu estava em pé. Vestia uma minissaia e uma camiseta curta. Ele olhava pra mim. Num determinado momento veio na minha direção. Estávamos dentro de casa e o botão da minha saia aberto; ela presa apenas pelo fecho. Ele me abraçou, me beijou, uma de suas mãos desceu meu fecho e a minissaia foi ao chão. Na verdade, era o que eu desejava. De calcinha e camiseta, agarrada a ele. Não costumo levar pra casa os homens que conheço há pouco. Falo que moro com alguém, ou que tenho uma filha. Assim eles me convidam pra um hotel, ou mesmo pra casa deles. Aquele eu conhecera no Shopping.

Ele estava na praça de alimentação, comia seu lanche, e eu pedi pra sentar ao seu lado. Pouco a pouco surgiu a conversa, alimentada pelo pedaço de bolo que eu comia. Acabamos em sorrisos plenos. Ele perguntou se eu tomava um café. Agradeci, mas lembro que falei que o aguardaria. Ele foi à cafeteria em frente e logo retornou. Eu poderia ter ido embora nesse tempinho. Quando estivesse de volta, ele daria com a cadeira vazia, a mulher lhe pregara uma peça. Fiquei, esperei por ele. Tomou o café devagar, a conversa cresceu de novo, acho que conversamos sobre as lojas do shopping. Como sempre gosto de comprar roupas, estava ali pra levar algumas, depois iria até o segundo piso. Ele disse que as lojas também o agradavam, e que faz compras na C&A. Não disse a ele que as roupas da C&A não me servem, ou que não gosto da loja. Eu, na verdade, com quase quarenta anos, compro roupas nas lojas de roupas de jovens, roupas esportivas, camisetas, calças colantes, minissaias etc. No segundo piso, pedi que me esperasse, entrei numa loja bonita. A vendedora veio logo falar comigo, perguntou meu nome, aquele sorriso azul, ou cor de rosa, não sei. Comprei várias peças. No final, era mais do que eu podia pagar. No entanto, como gosto de superar os meus limites, levaria as compras. Qual não foi a minha surpresa quando vi o homem tirar o cartão da carteira e ir ao caixa pagar tudo o que comprei. Um presente, falou, um presente, amanhã compro mais. Ai, me senti pelada nas mãos dele, e dentro do Shopping. Dali fomos pra minha casa, um pulinho. Não foi logo depois que ele tirou minha roupa, nem me deixou de calcinha e camiseta. Na primeira transa, sempre fico um pouco vexada, cheguei a dizer. Não se preocupe, retrucou, a gente tem tempo. E tivemos mesmo.

Ele me telefonou todos os dias, foi à minha casa três dias depois, voltou no sábado e só na terça seguinte é que começamos a nos agarrar, eu a fazer de conta que não queria a saia fora do corpo. Numa das visitas, antes de transarmos, aconteceu uma coisa engraçada. Eu disse a ele que o biquíni de praia ficou uma gracinha no meu corpo. Deve ter ficado mesmo, pagaria pra ver, completou. Quer que eu vista? Sim, respondeu de pronto. Fui ao quarto, três minutos depois voltei à sala, de biquíni. Um biquíni à toa mesmo. Desfilei. Cheguei perto dele, parei. Ele aplaudiu. E os lacinhos tão frágeis, pedindo pra serem desatados. Mas o homem manteve a elegância. Disse apenas pra eu sentar um pouquinho, fazer de conta que estava na praia. Aceitei a sugestão. Ele pagou, pagou mesmo, dinheiro, antes de ir embora. Mas nada de escândalo, deixou duas notas de cem na pequena estante que tenho na sala. Eu ainda de biquíni.

Na terça, como já falei, fui eu que não aguentei, desabotoei a saia, a camiseta aparecendo meus mamilos, cineminha. Só faltava ele me deixar nua. E aconteceu. Mas não foi assim tão de repente. Primeiro muitos beijos e abraços, abraços apertados, meus seios comprimidos pela corpulência do namorado. Beijo com sabor de amora. Sério. Gostinho de bala. Ainda fiquei só de calcinha um tempo, os seios nus, e ele me apalpando, beijando meus mamilos. No final, tirou minha calcinha, não a largou pelo chão, nem sobre o sofá da sala, guardou no bolso da própria bermuda. Achei, a princípio, o gesto estranho. Até lembrei uma amiga, contou que o namorado adora levá-la pra passear. Ela de minissaia e a calcinha no bolso dele. Quem sabe é o mesmo homem, cheguei a temer. Mas no final entendi, ele pagaria, pagaria a calcinha, me pagaria sem calcinha. Olha que por dinheiro faço tudo, saio até nua. Mas não vou dar a ideia. Se ele me paga pra sair vestida... Assim, não tenho complicações. E a trepada foi dez. Nada de camisinha. Só disse, aliás, gemi no ouvido dele vou perder a cabeça, está muito gostoso, mas não perde a tua não, ok? Não perde, não, não goza dentro porque vou ter problemas. Já sei, ele disse, sei que você vai adorar, vou te dar um presentão. Tudo bem, suspirei, mas goza então na minha boca. Gozei muito. Como ele não podia ficar pra trás (não é mesmo?, não quero perder um homem de tantas qualidades), abaixei, ele gozou na minha boca. Eu me equilibrando na ponta do pinto dele. Engoli. Fiz o melhor que pude. Melhor do que isso? Ah, o dinheiro. Ele sempre a me pagar. A loja, o cabelereiro, o passeio, tudo que preciso. Que todas tenham a sorte de um dia terem um homem como esse meu. E a calcinha no bolso da bermuda dele...

terça-feira, setembro 20, 2016

Literatura policial

“Um australiano que teve vontade de viver a vida e que viveu”, eu dizia ao meu amigo.

“Quem é o autor?”

“Simenon, George Simenon.”

“Ah, interessante”, mostrou admiração.

Estávamos em Rio das Ostras, sentáramos na areia e olhávamos o mar.

“Literatura policial, você não gosta?”

“Gosto”, afirmou, “Mas o que há de mais nessa história?”, ele quis saber.

“Um caso de amor.”

“Casos de amor? Casos de amor sempre são interessantes.”

“E nesse há um assassinato.”

“De quem?”, ele estava curioso.

“Do australiano. Ele não era jovem, tinha uma amante da mesma idade, bebiam juntos, faziam muitas coisas juntos.”

“Só isso?”

“Não, mas acho melhor você ler o livro”, falei e me viverei para ele, “acho que está aqui na bolsa.”

“Não, por enquanto não, prefiro que você me conte o principal dessa história.”

“Vocês homens são práticos, não?, sempre o principal, nada de leituras.”

Passou um ambulante vendendo cerveja, fiz sinal a ele. O homem parou, pedi uma long neck. Paguei e ele se foi. Tomei um gole. Meu amigo disse que queria saber da história.

“Ele arranjou uma mulher mais jovem, A amante então o seguiu e o matou, com uma faca.”

“E não foi presa?”

“Não. Contando assim pode não ter graça. Mas o inspetor achou melhor poupá-la, tinha poucos meses de vida, tanto menos quanto mais bebesse.”

“Bebesse?”, surpresa da parte dele.

“Isso. E era ao mesmo tempo um caso de alcoolismo.”

“Então, acho que você também gosta de facas”, meu amigo falou.

“E você de mulheres nuas, não?”

“Acho que todo homem gosta.”

“Então, você também tem uma história.”

“Tenho. Ambientada nessa praia.”

“Agora sou eu que quero ouvir, pois conte.”

“Aconteceu com uma amiga.”

“E como foi?”, a curiosa agora era eu.

“Não foi uma história de detetives, mas ela teve de se esconder, por pelo menos uma hora e meia.”

“Pouco tempo.”

“Na situação dela, o tempo foi imenso.”

“Por quê?”

“Porque ela estava nua, dentro d’água, nessa mesma praia. O namorado sempre quis vê-la tomando banho de mar nua. Ele pediu o biquíni e ela deu. Tirou e deixou nas mãos do homem. Só que não contava que ele sairia d’água e guardaria o biquíni na bolsa. Ela coberta apenas pela capa provisória das ondas e espumas, e as pessoas passando pra lá e pra cá, um dia de sol, de tardinha.”

“Poxa, mau esse namorado. Eu é que não queria saber dele.”

“Verdade? Olha que você ia gostar. Toda mulher gosta de andar nua.”

“Há mulheres que gostam, mas não é o meu caso, me sinto desconfortável quando estou nua.”

“Mas não era o caso dela. No início, ela gostou muito. Mas quando viu que ele não voltava, começou a ficar preocupada. E no final...”, meu amigo parou de contar para fazer suspense. “No final, uma moça parou para falar com ela, era uma amiga que a reconheceu.”

“Ela então pediu ajuda.”

“Nada disso, diz que até teve vontade, mas ficou caladinha.”

“E aí?”

“Gostou, não? Está curiosa.”

“Quem não ficaria?’

“A amiga não notou que ela estava nua. Aí, depois que a tal amiga se foi o namorado voltou, devolveu o biquíni, ela o vestiu e tudo acaba bem. Disseram que até foram comer uma pizza!”

“E quem contou a história?”

“Ela mesma. Mas não para mim. Para uma amiga, que me contou. Mas me pediu silêncio. Como você não a conhece, estou contando.”

“Então, acabou bem.”

“Sim. Sem facadas. Um caso de amor, de amor e de tesão. E uma pizza de muzarela!”

Ri. Ele riu também. Então olhou para os lacinhos do meu biquíni, e pediu um gole de cerveja.

terça-feira, setembro 13, 2016

Na mira da onça

Contam que num lugar chamado Estrela vivia uma mulher muito tarada. O nome Estrela era porque ficava no alto de uma montanha, mais perto do céu e das estrelas. Todos adoravam aquele lugar de difícil acesso, onde nunca chegara o telefone nem chegaria a internet. 

Certo dia apareceram por lá muitas pessoas, iam a um banho de cachoeira. Os visitantes deixaram a condução no sopé da montanha e subiram a pé, contemplando a natureza, os pastos, as árvores. Sentiam na pele o sol ainda brando, respiravam o orvalho ainda fresco da noite. No meio dos excursionistas havia um rapaz claro já um pouco maduro, de cabelos loiros, que nunca tivera uma mulher. Todos iam muito alegres, mas Jonathan sempre na sua e caladão. Monique, da janela de sua bela casa no meio daquela relva, árvores, cercas e curral, via a multidão subindo em direção à cachoeira. Quase nunca ia às quedas d'água, mas naquele dia, depois de ter descoberto o rapaz, aprontou-se com um biquíni de lacinhos, sutiã tomara que caia, viseira, uma saída de cachoeira toda em crochê trazida de uma viagem que fizera ao nordeste, sandália rasteirinha e caminhou devagar e charmosa misturando-se às pessoas. Parou precisamente onde estava Jonathan, que ficou um pouco afastado de toda aquela muvuca. Olhou o rapaz sem que ele reparasse que ela estava ao seu lado.


Ele lhe lembrou um namorado que ela arranjara ao acaso, fazia uns dois anos, ali mesmo pelos lados da Estrela. Naquela vez a farra foi tão boa, que a morena deixou-se despir dentro d'água. Namoraram sobre uma pedra, todas as posições, ninguém pra incomodar. A safadinha também não esqueceu que o vestidinho que lhe cobria o corpo acabou indo por água abaixo. Não faz mal, pensou à época, ainda está escuro, volto pra casa coberta pelo ardor de um homem verdadeiro.

Monique tinha belos seios e um corpo de violão. Aproximou-se  de Jonathan e segurou-o por trás. O rapaz chegou a se assustar, mas diante da beleza da mulher esperou pra ver o que ia acontecer. Ela foi logo fazendo um cafuné no seu pescoço. Ele jamais imaginaria que naquele lugar vivia uma mulher tão bela e fogosa. Aquilo mais parecia um conto de fadas. Ele ficou muito excitado. Não perdeu tempo, arrastou Monique, enfiando-se com ela pelos cipós e se escondendo de todos. Não se apresentaram nem conversaram. Num gesto rápido, abaixou o sutiã da mulher. Saltaram dois belos seios nos quais não se fartou de chupar. Ela ardia em fogo. Jonathan fez penetrar na buceta melada de Monique o seu exuberante pau. Para quem jamais experimentara uma mulher, até que ele se saiu bem. Ela, como ótima instrutora, o deleitava com as mais variadas técnicas sexuais. A  morena ficou de frente, de costas, veio por cima, por baixo, gemia e gritava de gozo. No final, a ousada fêmea fez que Jonathan se deitasse. Ela abriu as pernas o máximo que pode e, como hábil bailarina, deu um giro de trezentos e sessenta graus tendo como eixo o peru do rapaz. Os dois foram aos delírios de prazer. Correram por entre as árvores e fizeram tudo de novo por mais uma, duas, três vezes. Enquanto a felina não pediu arrego, Jonathan não a perdoou. Foi o dia que o leão venceu a onça.

terça-feira, setembro 06, 2016

Batas

Sempre gostei de usar blusas soltas, conhecidas também com batas, dessas que descem até abaixo do umbigo. Há outras mais compridas, que vão até às coxas. Gosto de todas, mas prefiro as mais curtas. Um dia desses, o namorado me deu uma de presente. Acho que comentei alguma coisa e ele anotou. Uma bata linda, verde clara, adorei. Há uma coisa que não contei a ele. Sinto um prazer enorme em andar dentro de casa vestindo apenas a bata. Isso mesmo, a bata e a calcinha. É tão confortável. Quando usei o presente, ele disse que eu estava linda.

Saímos, passeamos, acho que fomos ao cinema, fizemos um lanche. Depois trouxe o namorado pra minha casa. Logo ao entrar, começamos a nos abraçar, beijar, um agarra agarra e tanto. Antes de chegar ao quarto, já estava eu sem a calça comprida, apenas a bata sobre o corpo, como costumo fazer quando estou sozinha. Ele falou você fica bem assim, só de bata, as pernas de fora, e essa calcinha pequenina. Fiz um gesto inocente, na verdade uma pose, o sorriso nos lábios, as pernas um pouquinho curvadas e as mãos sobre as coxas. Merece uma foto, ele completou. Mas lógico que não clicou, ficamos apenas nas palavras. Mais um pouquinho eu continuava de bata, mas sem a calcinha. Daí em diante, não preciso contar, fizemos a festa.

Meu namorado ficou com a imagem na cabeça: eu de calcinha e de bata. Seria bom se você pudesse sair assim, de calcinha e de bata, sugeriu. Sorri. Vai ser um escândalo, respondi com fisionomia de quem tem na pele um arrepio. Sabe, tenho uma amiga que topa qualquer coisa, já saiu até nua, acrescentei. É mesmo, como ela faz?, ele quis saber. Hum, eu dando ideia, o que iria acontecer comigo? Ah, acho que ela sai de casa pra garagem, entra no carro e dirige nua. Jura?, ele, curioso, dirige nua?, repetiu. É totalmente louca, acho que já foi nua encontrar o namorado, afirmei. Ficamos nisso, ele não perguntou nada mais, nem nada acrescentei.

Lembrei um episódio de minha adolescência. Certa vez fui à praia com dois amigos também adolescentes. Na volta, paramos na minha casa, fizemos um lanche, depois os levei pro meu quarto. Pedi licença, fui ao banheiro, tomei uma ducha e voltei enrolada na toalha. Vocês permitem que eu fique nua?, não é sem vergonhice não, adoro ficar nua depois que chego da praia, mas não significa que vocês possam me agarrar, compreenderam? A princípio eles ficaram surpresos, e adoraram me ver nua, deitada na cama; eles juntos a mim, um de cada lado. A partir daquele dia, passamos a fazer aquele programa. Praia, minha casa, lanche, e eu nua no quarto entre os dois. Chegamos mesmo a namorar, os três ao mesmo tempo. Eles, como só tinham a ganhar, jamais comentaram com alguém. O namoro, porém, nunca foi além de beijos e carícias, dois pares de mãos a percorrer meu corpo.


Que legal essa tua amiga, foi encontrar nua o namorado. Acho que ele me imaginou batendo nua à porta dele. Já pensou se alguém do apartamento ao lado abre antes de você?, perguntei em meio a uma breve gargalhada.

Num outro dia, andava eu sempre de bata pela casa, mas estava sozinha. Desfilei de um lado a outro, fui à cozinha, preparei um lanche levinho. Que prazer. No sábado à noite, encontrei o namorado,

Vestia saia curtinha, blusinha leve, verão, perfume no ar. Como você está linda, ele disse surpreso. Está muito calor, retruquei. E saímos no carro dele. Um passeio pela orla, a parada num quiosque, água de coco e um sorvete. Que namoro inocente, vocês dirão. Será?, voltamos pra casa depois da meia noite e fizemos outra festa. Ele pediu pra eu desfilar apenas vestindo a blusinha. Somava-se a ela apenas a bolsa a tiracolo e a sandália plataforma. O homem ficou morrendo de tesão. Até que eu disse tenho uma surpresa, espere um instantinho. Abri a porta, e saí como estava vestida. Volto já. Percebi que ele ficou a mil. Quis ir comigo. Não posso deixar você sair assim por aí, quis ele intervir. Nada disso, vai dar tudo certo, assegurei. Ele pensou que eu ia ficar ali pela porta de casa, no pequeno jardim. Eu havia apanhado a chave do carro, escondidinha, e saí pruma volta no quarteirão. Ao ver que eu já ia longe, e de automóvel, ele quase enlouqueceu. Quando voltei, ele fez charminho. Deixou-me batendo à porta um bom tempinho. Eu, seminua. Olhe, se passar alguém na rua vou com ele, viu, tem tanta gente querendo me namorar. Então, abriu a porta e eu me atirei nos seus braços. Você é totalmente louca, sentenciou. Depois disso, bem, vocês imaginem. Meu namorado ficou com a pulga atrás da orelha, como minha avó dizia. Como você aprendeu essas coisas todas? Todos os homens vão querer você, caso saibam das tuas artimanhas.

No último sábado, saí de vestidinho. Ele me perguntou você me deixa te levar pra passear peladinha? Hum, quem sabe, eu estava esperando a sugestão, mas não fui me atirando de cabeça. Vamos andar um pouquinho, depois pensamos nisso, suspirei sem que ele notasse. E saímos pro nosso passeio. Um passeio demorado, uma volta completa, com água de coco e sorvete. Então, chegou a hora de passear nua. O que você está fazendo?, perguntou num faz de conta. O que você sugeriu, estiquei o pescoço e taquei-lhe um beijo. Tirei o vestidinho. Eu, de calcinha, os peitinhos de fora. Está bom assim? ele veio acariciar-me, tocar-me os dois seios. Falta uma coisinha, disse eu rindo que só. Tirei a calcinha, um gesto rápido, de acrobata. Você abre a mala do carro?, perguntei. Está aberta. Saltei, corri até a traseira, levantei a tampa e coloquei lá dentro o vestidinho e a calcinha. Pronto, agora podemos ir, falei depois de entrar e bater a porta. Tocava uma música romântica no rádio, nós dois rolando na autoestrada. Não olha pra mim não, afirmei cruel, você está ao volante. Cuidado!, cheguei a dar um gritinho. Suspirei, cruzei as pernas e dei uma risadinha, esquecida do mundo lá fora. Numa saída lateral a uma estrada secundária, ele desviou; logo depois, parou. O final, vocês imaginem com muito amor, muito mesmo.

Depois da praia eu nua de novo na minha cama; de cada lado, meus namoradinhos de adolescência!