sábado, outubro 23, 2010

Doce predileto

Ainda no carro, os dois rapazes nos fizeram vestir biquínis minúsculos. Na verdade, não cobriam nada. A calcinha era uma tirinha frágil, entrava e deixava a bundinha toda de fora. Na parte da frente também não era possível esconder que eu engolia aquele pedacinho de pano. Luciana, como era maior do que eu, mostrava-se ainda mais desconfortável, tanto as peças dela como as minhas eram do mesmo número. Quando chegamos à praia, reparamos que a frequência era enorme. Era temporada de férias. Ficamos morrendo de vergonha. Ou permaneceríamos o tempo todo enroladas em nossas cangas, ou entraríamos logo na água. Optei pela segunda alternativa. Luciana me seguiu. Ao perceber que o mar já me cobria acima dos seios, falei aqui dá pra disfarçar, na areia todas as pessoas vão ficar nos olhando. Os rapazes nos acompanharam, depois sugeriram que fôssemos para trás da arrebentação. Cortamos algumas ondas até chegarmos ao local pretendido e, quando conseguimos, permanecemos durante algum tempo namorando, com naturalidade. Logo, porém, a temperatura subiu. O que ficou comigo avançou num intenso roçar de corpos e, sem perder tempo, abaixou meu biquíni até o calcanhar. Fez de propósito para que eu o perdesse. Você vai me deixar nua, ainda falei. Ele contrapôs você já está. Não demorou o biquíni acabou escapando e foi levado pelo mar. Mas o rapaz me penetrava, me excitava tanto, que, naquele momento, nem me preocupei. Reparei que Luciana, além da calcinha, perdera também o sutiã. Mostrava-se, como eu, excitadíssima. Gozei três vezes. Só então comecei a pensar como vou sair daqui desse jeito? Quando Luciana caiu em si, olhou para mim. Ela estava toda arrepiada. Não sei se de frio, de vergonha ou ainda se deleitando num frêmito derradeiro e involuntário, rastro do último gozo. Os rapazes saíram juntos. Disseram que iam buscar outros biquínis. Ficamos esperando. Será que voltariam?


Permanecemos dentro d’água durante cerca de trinta ou quarenta minutos. E poderíamos ter ficado ali durante bem mais tempo, talvez até o entardecer quando seria possível deixar o local despercebidas. A descoberta se deu em virtude de dois motivos: o primeiro, a intranquilidade de Luciana; o segundo: o fato de ela estar sem o top. Pedi muito que se acalmasse, que tudo dependia disso para nos mantermos incógnitas, mas ela não conseguiu. Como se mexia muito dentro d’água, alguém pensou que estivéssemos em apuros naquele pedaço do mar e acabou se aproximando. A primeira coisa que reparou foi que ela estava com os seios nus, daí para descobrir que nos faltavam os biquínis, não foi muito difícil. O homem nos olhou com discrição e até tentou nos ajudar, disse que iria à procura de algo que nos cobrisse. Mas não voltou. Consegui, porém, que minha amiga se acalmasse, era ao menos uma solução provisória. Vamos ficar quietinhas, Luciana, assim ninguém mais vai nos descobrir, não vamos morrer porque estamos nuas, já passamos por situações parecidas, mais cedo ou mais tarde alguém nos ajuda. Quem nos salvou foi um pequeno grupo de surfistas. Preocupados a princípio apenas com as ondas, descobriram-nos ao acaso. Mas depois desconfiei que poderiam ter sido avisados sobre nós pelo homem que nos achara antes. Vestiram-nos com suas roupas de borracha, mas antes nos beliscaram, nos apalparam e experimentaram o doce predileto.


Saímos da água depois de muito tempo, exaustas, mas sem provocar rebuliço. Na areia, eles nos cobriram com duas cangas e pediram que devolvêssemos as roupas emborrachadas. Nunca me senti tão vestida, mesmo sabendo-me nua sob o pano. Um deles ainda se ofereceu para nos levar de automóvel. Um rapaz educado. No final, perguntou como nos sentíamos. Luciana, recuperada, se antecipou: ardida e dolorida, mas não sem uma ponta de gozo!

quinta-feira, outubro 21, 2010

Ando mais recatada

Essas brincadeiras, já fiz, agora ando mais recatada. Mas é muito excitante. Sei que há mulheres que não gostam, que adoram um quarto fechado. Dizem que sexo é bom entre quatro paredes. Eu, porém, sempre gostei de aventuras. Não vou dizer que não seja perigoso, que alguma coisa pode não dar certo. Há essa possibilidade. Mas quando tudo acaba bem, dá uma satisfação e um prazer muito grande.

Gosto de me arrumar bem. Tenho roupas muito bonitas. Quando saio para alguma festa, faço o máximo para ir bem vestida. Todos me admiram.

Outro dia fui a uma dessas festas elegantes. Um professor de uma universidade federal, gente importante, fez aniversário. Escolheu comemorar num casarão, na Ladeira do Russel, quase ao lado do antigo Hotel Glória. O lugar tem uma vista linda, é possível admirar o aterro do Flamengo, o Pão de Açúcar e a enseada, acho que também dá pra ver a pista do aeroporto. As pessoas começaram a chegar a partir das dez da noite. A festa durou a madrugada toda. Dancei, bebi duas caipirinhas e alguns goles de cerveja. Arranjei alguns admiradores. Mas fui embora com um amigo. Propostas para sair não faltaram. Preferi, porém, ir para casa descansar. Deixei a emoção para o dia seguinte.

Houve uma vez em que aceitei um convite de um homem que me paquerava continuamente. Acabei namorando-o durante alguns meses. Logo entrou no meu ritmo. Adorou ter uma mulher como eu. Nem me lembro porque nosso namoro não continuou. Acho que ele trabalhava fora e precisou sair do país durante um tempo. Era muito cavalheiro. No começo do relacionamento falei que já tinha andado nua dentro de um automóvel acompanhando um outro namorado. Ficou preocupado. Disse que eu me arriscara. Um dia, no entanto, bebeu demais e veio me encontrar. Pediu para que eu fizesse o que contara semanas antes. Acho que pensou que fosse tudo mentira. Fiz tudo da mesma maneira. É lógico que antes saímos e bebemos alguns drinques. Depois me levou até uma estrada escura e pediu para que eu saísse do automóvel. Atendi. Ele disse:

“Ei, assim não vale.”

Entendi o que ele queria. Tirei o vestido e deixei nas mãos dele.

“Pode ir”, falei.

“Você não tem medo de que eu não volte?”

“Não, pelo menos nunca aconteceu.”

“Cuidado, sempre há uma primeira vez”, partiu acelerando o automóvel.

Demorou. Pensei que realmente fosse a primeira vez em que me veria embaraçada.

Voltou, mas não me deixou vestir. Ainda passeamos durante um bom tempo. Me levou para uma casa de campo. Parou o carro numa rua abaixo. Quando ia me vestir, pegou toda a minha roupa e saiu do carro. Me deixou pelada lá dentro. Eu nem sabia onde ele morava.

“Espere. Como vou procurar sua casa?”

Não me respondeu. Mas não me importei. Fiquei dentro do carro. Naquele tempo os carros tinham os vidros transparentes, quase não existiam esses vidros escuros de hoje em dia.

Dormi um pouco. Ele não voltou. Ao acordar percebi que amanhecia. Abaixei e fiquei sentada no chão do automóvel, encolhida debaixo do painel. Assim ninguém poderia me ver.

Passaram-se mais ou menos duas horas. Acho que já eram oito da manhã. Eu estava com as nádegas doendo e uma vontade terrível de tomar café. Vai ver ele dormiu e me esqueceu aqui, pensei. Só então notei que no banco de trás havia algumas roupas. Descobri um paletó e uma meia de mulher. Vesti aquelas roupas. O paletó ficou bem no meu corpo, e até tinha um pouco de comprimento.

Saí do carro. Para completar, calcei minha sandália de meio salto. Comecei a procurar onde ele poderia morar. Pra minha sorte, não encontrei pessoa alguma. Segui mais ou menos a trajetória que ele fez quando me deixou. Depois de uma cerca, avistei uma casa. Atravessei a cerca e bati na porta. Ele mesmo veio atender. Ficou surpreso ao me ver vestida daquele jeito.

“Você esqueceu de mim”, falei chorosa.

Pediu mil desculpas. Namoramos logo adiante, depois que ele fechou a porta.

Quando se tem calma sempre há uma solução, tanto mais se o namorado é alguém especial. E eu nem podia reclamar. Quem inventara aquela brincadeira?

Hoje, quase não tenho saído nua por aí. Um dia desses aconteceu, sim, daí o quase, mas foi coisa rápida, e com um homem que eu já não encontrava havia tempos. Mas me deixe contar essa história num outro dia...

sábado, outubro 16, 2010

Não diga nada

Eles nos deixaram peladinhas peladinhas. Também as coisas não poderiam acontecer de outro modo. Vestíamos biquínis minúsculos, as carnes todas de fora. Mas o que incendiou mesmo os rapazes foi quando a Adriana começou a mostrar os seios. Tanto eles como nós já estávamos bebendo desde cedo. Eles, cheios de fogo; nós, idem. Uniu-se o útil ao agradável. E era o que nós queríamos. Se você estivesse lá, também iria gostar. Imagine o que aconteceu depois, nós nuas dentro d’água, e nas mãos deles. Fizeram uma festa. Na foto que coloquei no Facebook, estou de biquíni, mas foi tirada logo que chegamos. Agora voltando ao seu assunto. Não ponha em prática no início do namoro aquelas coisas que lhe contei, entendeu?

Que coisas?

Ivana, não se faça de desentendida; você mal conhece o cara, não tome a iniciativa, deixe que ele descubra você aos poucos.

E se ele me perguntar sobre o que mais me excita, por exemplo?

Ele não vai perguntar.

Mas se perguntar?

Não diga nada.

Mas se ele quiser uma resposta?

Diga-lhe para usar a imaginação; mostre que não vale a pena falar sobre isso.

Aquelas coisas que você me contou e eu sugeri ao Adão me deixavam a mil; acho que nunca vou ter outro homem daquele tipo.

Vai ter, Ivana, vai ter; alô!, você está me ouvindo, Ivana?

Estou.

Então, calma; depois tudo acontece com naturalidade.

Acho que não, Márcia; não acredito.

Ivana, você conheceu esse homem há poucos dias; deixe o tempo passar para que vocês se descubram; se ele não agir como o Adão, não faz mal; ele vai fazer coisas novas, acredite!

Coisas novas?, dê um exemplo.

Ivana, não é preciso; imagine alguma coisa que você nunca tenha feito numa relação a dois.

Ah, mas eu já fiz tantas coisas interessantes...

Mas imagine, sempre há algo novo.

Já sei, estou imaginando...

Viu?, não vai demorar você vai fazer isso com ele.

Márcia, mas se ele for daquele tipo feijão com arroz?

Feijão com arroz, Ivana, também é gostoso.

Eu não acho.

Ivana, por favor, não vai estragar tudo no primeiro dia.

Márcia, escute só, será que posso falar para ele o que imaginei agora?

Não, Ivana!

Então pra que você me mandou imaginar?

Pra você projetar algum desejo; assim as chances de realização são maiores.

Será que devo ir ao encontro daquele jeito que gosto, apenas com o vestido sobre a pele?

Ivana, por favor, espere ao menos algumas semanas.

E o que tem se eu falar pra ele o que mais me excita?

Ivana, os homens sabem o que excita as mulheres; se você falar, principalmente sobre a experiência que sugeri a você da outra vez, ele vai pensar nisso o tempo todo e vai passar a ver você somente pelo ângulo sexual; aquilo não é para ser praticado num início de namoro; se você não me escutar, vai acabar desvalorizada.

Há homens que nunca descobrem coisa alguma; só pensam em futebol e em beber com os amigos.

Descobrem sim, Ivana, você mesma pode conduzir a isso; e acho que esse seu novo namorado não é dado a futebol nem a beber com os amigos; ele gosta de poesia...

Então, Márcia, para cativá-lo, coloco em ação meus artifícios!

Ivana, por favor, no início não, espere um pouquinho, talvez um mês...

Ah, não sei, é tão bom chegar nua na casa do namorado, é uma surpresa e tanto...

Ivana, você não tem jeito.

sábado, outubro 09, 2010

Eles vão adorar nos encontrar felizes

Não se preocupe, eles são boas pessoas. Gostamos duma aventura, não é mesmo? Eles também. Não fique tão nervosa. Lembra aquela vez quando fiquei namorando quase até o amanhecer nas areias do Leme? Foi com um deles, e, olhe, nunca aproveitei tanto. Você precisa se soltar. Relaxe. Eles estão se preparando para nos surpreender. E desse jeito, como eles desejam, é melhor. Não há perigo quanto aos nossos pertences. Estão bem protegidos. Agora, sente-se, cruze as pernas e sorria. Eles vão adorar nos encontrar felizes, naturais. É isso que querem: naturalidade. Nós também os queremos totalmente entregues aos nossos braços, como se não houvesse amanhã. Caso ainda estivéssemos como chegamos, cobertas até o pescoço, haveria perigo de mancharmos nossas roupas. Elas são caras. A Marisa tinha o costume de gostar de muito pano, acabou que um dia agarrou-se a um dos rapazes, escolheu logo o que não tinha muita experiência, ela se viu em maus lençóis, aliás, aquele tecido nem era pra lençol. Sei que ela corria de lá pra cá e de cá pra lá sem saber o que fazer, levantando um pouquinho a barra do vestido, tentando preservá-lo. Portanto, assim como estamos é melhor. Sei que você se preocupa com a hora. O tempo passa rápido e podemos nem dar pelo amanhecer. Mas eles não vão querer escândalo. Caso saiamos daqui assim, eles vão ficar mal perante a vizinhança. Quanto foi mesmo o seu vestido? Quinhentos? Foi caro, viu? O meu foi trezentos e estou me mordendo toda por isso. Queria tanto que tivesse sido presente. Mas quem me daria uma roupa cara assim? Lembra do biquíni? Um biquíni de duzentos e oitenta tem de ser de uma super grife. Aqueles outros rapazes gostavam de nos dar presentes. Eram meio tarados, concordo. Vestíamos o biquíni para eles tirarem. E dentro d'água! Quase morremos de medo. Mas tudo acabou bem. Ninguém percebeu. E, pensando bem, aquilo é que era vida. Escute, está chegando alguém. São eles. Sente-se, se quiser acenda um cigarro. Mas não trema. Cruze as pernas. Somos as mulheres mais bem vestidas do mundo. Deixemos tudo agora ao encargo deles. Representemos. Pode ser que resolvam nos presentear, nos encher de cordialidade. Cordialidades acima de quinhentos reais. Cabe a uma mulher acreditar, tanto mais quando se sente especial.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Não precisam de mais nada.

Vocês querem me pregar uma peça, não? Me fizeram vir até aqui, provar os vestidos, agora não querem devolver o meu. Uma brincadeira... Adoro brincadeiras. Sei que vocês querem saber se o que escrevo é verdade, não é mesmo? Não acreditam nas minhas histórias. Acham que é tudo mentira e que a literatura tem de corresponder à verdade. Pode ser. A maioria não entende o que é literatura. Como vocês são meus admiradores, aceito a brincadeira. Querem que eu saia do apartamento nua e que depois conte o que aconteceu. Desejam que uma provocação gere um conto. Será que vou me sair bem? O final vai-me ser favorável? A questão não é essa. A questão é a seguinte: será que vou contar? Posso me reservar ao direito de não dizer nada. Uma escritora, um escritor, o artista de modo geral têm o direito à privacidade. Nem sempre nos contos falo sobre a minha vida. Existe autor e narrador. São dois seres bastante distintos. Sei que me acham exibida. Toda pessoa importante gosta de se exibir, e até mesmo as que não são importantes. Seria melhor vocês fazerem uma viagem, iniciarem-se em aventuras, depois poderiam escrever sobre isso. Assim é que se começa. O bom escritor é aquele que tira histórias das pequenas coisas. Não são necessários grandes acontecimentos nem enredos fetichistas. Às vezes se sai de casa e se narra uma ida até o armazém da esquina ou até a banca de jornal, lembra-se de alguma coisa, vê-se algum vizinho, volta-se para casa e a história está terminada. O grande motivo pode ser a maneira como a pessoa casualmente encontrada cumprimentou você, ou mesmo o ato de se evitar pisar sobre um inseto durante a caminhada. Vocês querem me deixar nua para ver o que acontece? Ok, aceito. Mas não prometo falar sobre isso. Mesmo que me saia bem. Ou mesmo mal. O programa de computador que vocês criaram faz minha voz se transformar em escrita e aparecer no blog quando estou logada? Interessante. Então, não precisam de mais nada. Eis o conto.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Nos conhecemos há poucas semanas

“Preciso de alguém que me ajude”, falei pra ele.
Com aquele jeito dissimulado, olhou pra mim, aproximou-se e me beijou.
Continuei com se fosse a mulher mais cínica do mundo.
“A vida pra mim não tem sido fácil, preciso de um homem que me ajude”.
“Ajudar, como?”, fingiu se interessar.
“Meu dinheiro não dá pra passar o mês, antes eu tinha um namorado, morou comigo durante um tempo, pagou algumas contas, contratou a TV a cabo, mas houve um problema e nos separamos”.
Levantou-se, caminhou até a janela, olhou pra fora, parecia admirar a paisagem vista do segundo andar.
“Não sei se posso ajudar, também vivo em dificuldades”, falou voltando-me a face.
“É muito difícil ficar com alguém e não receber ajuda”.
“Você quer um homem pra pagar suas contas, na verdade”.
“Isso, mas nem todas, algumas consigo pagar sozinha; minha vida é muito cara”.
Caminhei até o quarto, ele atrás. Parei antes de alcançar a cama. Demonstrou a intenção de me abraçar. Sentei na beira da cama e olhei para o chão.
“Deixa eu te beijar”, falou.
Ofereci uma das faces. Beijou-me. Olhou a cama de casal. Segui o seu olhar.
“Venha cá, deixe-me abraçar você”, falou de novo.
Levantei-me.
“Sua saia não está um pouco apertada?”
Desabotoei a saia jeans; ficou presa apenas pelo fecho. O botão fora da casa demonstrava meu desejo de ficar nua.
Agarrou-me com força e procurou meus lábios.
Cedi.
Uma de suas mãos escorregou por entre as minhas pernas. Tentava tirar minha roupa. A saia escapou-me, foi ao chão. Eu vestia uma miniblusa e a calcinha. Branca, bem pequena.
Fui eu quem o agarrei com mais força. Temi que me soltasse e se afastasse para admirar meu corpo nu.
Permaneceu com os lábios junto aos meus. Demorou-se no beijo. Quando eu mal suspeitava, começou a tentar tirar-me a calcinha. De início, resisti. Pensei se permitiria ou não. Ele, porém, foi mais rápido. Minha resistência fingida ajudou-o a descê-la até os tornozelos.
Ameaçou colocar o pênis pra fora da calça. Tentei escapar. Não o desejava sem garantias. Deu-me mais um longo beijo. Ao dar por mim, perdera de vez a calcinha e estava encostada à parede. Ao me soltar, virei-me de costa, encostei o ventre à parede e mantive os braços baixos. Repentino vexo assaltou-me.
Apalpou meu bumbum. Seu toque sutil desalojou-me. Não resisti, virei de novo, de frente.
“Já falei, isso não vai adiantar, preciso de alguém que me ajude”, sussurrei por entre os dentes.
Aproximou-se, forçou-me as pernas com o pênis já bastante enrijecido.
“Depois a gente conversa sobre isso. Caso você esteja muito necessitada, deixo algum dinheiro”.
Afastei as pernas. Senti que eu era pequena para ele. Mas, naquele momento, além da excitação, não queria perder uma ou duas notas de cinquenta.
Emiti alguns sons, gemi durante segundos. Após senti-lo dentro de mim, não desejei que se afastasse.
“Nos conhecemos há poucas semanas, nada sei sobre você, não sou mercenária, mas tenho necessidades, prometo que se amar você, vai poder sempre me deixar nua, me namorar.”
“Sei”, falou ofegante.
Denunciei-me; tornei-me escorregadia. Puxei-o pelos cabelos, beijei-o na boca.
Seu gozo explodiu dentro de mim. Naquele momento, ia esquecida das poucas notas de dinheiro.