sexta-feira, outubro 01, 2010

Nos conhecemos há poucas semanas

“Preciso de alguém que me ajude”, falei pra ele.
Com aquele jeito dissimulado, olhou pra mim, aproximou-se e me beijou.
Continuei com se fosse a mulher mais cínica do mundo.
“A vida pra mim não tem sido fácil, preciso de um homem que me ajude”.
“Ajudar, como?”, fingiu se interessar.
“Meu dinheiro não dá pra passar o mês, antes eu tinha um namorado, morou comigo durante um tempo, pagou algumas contas, contratou a TV a cabo, mas houve um problema e nos separamos”.
Levantou-se, caminhou até a janela, olhou pra fora, parecia admirar a paisagem vista do segundo andar.
“Não sei se posso ajudar, também vivo em dificuldades”, falou voltando-me a face.
“É muito difícil ficar com alguém e não receber ajuda”.
“Você quer um homem pra pagar suas contas, na verdade”.
“Isso, mas nem todas, algumas consigo pagar sozinha; minha vida é muito cara”.
Caminhei até o quarto, ele atrás. Parei antes de alcançar a cama. Demonstrou a intenção de me abraçar. Sentei na beira da cama e olhei para o chão.
“Deixa eu te beijar”, falou.
Ofereci uma das faces. Beijou-me. Olhou a cama de casal. Segui o seu olhar.
“Venha cá, deixe-me abraçar você”, falou de novo.
Levantei-me.
“Sua saia não está um pouco apertada?”
Desabotoei a saia jeans; ficou presa apenas pelo fecho. O botão fora da casa demonstrava meu desejo de ficar nua.
Agarrou-me com força e procurou meus lábios.
Cedi.
Uma de suas mãos escorregou por entre as minhas pernas. Tentava tirar minha roupa. A saia escapou-me, foi ao chão. Eu vestia uma miniblusa e a calcinha. Branca, bem pequena.
Fui eu quem o agarrei com mais força. Temi que me soltasse e se afastasse para admirar meu corpo nu.
Permaneceu com os lábios junto aos meus. Demorou-se no beijo. Quando eu mal suspeitava, começou a tentar tirar-me a calcinha. De início, resisti. Pensei se permitiria ou não. Ele, porém, foi mais rápido. Minha resistência fingida ajudou-o a descê-la até os tornozelos.
Ameaçou colocar o pênis pra fora da calça. Tentei escapar. Não o desejava sem garantias. Deu-me mais um longo beijo. Ao dar por mim, perdera de vez a calcinha e estava encostada à parede. Ao me soltar, virei-me de costa, encostei o ventre à parede e mantive os braços baixos. Repentino vexo assaltou-me.
Apalpou meu bumbum. Seu toque sutil desalojou-me. Não resisti, virei de novo, de frente.
“Já falei, isso não vai adiantar, preciso de alguém que me ajude”, sussurrei por entre os dentes.
Aproximou-se, forçou-me as pernas com o pênis já bastante enrijecido.
“Depois a gente conversa sobre isso. Caso você esteja muito necessitada, deixo algum dinheiro”.
Afastei as pernas. Senti que eu era pequena para ele. Mas, naquele momento, além da excitação, não queria perder uma ou duas notas de cinquenta.
Emiti alguns sons, gemi durante segundos. Após senti-lo dentro de mim, não desejei que se afastasse.
“Nos conhecemos há poucas semanas, nada sei sobre você, não sou mercenária, mas tenho necessidades, prometo que se amar você, vai poder sempre me deixar nua, me namorar.”
“Sei”, falou ofegante.
Denunciei-me; tornei-me escorregadia. Puxei-o pelos cabelos, beijei-o na boca.
Seu gozo explodiu dentro de mim. Naquele momento, ia esquecida das poucas notas de dinheiro.

Nenhum comentário: