quarta-feira, dezembro 13, 2023

Refuge

J'étais à Búzios, absorbant la tranquillité de la plage, profitant de chaque moment sans être dérangée. La liberté de porter le plus petit bikini, de m'exposer au soleil et de me baigner à ma guise était une expérience libératrice. Ici, personne ne me jugeait.

Mes pensées dérivèrent vers ma ville natale, M, située à soixante kilomètres au nord. Une communauté conservatrice et pleine de commérages, où chacun connaissait l'autre, menaçait de me priver de ma liberté. Le simple fait de penser à revenir à M dans cet état d'esprit provoquerait des remous et alimenterait les ragots.

Le retour à la plage m'apaisa. Je me délectais du plaisir simple d'être ici. La décision était prise : je ne retournerais pas à M ce jour-là. La nuit me réservait une aventure dans la Rue des Pierres. Peut-être y rencontrerais-je quelqu'un, peut-être sortirais-je avec un homme séduisant, une personne dont je n'aurais pas besoin de connaître tous les détails, juste la chaleur de son corps.

Alors que je contemplais l'horizon, deux jeunes femmes attirèrent mon attention. Elles semblaient profiter pleinement de la vie, entourées de jeunes hommes qui les embrassaient tendrement. L'une d'elles dansait avec une sensualité débordante, exprimant son désir de manière évidente.

Au fil des heures, je n'étais plus seule. Un jeune homme au teint hâlé par le soleil se tenait à mes côtés, caressant doucement mon dos tout en chuchotant à mon oreille une histoire passionnante. La nuit à Búzios promettait des moments excitants, et je me laissais emporter par cette nouvelle aventure, loin des contraintes de ma ville natale.

À mesure que la nuit avançait dans la Rue des Pierres, le mystérieux inconnu et moi nous plongions dans une conversation captivante. Il partageait des histoires qui éveillaient ma curiosité, créant une connexion entre nous. Une attraction magnétique se développait, une sensation de liberté qui transcendait les limites imposées par ma ville natale.

Nous avons décidé d'explorer ensemble les charmes nocturnes de Búzios. Parcourant les rues éclairées par des lumières vibrantes, nous nous sommes immergés dans l'énergie palpitante de la vie nocturne. Passant devant des bars animés et des restaurants accueillants, nous nous sommes laissés emporter par un monde de possibilités, où la liberté et la spontanéité régnaient en maître.

Nous dansions sous les étoiles au bord de la mer, nous perdant dans la musique qui résonnait le long des plages de Búzios. La chimie entre nous était palpable, une évasion nécessaire de la vie contrôlée et des restrictions auxquelles j'étais habituée à M. À ce moment-là, je me permettais de vivre pleinement, sans crainte du jugement extérieur.

La nuit se déroulait avec une atmosphère de romance et de mystère. Mon compagnon et moi avons décidé d'explorer les plages désertes sous la lumière de la lune, où le bruit doux des vagues complétait la syntonie entre nous. Une connexion intense grandissait, défiant les normes et les restrictions qui avaient l'habitude de me limiter la vie.

Alors que l'aube approchait, j'ai réalisé que cette nuit à Búzios représentait bien plus qu'une simple évasion. C'était une expérience libératrice, un chapitre mémorable qui défié les liens d'une vie marquée par les commérages et les conventions sociales. La promesse d'aventures à venir flottait dans l'air, et j'étais déterminée à embrasser chaque moment, savourant la liberté que j'avais trouvée dans ce refuge en bord de mer.

En parlant de refuge, nous avons trouvé une cabane de pêcheurs, vide à ce moment-là. Mon homme m'a déshabillée lentement, savourant chaque parcelle de mon corps chaud. Après des étreintes intenses, l'essentiel s'est produit, l'union de nos corps, un déversement bienheureux, loin de tous les préjugés.Il me libérait de toutes les entraves.

domingo, dezembro 10, 2023

Parceira

A busca por um parceiro tem sido desafiadora. Muitas amigas me dizem: “Eliane, você acabou de entrar nos cinquenta anos, mas mantém uma beleza e juventude que poucas mulheres possuem. Esta cidade onde moramos, digamos que se chame M, com seus trezentos mil habitantes, tem muitos lugares para nos divertirmos, muita possibilidade de paquera, e você, com o seu pequeno apartamento acolhedor, é privilegiada, um local perfeito para o amor.”

Mal sabem elas que, apesar da beleza que insistem em elogiar, sinto um vazio nas noites solitárias. Gosto de fazer amor, mas a conexão certa parece escapar entre os dedos. Foi então que apareceu um amigo de longa data, alguém que prometia ensinar-me algo especial. Ele me conduziu a uma prática única de relaxamento e movimento de energias interiores, algo que despertou minha curiosidade e, quem sabe, um novo prazer. Primeiro, pediu-me que deitasse e largasse todo o peso do corpo sobre o solo. Depois, pouco a pouco, me fez desligar parte por parte, começando pelos pés, a seguir as pernas, os joelhos, coxas etc., até completar todo o corpo. Senti-me flutuando. A partir daí, fez com que eu juntasse energias e as movimentasse desde a cabeça até os pés. Em alguns momentos me senti livre, no ar; em outros, experimentei uma quentura por onde passavam as energias. Foi a vez então de concentrar seus movimentos nos órgãos que nos estimulam o sexo. Não passou muito tempo, senti um gozo enorme.

Decidi praticar as técnicas por conta própria. Saía com amigas, ouvia histórias românticas, mas mantinha segredo sobre minha própria jornada. Ao chegar em casa, entregava-me à "yoga do amor", movimentando energias que traziam um prazer tão intenso que parecia uma dança solitária e mágica.

Numa noite comum, conheci um homem especial. Convidei-o para meu pequeno apartamento, onde conversamos, compartilhamos um bom vinho e, eventualmente, começamos a namorar. Corajosa, pedi-lhe que se deitasse imóvel, enquanto eu explorava as energias interiores. A dança que se seguiu foi intensa, levando-nos a um prazer profundo e prolongado, uma transa que se estendeu por quase duas horas. Seu sexo rijo me penetrava, mas pedia-lhe que não se mexesse, as energias que eu movimentava interiormente refletiam nos meus grandes lábios, que mordiam seu pênis num intervalo de tempo pontual e contínuo.

Os dias transcorreram e ele prometeu um próximo encontro. Em uma noite de sexta-feira, juntei-me às minhas amigas, mantendo uma fachada de normalidade. Optamos por um restaurante à beira-mar, onde desfrutamos de vários coquetéis e saboreamos pratos leves. Conversamos sobre assuntos ligeiros, desde trivialidades até casos divertidos ou surpreendentes relacionados a namorados e paqueras.

Ao nos despedirmos, peguei um táxi de volta para casa, ansiosa pelo encontro com meu namorado. No entanto, ele não apareceu. A desilusão momentânea foi logo substituída por um sentimento de autossuficiência. "Sem problemas", pensei. Sou feliz sozinha, em companhia de mim mesma, como sugerem as terapeutas da mente. Aquela noite solitária não seria um obstáculo, mas uma oportunidade para explorar ainda mais a minha jornada pessoal, um caminho que me proporcionava satisfação independente de qualquer presença externa.

Deitei-me, relaxei e, mais uma vez movimentei as energias interiores. O prazer que experimentei foi profundo, uma celebração da minha própria jornada, uma yoga do amor que me pertencia, independentemente de qualquer outra presença. Num momento de êxtase intenso, tremi involuntariamente, meus grandes lábios latejaram, ávidos, eu não precisava me concentrar, não precisava de nenhum pênis, tudo era muito natural. Meu corpo era o meu próprio prazer. Gozei com ele, gozei por ele, e não foi só uma vez. Planava una e úmida. Alta a noite, senti-me plena, recompensada, como jamais.