Eu estava em casa, tinha acabado de almoçar, quando o telefone tocou.
“Oi, Marli?”
“Sim, sou eu.”
“Aqui é o R., tudo bem?”
“Oi, R, como vai?, quanto tempo...”
“Tudo, quanto tempo, não? Acho que vou aceitar aquele seu convite, continua de pé?”
“Que convite?”, perguntei com falsa ingenuidade.
“Aquele que você me fez há seis meses; passar alguns dias com você aí, em Guarapari.”
“Ah, claro que está de pé, terei imenso prazer em receber você.”
Marcamos os dias, conversamos mais algumas amenidades e desligamos. Ele chegaria numa quinta e ficaria até domingo.
É preciso dizer que eu e R. fomos namorados em outros tempos. Quando o conheci eu já não era tão jovem, mas tinha o mesmo ímpeto de uma garota nova. Ele adorava tirar toda a minha roupa; extasiava-se quando eu ia de saia curta e permitia que ele me roubasse a calcinha. O que fez aquele homem dez anos mais jovem do que eu atraído sempre por mim foi, no entanto, uma história que contei a ele.
Certa vez, enquanto fazíamos uma caminhada pela orla marítima no Rio, numa manhã de sol, narrei um fato que me acontecera.
“Sabe, desde muito jovem sempre gostei de usar biquíni, e desses bem pequenos.”
Ele me olhou demonstrando mais interesse.
“Um dia mergulhei de uma pedra, no tempo em que a praia do Flamengo era mais propícia ao banho; ao romper a superfície e deslizar sob as ondas, a temperatura fria da água do mar em contato com meu corpo quente provocou em mim tamanha excitação, que me levou ao orgasmo.”
Ele riu.
“Não acredita?, é sério, gozei com a temperatura da água; nunca tinha sentido aquilo antes. Foi tão bom!”
“Você estava sozinha?”
“Estava; eu morava perto da praia.”
“Então toda vez que você entrava na água isso acontecia?”
“Não, só aconteceu aquela vez. E olha que eu tentei muitas outras, tirava até o biquíni pra ver se conseguia, mas não gozei de novo daquela maneira.”
“Tirava o biquíni?”
“Isso, tirava ele todo.”
“As pessoas não reparavam que você estava nua?”
“Não, se a gente tirar só a parte de baixo ninguém repara.”
“E onde você o guardava?”
“Enrolava no braço, feito uma pulseira.”
Ele me olhou um tanto excitado, depois disse:
“Quando viermos à praia para tomar banho de mar, quero que você faça isso. Aí, roubo sua pulseira.”
“Não vou deixar. Até tiro o biquíni, mas não dou em suas mãos.”
Ele riu mais uma vez.
“Vou dizer a você”, continuei, “voltando ao assunto, por mais que eu tirasse o biquíni, nunca mais consegui o prazer que senti naquele dia. Foi uma vez única, nunca me esqueci. Até hoje tiro o biquíni, mas não com essa intenção. Acostumei ficar nua no mar.”
“As pessoas nunca te descobriram nua?”, perguntou de novo, muito interessado.
“Não, já disse. Nunca ninguém reparou. Até já conversei nua com um homem. Ele nem notou.”
Alguns dias depois, ao namorarmos na casa dele, ouvi sua voz, quase um sussurro:
“Qualquer dia desses vou levar você à Floresta da Tijuca, vou tirar toda a sua roupa, então vamos trepar. Quero também que você caminhe nua sobre a relva.”
Naquele momento, fui eu que fiquei excitada.
R. gostava que eu gritasse ao atingir o gozo. Eu já tinha esse costume, mas com ele gritava mais alto.
Uns dias depois saímos novamente. Fomos a vários lugares. Mas ele esqueceu sobre o passeio à Floresta. Então falei:
“Você não cumpriu sua promessa.”
“Que promessa?”, perguntou esquecido.
“De me deixar nua na Floresta!”
Olhou um tanto surpreso, depois falou:
“Assim que pudermos, iremos lá.”
Acreditei, mas nunca aconteceu.
A vida complicou-se, separamo-nos, deixei o Rio de Janeiro e passamos a falar um com o outro poucas vezes. Arranjei um namorado com quem fiquei por uns tempos. Há seis meses, quando fui ao Rio, encontrei R. novamente; fiz então o convite.
Guarapari é uma cidade bonita, tem muitas praias e alguns lugares desertos que podemos fazer passar por florestas. E tenho muitos biquínis, cada vez menores. Todos prontos a transformarem-se em pulseiras. Mas dessa vez entro n’água primeiro, não falo nada, deixo que ele descubra que estou nua. Depois, coloco a pulseira num dos braços dele e digo:
“Sou sua; estou inteira nas suas mãos!”
“Oi, Marli?”
“Sim, sou eu.”
“Aqui é o R., tudo bem?”
“Oi, R, como vai?, quanto tempo...”
“Tudo, quanto tempo, não? Acho que vou aceitar aquele seu convite, continua de pé?”
“Que convite?”, perguntei com falsa ingenuidade.
“Aquele que você me fez há seis meses; passar alguns dias com você aí, em Guarapari.”
“Ah, claro que está de pé, terei imenso prazer em receber você.”
Marcamos os dias, conversamos mais algumas amenidades e desligamos. Ele chegaria numa quinta e ficaria até domingo.
É preciso dizer que eu e R. fomos namorados em outros tempos. Quando o conheci eu já não era tão jovem, mas tinha o mesmo ímpeto de uma garota nova. Ele adorava tirar toda a minha roupa; extasiava-se quando eu ia de saia curta e permitia que ele me roubasse a calcinha. O que fez aquele homem dez anos mais jovem do que eu atraído sempre por mim foi, no entanto, uma história que contei a ele.
Certa vez, enquanto fazíamos uma caminhada pela orla marítima no Rio, numa manhã de sol, narrei um fato que me acontecera.
“Sabe, desde muito jovem sempre gostei de usar biquíni, e desses bem pequenos.”
Ele me olhou demonstrando mais interesse.
“Um dia mergulhei de uma pedra, no tempo em que a praia do Flamengo era mais propícia ao banho; ao romper a superfície e deslizar sob as ondas, a temperatura fria da água do mar em contato com meu corpo quente provocou em mim tamanha excitação, que me levou ao orgasmo.”
Ele riu.
“Não acredita?, é sério, gozei com a temperatura da água; nunca tinha sentido aquilo antes. Foi tão bom!”
“Você estava sozinha?”
“Estava; eu morava perto da praia.”
“Então toda vez que você entrava na água isso acontecia?”
“Não, só aconteceu aquela vez. E olha que eu tentei muitas outras, tirava até o biquíni pra ver se conseguia, mas não gozei de novo daquela maneira.”
“Tirava o biquíni?”
“Isso, tirava ele todo.”
“As pessoas não reparavam que você estava nua?”
“Não, se a gente tirar só a parte de baixo ninguém repara.”
“E onde você o guardava?”
“Enrolava no braço, feito uma pulseira.”
Ele me olhou um tanto excitado, depois disse:
“Quando viermos à praia para tomar banho de mar, quero que você faça isso. Aí, roubo sua pulseira.”
“Não vou deixar. Até tiro o biquíni, mas não dou em suas mãos.”
Ele riu mais uma vez.
“Vou dizer a você”, continuei, “voltando ao assunto, por mais que eu tirasse o biquíni, nunca mais consegui o prazer que senti naquele dia. Foi uma vez única, nunca me esqueci. Até hoje tiro o biquíni, mas não com essa intenção. Acostumei ficar nua no mar.”
“As pessoas nunca te descobriram nua?”, perguntou de novo, muito interessado.
“Não, já disse. Nunca ninguém reparou. Até já conversei nua com um homem. Ele nem notou.”
Alguns dias depois, ao namorarmos na casa dele, ouvi sua voz, quase um sussurro:
“Qualquer dia desses vou levar você à Floresta da Tijuca, vou tirar toda a sua roupa, então vamos trepar. Quero também que você caminhe nua sobre a relva.”
Naquele momento, fui eu que fiquei excitada.
R. gostava que eu gritasse ao atingir o gozo. Eu já tinha esse costume, mas com ele gritava mais alto.
Uns dias depois saímos novamente. Fomos a vários lugares. Mas ele esqueceu sobre o passeio à Floresta. Então falei:
“Você não cumpriu sua promessa.”
“Que promessa?”, perguntou esquecido.
“De me deixar nua na Floresta!”
Olhou um tanto surpreso, depois falou:
“Assim que pudermos, iremos lá.”
Acreditei, mas nunca aconteceu.
A vida complicou-se, separamo-nos, deixei o Rio de Janeiro e passamos a falar um com o outro poucas vezes. Arranjei um namorado com quem fiquei por uns tempos. Há seis meses, quando fui ao Rio, encontrei R. novamente; fiz então o convite.
Guarapari é uma cidade bonita, tem muitas praias e alguns lugares desertos que podemos fazer passar por florestas. E tenho muitos biquínis, cada vez menores. Todos prontos a transformarem-se em pulseiras. Mas dessa vez entro n’água primeiro, não falo nada, deixo que ele descubra que estou nua. Depois, coloco a pulseira num dos braços dele e digo:
“Sou sua; estou inteira nas suas mãos!”
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