A noite começou com três coisas importantes. Em primeiro lugar um namorado lindo; em segundo, um vestido curtíssimo, mais parecia um suéter que não passava da metade das coxas, nem mesmo me permitia levantar os braços; em terceiro, bem deixemos o terceiro pra mais tarde...
Entramos no carro e seguimos pela estrada litorânea. Já escurecera, uma brisa fresca nos refrescava provocando às vezes até mesmo um frêmito de frio. A música do aparelho de CD se espalhava alta. Ele, fugidio, olhava para mim nos momentos em que a estrada permitia. Outros automóveis vinham em sentido contrário, seus faróis eram dois olhos que invadiam prateados a noite recente.
Quando uma longa reta aparecia, meu namorado colocava a palma da mão direita sobre minhas pernas, enquanto segurava o volante com a esquerda. Permanecemos fazendo esse jogo durante boa parte da viagem. Quando avistamos o lugarejo a que ele me prometera levar, um mar ainda claro apareceu banhado por uma lua em fins de crescente. Ele contornou a enseada, parou o carro ante a um restaurante rústico, saltamos e entramos.
Na verdade, o restaurante era uma pequena casa voltada para as areias da praia. Seu interior estava iluminado por velas em castiçais. Uma moça veio nos dar as boas vindas e deixou uma espécie de cardápio, que tinha o formato de uma grande folha de coqueiro.
Lembrei-me da leitura de um capítulo de romance em que havia uma casa de praia e um restaurante parecidos.
Pedimos duas caipirinhas. Meu namorado escolheu camarões graúdos; preferi uma casquinha de siri; depois, talvez, comesse patas de caranguejo.
Olhamos na direção do mar. Escutávamos a explosão das ondas, víamos de relance as espumas, mas a praia estava escura; vez ou outra aparecia o reflexo luminoso de alguma embarcação longínqua, talvez pescadores à espera de um cardume, talvez navios que faziam alguma rota estrangeira.
Na varanda, onde estávamos, não havia mais ninguém; na parte, interna, um casal mantinha-se num namoro inquieto.
Bebemos nossas caipirinhas e logo um fogo interno alçou-nos a vôo mais arrojado. Agarramo-nos e beijamos um ao outro intensamente. Ele enfiou uma das mãos por entre minhas pernas. Permaneceu com a palma estacionada ali durante algum tempo. Quando terminávamos um beijo longo, pleno de volúpia, chegaram os camarões.
Comemos nossos pratos com entusiasmo; tudo estava muito gostoso. Pedimos outras duas caipirinhas. Quando cada um de nós bebeu a metade, o fogo que ardia tornou-se ainda mais intenso e, num momento de excitação, meu namorado arrancou-me a calcinha.
“Ai, você destruiu minha calcinha, coloquei só pra você, e ela era tão bonita”, falei em tom de choro.
“Não se preocupe, vou comprar muitas outras amanhã.”
“Será que vou agüentar sem calcinha tanto tempo?”, perguntei e acabei explodindo numa risada debochada, aconchegando-me mais ao seu lado. Ele me acariciava de todos os modos possíveis. Suas mãos me percorriam e me deixavam cada vez mais excitada.
“Vou tirar seu agasalho.”
“Que agasalho?”, perguntei encolhida.
“Esse vestido-agasalho.”
“Será que a garçonete não vai chamar nossa atenção?”
“Não; acho que aqui não tem problema. As pessoas não vêm aqui só pra jantar, esse lugar é favorável para que se devorem uns aos outros."
Foi então que ele me deixou nua. Pela primeira vez eu fiquei nua num restaurante. Juntei as pernas aos seios e deixei que ele me abraçasse. A garçonete desaparecera no negrume da casa. Acho que para nos deixar mais à vontade.
Embora estivesse escuro e o casal próximo não quisesse saber de nós, senti um pouco de vergonha. Pensei que podia parar um carro com faróis altos, saltar uma porção de gente e me surpreender nua num lugar público.
Meu namorado levantou o braço; chamava a garçonete.
“Não faça isso”, ainda tive tempo de dizer.
Mas ela veio rápido.
“Mais uma caipirinha, por favor.”
“A senhora também quer mais uma?”, perguntou-me; olhou natural, como se eu fosse a mulher mais vestida do mundo.
“Não, obrigada”, acho que deixei transparecer uma ponta de vergonha, mas o que há de se fazer? Ainda tomei um último gole. Encolhi-me mais. Pedi que ele me tateasse a pele. Estava tão gostoso.
Foi então que aconteceu a terceira coisa. Veio vindo lá do fundo, um orgasmo tão intenso, algo que eu jamais sentira, uma espécie de gozo, mesmo sem penetração. Sussurrei:
“Ai, nunca senti o que estou sentindo agora, uma coisa tão boa, me aperta mais, vai.”
Ele me apertou. Peguei uma de suas mãos e a encostei naquela parte em que as mulheres sentem mais desejo.
Depois, dentro do carro, antes de deixarmos aquele lugar maravilhoso, ele me deitou no banco, escalou meu corpo, abriu meu sexo e permaneceu lá dentro, quente, muito quente...
Entramos no carro e seguimos pela estrada litorânea. Já escurecera, uma brisa fresca nos refrescava provocando às vezes até mesmo um frêmito de frio. A música do aparelho de CD se espalhava alta. Ele, fugidio, olhava para mim nos momentos em que a estrada permitia. Outros automóveis vinham em sentido contrário, seus faróis eram dois olhos que invadiam prateados a noite recente.
Quando uma longa reta aparecia, meu namorado colocava a palma da mão direita sobre minhas pernas, enquanto segurava o volante com a esquerda. Permanecemos fazendo esse jogo durante boa parte da viagem. Quando avistamos o lugarejo a que ele me prometera levar, um mar ainda claro apareceu banhado por uma lua em fins de crescente. Ele contornou a enseada, parou o carro ante a um restaurante rústico, saltamos e entramos.
Na verdade, o restaurante era uma pequena casa voltada para as areias da praia. Seu interior estava iluminado por velas em castiçais. Uma moça veio nos dar as boas vindas e deixou uma espécie de cardápio, que tinha o formato de uma grande folha de coqueiro.
Lembrei-me da leitura de um capítulo de romance em que havia uma casa de praia e um restaurante parecidos.
Pedimos duas caipirinhas. Meu namorado escolheu camarões graúdos; preferi uma casquinha de siri; depois, talvez, comesse patas de caranguejo.
Olhamos na direção do mar. Escutávamos a explosão das ondas, víamos de relance as espumas, mas a praia estava escura; vez ou outra aparecia o reflexo luminoso de alguma embarcação longínqua, talvez pescadores à espera de um cardume, talvez navios que faziam alguma rota estrangeira.
Na varanda, onde estávamos, não havia mais ninguém; na parte, interna, um casal mantinha-se num namoro inquieto.
Bebemos nossas caipirinhas e logo um fogo interno alçou-nos a vôo mais arrojado. Agarramo-nos e beijamos um ao outro intensamente. Ele enfiou uma das mãos por entre minhas pernas. Permaneceu com a palma estacionada ali durante algum tempo. Quando terminávamos um beijo longo, pleno de volúpia, chegaram os camarões.
Comemos nossos pratos com entusiasmo; tudo estava muito gostoso. Pedimos outras duas caipirinhas. Quando cada um de nós bebeu a metade, o fogo que ardia tornou-se ainda mais intenso e, num momento de excitação, meu namorado arrancou-me a calcinha.
“Ai, você destruiu minha calcinha, coloquei só pra você, e ela era tão bonita”, falei em tom de choro.
“Não se preocupe, vou comprar muitas outras amanhã.”
“Será que vou agüentar sem calcinha tanto tempo?”, perguntei e acabei explodindo numa risada debochada, aconchegando-me mais ao seu lado. Ele me acariciava de todos os modos possíveis. Suas mãos me percorriam e me deixavam cada vez mais excitada.
“Vou tirar seu agasalho.”
“Que agasalho?”, perguntei encolhida.
“Esse vestido-agasalho.”
“Será que a garçonete não vai chamar nossa atenção?”
“Não; acho que aqui não tem problema. As pessoas não vêm aqui só pra jantar, esse lugar é favorável para que se devorem uns aos outros."
Foi então que ele me deixou nua. Pela primeira vez eu fiquei nua num restaurante. Juntei as pernas aos seios e deixei que ele me abraçasse. A garçonete desaparecera no negrume da casa. Acho que para nos deixar mais à vontade.
Embora estivesse escuro e o casal próximo não quisesse saber de nós, senti um pouco de vergonha. Pensei que podia parar um carro com faróis altos, saltar uma porção de gente e me surpreender nua num lugar público.
Meu namorado levantou o braço; chamava a garçonete.
“Não faça isso”, ainda tive tempo de dizer.
Mas ela veio rápido.
“Mais uma caipirinha, por favor.”
“A senhora também quer mais uma?”, perguntou-me; olhou natural, como se eu fosse a mulher mais vestida do mundo.
“Não, obrigada”, acho que deixei transparecer uma ponta de vergonha, mas o que há de se fazer? Ainda tomei um último gole. Encolhi-me mais. Pedi que ele me tateasse a pele. Estava tão gostoso.
Foi então que aconteceu a terceira coisa. Veio vindo lá do fundo, um orgasmo tão intenso, algo que eu jamais sentira, uma espécie de gozo, mesmo sem penetração. Sussurrei:
“Ai, nunca senti o que estou sentindo agora, uma coisa tão boa, me aperta mais, vai.”
Ele me apertou. Peguei uma de suas mãos e a encostei naquela parte em que as mulheres sentem mais desejo.
Depois, dentro do carro, antes de deixarmos aquele lugar maravilhoso, ele me deitou no banco, escalou meu corpo, abriu meu sexo e permaneceu lá dentro, quente, muito quente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário