O homem surgira de repente, um dia, na loja onde trabalho.
As outras vendedoras não podiam saber do caso, ele comprava roupas comigo, sorria
e dava o cartão. Sou eu que devo lhe dar o cartão, afinal, quem vende aqui?, falei
em vão.
O vestido curto de malha, colado ao corpo, quase camiseta, desses que a gente fica esticando a barra o tempo todo, deixa os
homens loucos. É perigoso vestir assim rua a fora e trepar com um desconhecido.
Alguns pedem que a gente trepe de vestido, sem a calcinha; outros, bem, outros
querem o vestido! Ah, uma advertência, não é recomendável ir a um
encontro sem a calcinha, sobretudo se não conhecemos o homem. Certa vez houve um
que me levou a uma loja de lingerie; impaciente, queria-me vestida!
Na hora do sexo não se pensa. Trepa-se em carne viva. Mas,
depois, ao voltar a si, quem está toda esporrada? Mesmo assim gosto, e muito. Nua a caminho
de casa.
Este agora, dois dedos e meu grelo pra fora, durinho. Sou mulher, cheguei a dizer, o que você procura aí? Te dar prazer, ele operava. Que lambança, assoviei, vou gozar, vou gozar. Não aguentei. Mas não perdi a pose. Gozo muitas vezes.
Este agora, dois dedos e meu grelo pra fora, durinho. Sou mulher, cheguei a dizer, o que você procura aí? Te dar prazer, ele operava. Que lambança, assoviei, vou gozar, vou gozar. Não aguentei. Mas não perdi a pose. Gozo muitas vezes.
Sabe que já fui equilibrista?, sério. Namorados me queriam
nua sobre a corda, uma delícia. Você tem a corda?, ele quis saber. Quem sabe,
respondi. Empresta. Já sei, a corda tem muitas utilidades.
A corda serve para tirar a vida. A corda serve como abismo.
Mas serve também pra provocar o gozo. Ele me amarrou. Todinha. Braços,
pernas, mordaça. Ui, quanto mais apertava, mais eu tremia.
Imobilizada. Confesso que não é a posição mais confortável. Veio sobre mim, não foi difícil escorregar o enorme pau dentro da minha boceta. Naquela hora, eu engolia qualquer coisa, por maior que fosse. Tapou meu nariz. Sério. Pensei
que fosse me matar. Tantos tarados por aí. Contudo, percebi o jogo. Deixou que eu inspirasse o ar um
pouquinho, para isso afrouxou a mão. Depois, tapou-me os orifícios,
prendeu-me o ar nos pulmões. Aprendi a nadar naquela correnteza. Inspirava o tanto que podia e guardava. Então, aumentou o
tempo, mais segundos e eu sem ar. Vou ter
de contar a história depois de morta, cheguei a pensar. Hum, hum, hum, meu coração aos
saltos. Comprimida. Tanto e tanto. Ainda há a história da faca. Acho que teve vontade de prolongar o gozo. Foi aí que substituiu o peru por uma faca de manteiga. Com cuidado, introduziu-ma. Não está afiada, chegou a dizer. Eu, amarada, amordaçada, dedos me prendendo o nariz, a faca... Não consegui me conter. Esporrei. A tal ejaculação feminina. Esporrei e respirei pela boceta. Verdade. Meu grelo ainda durinho. Um número de circo erótico.
O tal do equilibrismo. Antes que ele me tapasse de novo todos os buracos, reparei a lâmina de porra.