Adoro andar com os seios à mostra, principalmente quando
estou sozinha em casa. Outro dia me lembrei de um acontecimento engraçado.
Certa vez apareci na janela e um homem estava no portão, eu era a nua, mas foi
ele quem ficou envergonhado. Coloquei uma camiseta e fui ver o que era. Uma
encomenda. Agradeci, assinei o recibo e me despedi. Voltei para dentro de casa
e retirei a camiseta. Cidade de interior é fogo, não há muito o que fazer, daí
a gente procura prazer nas pequenas coisas, como andar nua dentro de casa! Por
falar em interior, não se pode dizer que não há bons restaurantes. Inauguraram
um outro dia, o dono é estrangeiro e veio para cá com umas ideias extravagantes. Espalhou
enormes quadros, todos da França, inclusive um da Torre Eiffel. Fui jantar uma noite dessas, com Marília, que adorou o local, pretende ser frequentadora
assídua, sobretudo após ter conhecido le patron, como dizem na França. Ele veio
até a nosso mesa, cumprimentou-nos dizendo que se sentia honrado com a presença
de mulheres tão elegantes. Marília cruzou as pernas, a direita sobre a
esquerda, e o vestido subiu um pouquinho deixando-lhe um pedaço de coxas de
fora. Não adianta, disse eu após ele se ter afastado, donos de restaurantes não
são muito de mulheres. Nada disso, rebateu, os franceses são machos, mesmo com
seus restaurantes cheios de mimo. Bebemos e comemos, os pratos não são plenos como
os brasileiros, mas verdadeiras obras de arte. Será que não sentem fome na
França?, arriscou minha amiga. Quem sabe, há diversas formas de fome, talvez de
sexo, sorri. Minha amiga começou a saborear o prato e disse quero comer le patron!, parecia mesmo plena de tesão, a cor do seus lábios, sua maneira de
morder os alimentos e sua virada de olhos revelavam. Calma, Marília, precipitei-me,
hoje é nossa primeira vez, há tempo para tudo. Ponderou sobre a Tânia, quando
descobrir este lugar vai ser um inferno, não vai sair daqui enquanto não tiver
o homem no seu quarto. É verdade, tive de concordar, mas será que um homem tão
requintado vai com a Tânia? Não sei, acho que sim, os homens não são muito
diferentes, e ela é muito artificiosa. Artificiosa, repeti, engraçada a
palavra, não pensei nisso. Você sabe que ela é artificiosa, sim, tem mil
trejeitos para conquistar qualquer um.
Suspirei, ele, em pessoa, o proprietário, veio completar nossas taças de
vinho. Marília mudou as pernas de posição, ele sorriu, não pelo deslocamento
das pernas de minha amiga, mas ao reparar a bebida rubra a invadir nossos
lábios, nossa boca, a descer por nosso interior e, acho, por nos deixar mais
excitadas. Marília quase deu um grito, estava em êxtase. Lembra do norueguês?
Norueguês?, repeti. Sim, o norueguês que esteve aqui no último verão, pegou a
gente com um carro alugado e nos levou pra Búzios, a praia mais deserta do
lugar. Ah, claro, lembro, não tínhamos levado nossos biquínis, continuei, era
noite, ele nos queria tomando banho de mar!, um banho sob os raios da lua dos
trópicos, como dizia, nos duas nuas, em meio às espumas da praia, e estava
fria a água. Isso mesmo, fechou os olhos Marília enquanto engolia mais um
pedacinho de camarão, a água fria me deu um tesão incrível, aliás, não sei por
que água fria me dá tanto tesão, quem sabe le patron leve a gente passear, assim
como o norueguês, um sonho. Calma, Marília, tudo tem seu tempo, pelo que
observo não será difícil, vamos bolar um plano. Vamos, mas nada de as artes dentro
do automóvel, lembra? Claro, você acha que eu ia me esquecer, o norueguês gozou
três vezes, duas trepando conosco, a terceira ao sentarmos peladinhas ao seu
lado no banco do carona!
O jantar, a conversa com Marília, a possibilidade de sairmos com o francês (ele nos deixou seu cartão), ai, tudo me deu intenso arrepio. Logo que entrei em casa, me despi, me lavei e fui deitar. Os seios sempre de fora.
terça-feira, junho 18, 2019
terça-feira, junho 04, 2019
Você é muito gostosa, Lucinda
Contei ao namorado que escrevo contos eróticos. Mostrei-lhe
o conto chamado Lucinda. Não disse que a história aconteceu comigo, mas com uma
amiga. Ele, após ler com calma, perguntou se Luquesi passou creme apenas na
vagina ou se também lambuzou o bumbum de Lucinda. Ah, aí é que está a questão
principal, falei afoita. Mas logo retomei o ritmo pausado, não queria demonstrar
nenhum entusiasmo. Passou creme na mulher por inteiro, acabei por lhe revelar,
isto significa que também lhe lambuzou o bumbum. Daí ela tem razão em dizer que
ficou muito ardida, completou não sem um ligeiro sorriso. Lembrei-me de minha
amiga Márcia e do que me contou certa vez. Tão engraçado.
Márcia era metida a namorar todos os homens. Certa vez
encontrou um para quem trabalhara. Costumava chegar pertinho, tocava no seu
braço, alisava, fazia uma cara de desejo e depois corria dele, como se não
fosse nada disso. Um dia acabou aceitando o convite. Encontraram-se no centro
da cidade. Ao telefone, quando marcaram, ela disse, comprei um macaquinho
lindo, caiu tão bem. A roupa era mesmo linda, ressaltava o corpo sensual de
Márcia. O colega imaginou-a com as pernas grossas de fora. Mas no quarto de
hotel é que a coisa pegou fogo. Ela foi ao banheiro, tomou um banho, vestiu a
calcinha e o top e enrolou-se na toalha. Voltou ao quarto e deitou-se. O homem
a abraçou. Agiu por partes. Primeiro soltou-lhe a toalha, depois o top e,
enfim, a calcinha. Márcia nua na cama, nas mãos do homem. Quando se agarravam,
ela falou, você gosta de ouvir histórias de sacanagem? Lógico que sim. Ela,
então, começou a falar uma porção de bobagens no ouvido do homem. Num momento
disse, você bota no meu cu?, adoro dar o cu. O homem não titubeou. Como estava
difícil para entrar, ela pediu, coloca na frente primeiro, já estou molhadinha,
depois vai ser mais fácil enfiar atrás. Fizeram como ela sugeriu. Ao virar de
costas, ela reparou o tamanho do pênis do homem. Chegou a tremer. Mas não
demonstrou. Ele enfiou até o fim. Ela passou a dizer, ui, que gostoso, nunca
senti um peru tão grande. Quando gozou, berrou tanto de prazer que até assustou
o homem. Não para, por favor, não para, estou adorando, deixa dentro a tarde
inteira.
Eu disse ao namorado que com Lucinda aconteceu algo
semelhante. Só que o homem lhe encerou as nádegas de tal forma que tudo
deslizava incrivelmente, até encaixou o pênis de um jeito que não soltava
de modo algum, quando ele fazia o movimento para fora parecia que lhe iria arrancar as pregas. Acho que a pasta secou quando o peru do homem ia bem
fundo, falei. Não é possível, rebateu o namorado. Como não?, você já viveu a
experiência?, acrescentei. Ele sorriu, bem, com um homem acontecem muitas
coisas. Tem mais uma coisa, adiantei-me, Lucinda era virgem no bumbum.
Jura? Jurar não juro, mas foi o que me contou, por isso ficou tão ardida.
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