terça-feira, junho 04, 2019

Você é muito gostosa, Lucinda

Contei ao namorado que escrevo contos eróticos. Mostrei-lhe o conto chamado Lucinda. Não disse que a história aconteceu comigo, mas com uma amiga. Ele, após ler com calma, perguntou se Luquesi passou creme apenas na vagina ou se também lambuzou o bumbum de Lucinda. Ah, aí é que está a questão principal, falei afoita. Mas logo retomei o ritmo pausado, não queria demonstrar nenhum entusiasmo. Passou creme na mulher por inteiro, acabei por lhe revelar, isto significa que também lhe lambuzou o bumbum. Daí ela tem razão em dizer que ficou muito ardida, completou não sem um ligeiro sorriso. Lembrei-me de minha amiga Márcia e do que me contou certa vez. Tão engraçado.

Márcia era metida a namorar todos os homens. Certa vez encontrou um para quem trabalhara. Costumava chegar pertinho, tocava no seu braço, alisava, fazia uma cara de desejo e depois corria dele, como se não fosse nada disso. Um dia acabou aceitando o convite. Encontraram-se no centro da cidade. Ao telefone, quando marcaram, ela disse, comprei um macaquinho lindo, caiu tão bem. A roupa era mesmo linda, ressaltava o corpo sensual de Márcia. O colega imaginou-a com as pernas grossas de fora. Mas no quarto de hotel é que a coisa pegou fogo. Ela foi ao banheiro, tomou um banho, vestiu a calcinha e o top e enrolou-se na toalha. Voltou ao quarto e deitou-se. O homem a abraçou. Agiu por partes. Primeiro soltou-lhe a toalha, depois o top e, enfim, a calcinha. Márcia nua na cama, nas mãos do homem. Quando se agarravam, ela falou, você gosta de ouvir histórias de sacanagem? Lógico que sim. Ela, então, começou a falar uma porção de bobagens no ouvido do homem. Num momento disse, você bota no meu cu?, adoro dar o cu. O homem não titubeou. Como estava difícil para entrar, ela pediu, coloca na frente primeiro, já estou molhadinha, depois vai ser mais fácil enfiar atrás. Fizeram como ela sugeriu. Ao virar de costas, ela reparou o tamanho do pênis do homem. Chegou a tremer. Mas não demonstrou. Ele enfiou até o fim. Ela passou a dizer, ui, que gostoso, nunca senti um peru tão grande. Quando gozou, berrou tanto de prazer que até assustou o homem. Não para, por favor, não para, estou adorando, deixa dentro a tarde inteira.

Eu disse ao namorado que com Lucinda aconteceu algo semelhante. Só que o homem lhe encerou as nádegas de tal forma que tudo deslizava incrivelmente, até encaixou o pênis de um jeito que não soltava de modo algum, quando ele fazia o movimento para fora parecia que lhe iria arrancar as pregas. Acho que a pasta secou quando o peru do homem ia bem fundo, falei. Não é possível, rebateu o namorado. Como não?, você já viveu a experiência?, acrescentei. Ele sorriu, bem, com um homem acontecem muitas coisas. Tem mais uma coisa, adiantei-me, Lucinda era virgem no bumbum. Jura? Jurar não juro, mas foi o que me contou, por isso ficou tão ardida.

Abracei o homem e abri-lhe a camisa. Não passou muito tempo fiquei nua, inteirinha. Fica de costas um pouco, pediu. Tudo bem, eu disse. Lembrei de novo Márcia, na primeira vez foi horrível, jurei que não deixaria mais ninguém enfiar atrás, mas depois de dois ou três namorados tudo ficou apenas nas palavras. Você é muito gostosa, Lucinda. A voz do namorado no meu ouvido.

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