sexta-feira, maio 14, 2021

Madurinha

Meu amigo pediu para encontrar com ele num domingo de manhã. Queria tomar café comigo. Quando acordei, de madrugada, aproveitei para gravar uma mensagem dizendo que não iria, marcaríamos uma próxima vez. Horas depois, ele me escreveu, adorou minha voz sexy, de alguém que acorda no meio da noite e fala por sussurros. Durante o dia fiquei pensando no que ele falou. Ele não ficou aborrecido, sabe que qualquer dia desses apareço e a gente sai para passear. Meu amigo gosta de encontrar comigo, sempre temos uma porção de coisas para conversar.

Certa vez, quando viajei à Mangaratiba, vejam que coincidência, conheci um homem num domingo de manhã, e ele me convidou para tomar café. Fomos a um Café local, muito incrementado, ele pediu um verdadeiro breakfast. Nunca tinha experimentado um tão legal. Só que depois... Bem, depois, aconteceu algo inesperado. Quero dizer, inesperado para um domingo pela manhã. Porque quando o homem veio falar comigo, eu estava indo para a praia e eram nove horas. Depois do café, eu o acompanhei até a sua casa - pelo menos era o que eu imaginava. Me falou que precisava se preparar para a praia e que eu o esperasse um pouco. A casa era uma tremenda mansão, com tudo do bom e do melhor, inclusive piscina, sauna e um jardim lindo, todo florido.

“Essa casa é tua?”, eu, curiosa.

“Não, mas é como se fosse”, era de um amigo, ele complementou, mas deixava com ele, podia ficar o tempo que quisesse, alguém muito próximo.

Dentro de uma casa com tanto requinte, eu acabei sem... Vocês compreendem, não? Me entusiasmei. Pelo homem e pelo lugar. Tempos depois, descobri que corri um grande perigo. A casa era de uma das pessoas mais importantes da cidade, mas ficava sempre vazia. O tal enamorado de então ocupava-a ilegalmente. E eu nua, indo de um cômodo a outro, namorando com o homem. Ainda bem que não apareceu ninguém por lá naquele dia.

Meu amigo, que me convida para passear e tomar café aos domingos pela manhã, também já me namorou. Mas foi uma relação de ocasião. Me convidou e me levou a um hotel, no centro da cidade, onde passamos uma tarde. Depois disso, não sei o motivo, não mais nos encontramos. Tempos depois, quando isso aconteceu, acabamos nos tornando amigos. Não digo que não sairia com ele de novo. Acho que falta é oportunidade. Quem sabe num desses domingos vindouros o convido para passar lá em casa depois do café da manhã? Então, ele poderá me abraçar, me beijar, tirar toda a minha roupa e fazer como da outra vez no hotel no centro da cidade.

O homem de Mangaratiba soube me paquerar e me namorar, tinha um pênis enorme, e eu, uma saída de praia curtinha, biquíni mínimo, tudo de fora. Não poderia ser outro o resultado.

Meu amigo de Copacabana gosta de me convidar para um café da manhã, não fala em segundas intenções. Mas sempre há o dia em que a gente, madurinha, cai nas mãos de quem a gente mais gosta!

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