quinta-feira, novembro 12, 2009

Com ele!

Era uma quarta-feira à noite, resolvi enganá-lo. Vesti-me com uma roupa nova e provocante, maquiei-me, aprontei o cabelo, calcei sapatos de salto-alto e me escondi no terraço de nossa casa.

Há muito que ele anda me deixando sozinha; vai jogar futebol com os amigos, depois para pra beber em algum bar; chega em casa lá pelas tantas.

Quando vi que apontava lá na esquina, agachei-me e deixei que entrasse em casa. Esperei uns quinze minutos. Percebi que me procurava; devia estar surpreso por encontrar-se só. Isso jamais ocorrera. Reparei que acendia as luzes, entrava por todos os cômodos; em algum momento, ouvi gritar meu nome.

A partir daí coloquei meu plano em ação. Desci até a entrada da casa e, sem que ele desse por mim, abri e fechei o portão. O rangido costumeiro provocou-lhe um sobressalto. Apareceu na janela.

Subi as escadas.

“Onde você esteve?”

Eu nada disse.

Insistiu.

Nada falei. Fui para o meu quarto e comecei a tirar a roupa.

Ele invadiu o quarto com sofreguidão, agarrou-me e arrancou o que restava sobre meu corpo. Começou a se esfregar em mim, tirou para fora da calça o pênis e deslizou-o por entre as minhas pernas.

Fizemos amor ali mesmo, ele me pressionando contra a parede. Quando deu a entender que ia gozar, disse excitado:

“Fale, fale onde você foi, fale com quem você esteve!”

Taquei-lhe um beijo na boca. Escapei de seu pênis. Disse também sôfrega:

“Sou eu quem gozo primeiro.”

Deitamos.

Depois que terminamos, ficamos longo tempo encostados um ao outro, ambos satisfeitos. Ainda me deu um longo beijo na boca. Sei que a paixão ardia em seu peito. O homem só beija a mulher após o sexo quando a ama muito.

Lá pela madrugada, desci e fui à cozinha comer alguma coisa. Estava faminta. Ele dormia um sono pesado, tinha o rosto banhado em uma alegria que havia muito eu não reparava.

Os dias se passaram. Nossa vida continuou a mesma. Ele não mudou nada. Continuava indo para o trabalho, de lá para o futebol e depois para o bar. Acho que desejava viver a mesma situação. Mas não se surpreendeu, encontrou-me todas as vezes sem nada dizer, vendo TV, ou mesmo dormindo.

Um mês depois, decidi colocar em ação a segunda parte do meu plano. Num dos dias em que ele joga futebol, fiz a mesma coisa. Subi ao terraço e me escondi. Esperei que ele chegasse e se descobrisse só.

Tudo ocorreu como eu previra. Senti que me procurava, ávido, e provavelmente muito excitado.

Comecei a agir. Ainda no terraço tirei toda a roupa. Corri até o portão, abri-o e fechei. O barulho despertou-o. Subi as escadas e ele se deparou com sua mulher inteiramente nua.

“O que aconteceu?”, sua voz não escondia deslumbre e expectativa.

Nada falei. Agarrei-o. Despi-o.

“Me diga, por favor, você chega nua em casa e vai ficar calada?”

Procurei seu pênis, beijei sua boca. Encostei meu homem na parede e fiz que ele me penetrasse ali mesmo, na sala, ainda no primeiro andar.

Quando eu estava prestes a gozar, sussurrei em seu ouvido:

“Dessa vez ele me deixou nua”, e fiz uma cara de que era a mulher mais feliz do mundo.

“Ele, quem?”

“Não pare, por favor, não pare, quero gozar, não pare..."

“Diga o nome dele pelo menos, por favor, diga!”

“Não pare, não pare, agora não pare, vou gozar, ai... ai ... isso, isso, não pare..."

Então gozei. Beijei-lhe a boca. Após alguns segundos, agachei-me e abocanhei seu pênis.

Surpreendi-o ainda uma vez logo que me desembaracei de seu corpo. Abri abruptamente a porta e corri nua para os fundos da casa. Encostei-me no muro, junto à latada de plantas.

Ele correu atrás de mim, agarrou-me e cobriu meu corpo com o seu.

“Foi tão bom”, falei.

“Você gostou? Quer mais uma vez?”

Desfiz o equívoco:

“Foi tão bom, foi ótimo. Mas com ele!”

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