Meu namorado adora me ver comendo chocolate. Ele traz bombons e mais bombons, uma delícia, todos das marcas mais caras e sofisticadas. Faz apenas uma exigência: que eu os coma nua. Isso, nuinha! É muito engraçado. Claro que aceito, ele é tão interessante, tão carinhoso, que não deixo de atender aos seus desejos. Como bombons ou pequenas barras de chocolate depois de tirar toda a roupa. Sento-me na cama, ou no sofá que há na sala, cruzo as pernas e me ponho a morder e mastigar as barras marrons. Lambuzo-me toda, mastigo demoradamente. Pelos movimentos do maxilar e dos músculos de meu pescoço, ele me observa comendo. Ao engolir o último pedaço, já sei o que devo dizer: “ah, que delícia”. Então, ele vem me beijar. Não importa se o interior de minha boca está escuro, com o sabor do presente que acabou de me introduzir. Depois me leva pra cama, ou me recosta ali mesmo no sofá...
Certa vez, trouxe-me chocolate importado, creio que suíço. Pediu que eu comesse a caixa inteira.
“Inteira?”, repeti assustada.
“Sim, todas as barras, faça isso por mim, amor, morro de tesão ao ver você morder e saboreá-las."
“Certo”, respondi, “mas não me responsabilizo pelo que possa acontecer depois.”
“Não vai acontecer nada.”
“Não? Será?”
Ainda insistiu:
“Não importa, estarei ao seu lado, aconteça o que acontecer.”
“Jura?”
“Juro."
E assim foi, comi a caixa inteira. Lógico que bem devagar, mordendo com delicadeza, mexendo com a boca, engolindo tudinho...
“Você não vai engordar por causa de uma caixa de bombons, vai?”
“O problema não é engordar; você sabe que não engordo. Faço exercícios e não é uma caixinha dessas que vai me deixar uns quilinhos mais gorda.”
“O que é então?”
“Chocolate é afrodisíaco, morro de tesão após comê-los, mas ainda há um outro probleminha...”
“Ah, então vou pedir para você comer duas caixas.”
“Duas?”
“A seguir vou deitar você e acariciar levemente seu ventre, bem no lugar para onde foram os chocolates.”
“Acaricie com cuidado, caso contrário...”
“Sei que morro de desejo vendo você nua antes, durante e depois dos chocolates. E caso aconteça alguma coisa devido ao excesso, não haverá problema, acho que até gozo duas vezes.”
“Jura?”
“Lógico.”
“Logo, como, mas...”
“Não há problema; quando lhe peço para comer bombons, conto com todas as possíveis consequências.”
“Ok, então vamos.”
“Ah, mais uma coisa, vou filmar você comendo.”
“Que bom, vai ficar ótimo. Mas me responda uma coisa. Vais me filmar nuinha, não?”
“Claro, nuinha, e comendo todos os chocolates!”
“Mas assim que eu acabar de comer o último, desligue a câmera, por favor!”
“Claro.”
“Você tem bom gosto, amor!”
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