segunda-feira, julho 26, 2010
Ah, Imagina!
quinta-feira, julho 15, 2010
Adorei a surpresa, e eles também!
A ideia foi dele, meu namorado. Estávamos na minha casa. Fica em Macacos, um lugarejo montanhoso próximo a BH, num condomínio fechado. As casas são distantes uma das outras, e durante a semana não há quase ninguém.
Saímos da casa, contornamos pelo lado esquerdo. Nos fundos, há uma rede para se deitar, num espaço entre o corpo da casa e o muro que limita o terreno. Como o dia estava meio ensolarado, cismou que eu tinha de ir de biquíni.
Relutei:
“Aqui não tem piscina, ninguém fica de biquíni.”
“Não faz mal, está sol, você pode até ficar um pouco moreninha, já que é tão branquinha.”
Acabou me convencendo. Experimentei um dos meus biquínis. Achou um pouco grande. Vesti o segundo. Também não gostou. Quando vesti o terceiro, apaixonou-se. Um biquíni minúsculo, raso. Para usá-lo era preciso estar inteiramente depilada, e eu estava.
“Deixe-me procurar algum pano para enrolar o corpo, a casa ainda não tem o muro da frente.”
“Não será necessário”, falou.
“Não será necessário, por quê?”
“Você vai assim mesmo, qualquer problema basta ficar dentro da rede.”
“Tenho muitos amigos e conhecidos, não posso sair assim, sempre aparece alguém.”
“Caso apareça, escondo você.”
“Esconde? Onde? Dentro da rede? Tenho um metro e sessenta e cinco e sessenta e dois quilos. Não é possível que você consiga me ocultar em algum lugar sem que alguém note.”
“Vamos. Não vai chegar ninguém. Ninguém faz visitas às duas da tarde.”
“Não? Você vai ver”, acabei concordando.
Na verdade, senti uma ponta de excitação pelo desejo do namorado. Ele sempre inventava artifícios que me despertavam ardor. Acabei também achando que não chegaria ninguém.
Rodeamos a casa e mergulhamos na rede. Demoramos um pouco até encontrar uma posição confortável. Depois ele me abraçou com mais força, me beijou. Por fim, tirou o meu biquíni.
Quando já íamos lá pelas tantas num namoro frenético e embolado, escutamos a buzina de um automóvel.
“Não falei? E agora, como vamos fazer?”, tentei sair da rede e encontrar o biquíni. Mas depois vi que seria pior. Resolvi permanecer imóvel, deixando a ele, o inventor daquilo tudo, a tarefa de encontrar uma solução.
Saiu da rede sozinho, vestiu rapidamente a bermuda e foi até a frente da casa.
Voltou em menos de vinte segundos.
“São dois homens, disseram que alguém mandou entregar um presente a você, mas é preciso que você mesma o receba.”
“Presente? Não faço aniversário nem há data importante para comemorar.”
“Alguém está te presenteando com um carro”, falou cabisbaixo.
“Um carro? Quem haveria de me dar um carro? Não conheço ninguém que me daria um presente desses.”
“Mas é verdade, e é de um tal de Itamar.”
“Itamar? Não diga? Ele está aí? É você que vai ficar escondido dentro da rede, viu? Vou despachá-lo, fico com o presente e o mando embora. Depois corro pra você de novo.”
“Ei, espere, volte aqui, ele não esta aí, são só os entregadores. Volte aqui, você está nua!”
Corri pra frente da casa. Meu galanteador não estava lá. Mas eu e os entregadores adoramos a surpresa!
quinta-feira, julho 08, 2010
Você está vendo esta pracinha?
Você está vendo esta pracinha e a escadaria ao fundo? A escadaria dá na rua de cima, que se chama Cardeal. Tanto a pracinha como a rua me lembram um acontecimento muito divertido. Tive um namorado que morou aqui, no último prédio da rua que fica à direita da escadaria. Ele morava sozinho e eu vinha aqui namorar com ele. Adorava me ver nua, aliás, como todos os homens. Só que ele tinha suas extravagâncias. Depois de bebermos sempre uma garrafa de vinho, gostava de andar comigo de madrugada por esse lugar. Um dia quis me levar nua para passear. Eu disse: “nua?, mas se aparecer alguém?” Ele insistiu: “não aparece, não, é tarde, já estão todos dormindo.” Eu replicava: “esse lugar é muito movimentado, vai que aparece alguém...” Depois de muitas idas e vindas, chegamos a um acordo. Eu iria vestida apenas com uma camisa social dele transformada numa espécie de minivestido. Com o cinto que eu vestia ao chegar até que fiquei arrumadinha. A camisa, o cinto e a sandália, nada mais. Saímos depois de meia noite. Subimos a escadaria e seguimos pela Cardeal; contornamos uma outra rua e nos metemos por outra ainda mais íngreme. Sabe como é Santa Teresa, um bairro cheio de ladeiras. Encontramos, no caminho, um bar. Estava mais para um botequim; havia homens bebendo cerveja e duas ou três mulheres. Eu e meu namorado entramos, pedimos também uma cerveja. Começamos a beber; ele perguntou com olhar lânguido, como se quisesse descobrir minha nudez por debaixo da camisa: “como você está se sentindo nua?” “Não estou nua”, respondi. “Está sim”, reafirmou. As pessoas conversavam em voz alta. Tentamos ouvir o que falavam. Às vezes riam da inflexão de voz que algum deles emitia. Lembro que um comentou sobre uma peça de teatro. Acho que a haviam assistido naquela mesma noite. Ao acabar de beber, pagamos e saímos. Meu namorado estava louco para me agarrar em algum canto escuro. Dei a mão a ele e nos metemos pelo mesmo caminho, só que de volta. Quando descíamos a escadaria, ele me encostou num dos corrimões e me deu um longo beijo. Depois ficou agarrado comigo sem deixar que eu me mexesse. Então soltou meu cinto e desabotoou minha camisa. Acabou por me deixar nua. Fizemos amor ali mesmo. Imagine, eu nua, no meio daquela escadaria, às duas da madrugada. Posso afirmar que foi ótimo. Depois acabou acontecendo o que ele queria no início. Lembra que falei do desejo dele de que eu saísse nua naquela noite? Pois é, não saí nua, mas voltei. Ele não me deixou vestir. Mas no final deu tudo certo. Quando já estávamos dentro do seu apartamento rimos muito.