Não fui assaltada nem
amarrada por homem desconhecido. Tudo é fruto de uma combinação entre mim e meu
namorado. Só acho que, dessa vez, ele foi longe demais.
Sua, a sugestão de toda essa amarração. No início, hesitei.
Mas depois acabei concordando, pois vivemos tantas fantasias juntos, que tal
mais uma, e talvez mais emocionante?
Ele entraria em minha casa como um ladrão, perguntaria por
dinheiro e joias. Depois que eu lhe passasse pulseiras, cordões, anéis e algumas
notas de cinquenta, olharia surpreso o meu corpo e pediria que eu me
despisse.
“Abaixe a arma”, falo, “não há necessidade.”
Vamos para cama. Mas a cama não lhe é suficiente.
“Vou amarrar você”, fala. Óculos escuros e chapéu
de caubói disfarçam-lhe o rosto.
“Amarrar? Mas não combinamos isso”, assusto-me.
“Combinamos? Nunca vi você antes, não há combinação entre a
gente”, tão convincente o meu homem.
Faz que eu deite. Já inteiramente nua, ele começa a caprichar
os nós.
“Ok, estou adorando”, sussurro romântica, “nunca trepei com
ninguém amarrada desse jeito, e está tão apertado.”
“Ainda falta uma coisa.” Vai à sala e volta com uma grande
fita adesiva à mão.
Ao deduzir o que vai fazer, grito: “não, por favor, isso não, assim você vai me sufocar.” Movo a cabeça de um lado a outro, mostro
desespero. Mas ele segura-me firme por trás e gruda uma lasca da tira sobre os meus lábios. Arfo um pouco, mas ao sentir que minhas narinas não estão obstruídas, tranquilizo-me, até mostro ligeiro sorriso.
“Safada”, grita, “gosta de sofrer, não é mesmo? Você vai ver
o que vou fazer agora.”
Desembolsa uma faca e começa a
percorrer meu corpo com a ponta. Encolho-me quando ele toca determinadas
partes do meu ventre, das minhas pernas, chego a prender a respiração. Mas sua
ação acaba fazendo-me cócegas. Então, ponho-me a rir.
“Você está rindo?”, grita ainda mais irritado. Vendo que
nada me surpreende, pela primeira vez faz algo que me deixa desesperada. Vai à
sala e volta com outra tira de fita adesiva. Segura com violência minha cabeça e cola o
pedaço de modo a tapar minhas duas narinas.
“Sorria agora, putinha, quero ver, sorria”, fala mostrando-se
jubiloso.
Emito grunhidos, já quase sem fôlego.
“Goza aqui na minha mão, goza, quero ver, só tiro a fita se
você gozar”, acaba de falar e já está com a mão direita entre as minhas pernas.
Sinto que vou morrer. Ele percebe e destapa-me
provisoriamente o nariz.
“Vou te dar mais uma chance”, fala exasperado, "respire bastante, vou tapar de novo e
você vai ter que gozar aqui na minha mão; caso
não consiga, deixo você mortinha.”
Sinto arrepios. A brincadeira inesperada (creio ainda que o seja), descompassou minha respiração, meu coração vai aos saltos.
De novo ele tapa-me o nariz. Continua o discurso: “goza, vamos, quero
ver você gozar na minha mão.”
Começo a dar sinais de que vou desfalecer.
“Goza, você ainda tem essa chance, estou esperando, vamos,
goza!”
Eu consigo apenas emitir sons esporádicos: “hum, hum, argh,
hum, hum.”
Ele solta mais uma vez a fita. Sôfrega, absorvo o máximo de
ar. Ele, então, me sufoca novamente.
Aí acontece. Não gozo como ele deseja, mas solto um forte
jato de mijo, que lhe molha as mãos e espirra na parede.
“Isso”, sorri em êxtase “serve o xixi, serve, vou considerar
como se fosse o gozo.”
Arranca a fita de meu nariz, repara que eu ainda tenho
lágrimas nos olhos. Mantém-me amarrada e amordaçada. Tira o pênis
para fora da calça, sobe sobre o meu corpo e o enfia dentro de mim. Está tão excitado que não demora a
gozar. Depois escorrega para o lado e me masturba até perceber que estou
gozando.
No final, depois de se recompor e de pegar as joias e o dinheiro,
diz: “desculpa, mas não vou desamarrar você.”
Deixa o quarto. Ouço seus passos afastarem-se através da
sala. Bate a porta e sai.
Agora estou à espera. O que estará ainda tramando?