Meu namorado adora me deixar nua, seja em casa ou em
qualquer outro lugar, principalmente ao ar livre. É um arrepio, como gostamos, como gozamos. Ao irmos à
praia, quando há pouca gente, tira-me o biquíni na própria areia, primeiro o top, depois a calcinha. Caso
haja outras pessoas, entramos n’água; a primeira coisa que faz é me roubar o
biquíni, literalmente, fico apenas de top. Certa vez me quis totalmente nua.
Sem o top, as pessoas vão notar, tenha calma, adverti. Ele aceitou. Fiquei sem a
parte de baixo durante uma boa meia hora.
Antes me surpreendia com tais investidas suas, contei então a uma amiga. Você não é a única a ficar nua em lugares públicos,
assegurou, há outras que são até mesmo mais ousadas. Mais ousadas?, refleti. Contou-me o que faziam. E acho que fazem até hoje. Cada coisa de dar frio
no estômago. Uma dirigiu nua, parou, saltou do automóvel e ficou na estrada a
esperar pelo namorado que partiu para dar uma volta com o carro dela mesma.
Além dessa, havia histórias muito excitantes. Até mesmo a de uma mulher
encontrada nua de madrugada por um motorista que já a paquerava havia muito.
Meu coração bateu mais forte. Será verdade?, quer dizer que há tanta gente nua
por aí dia e noite?, perguntei curiosa. Isso mesmo, confirmou, mas não
conte a ninguém suas aventuras, deixe que cada uma pense que é exclusiva.
Engraçado, tememos mas, ao mesmo tempo, queremos aventuras e exclusividade. Lembrando as
palavras de minha amiga, pensei sobre uma aventura que vivi e não disse a
ela. Já saí nua de casa, não dirigindo o automóvel, mas sentadinha no banco do
carona, sem suar de temor. Quero dizer, no começo fuquei um tantinho grudenta no assento, mas pouco
a pouco me fui soltando. Correu tudo bem, meu namorado parou o carro num
recanto arborizado, estacionou e trepamos ali mesmo. Mesmo depois de terminada a
transa, eu ainda estava excitadíssima. Depois ele guiou pela orla, onde se
reúnem muitos jovens para beber sábado à noite, mas me mantive tranquila, Chegou a sugerir quer saltar? Quem sabe, sorri desejosa. Tudo terminou bem.
Quando entramos em casa, levou-me no colo, colocou-me no sofá da sala,
tirou a roupa e escalou meu corpo, acariciou minhas carnes, descobriu em mim mais um
ponto de gozo.
Semanas depois à praia, aconteceu algo engraçado. Ainda bem
que não foi por aqui, onde moramos, mas duas cidades ao sul, num sábado à tarde,
quase ninguém a tomar banho de mar, dois ou três casais, uns garotos ao longe
jogando futebol. Ele tirou minha calcinha, como sempre faz quando entramos n’água.
Mas, naquele dia, resolveu ir adiante. Roubou-me o top. Não tem ninguém por
aqui, hoje quero deixar você nua inteira, disse e saiu da água levando nas mãos
minhas duas peças. Recostou lá onde estavam as nossas coisas e cochilou. Aí surgiu, como que do nada, um homem. Tomei um grande susto.
Mas, como não gosto de dar mancada, tentei manter a pose. O problema é que uma
mulher de seios de fora é descoberta num piscar de olhos. Sem ter o que fazer, nada falei, a
solução foi rir. Ele também riu. Você é bonita, afirmou no meu ouvido, bem
pertinho, uma voz melodiosa, e ficou juntinho a mim; a seguir me segurou pela cintura.
Ainda bem que não perguntou por que estava nua, eu morreria de vergonha. O desconhecido tinha talento, soube me deixar muito à
vontade. Você só vai ter de cuidar de uma coisa, disse
sorrateira e olhei para a areia. Ele já sabia, não precisei continuar. E o namorado?, lembrei a pergunta caso um dia contasse a história a alguma
amiga. Adora me deixar nua, seja em casa ou em qualquer outro lugar, principalmente ao ar livre.