sexta-feira, dezembro 16, 2016

O biquíni dentro da bolsa

Ele me sussurrava enquanto namorávamos no seu apartamento, “você é muito gostosa, jamais vi uma mulher assim”. Sei que os homens falam sempre essas coisas para todas as mulheres, mas eu fingia que acreditava, já estava acostumada a tais elogios. Apenas me surpreendi quando ele acrescentou, “vou levar você à Floresta da Tijuca, vou tirar toda sua roupa e transar com você sobre a grama, depois lhe vou levar para passear inteiramente nua”. Arrepiei-me com a proposta, mas tentei não demostrar. Duas semanas depois, de novo em sua casa, entre beijos e abraços, eu disse, “você não cumpriu sua promessa”. “Que promessa?”, pareceu assustar-se. “Você falou que iria me levar à Floresta e me deixar nua”. “Ah, é mesmo, mas ainda vamos, ok?”, sorriu e me beijou os lábios. “Claro, estou esperando você me levar”. “Também quero levar você à praia e, dentro d’água, tirar o seu biquíni”, continuou. Lembrei-me de que havia contado a ele um episódio de adolescência, certa vez mergulhara de uma pedra, na então Praia do Flamengo, e senti uma sensação muito estranha, na verdade um orgasmo, no momento em que atravessei o espelho d’água, a temperatura baixa da água do mar me fez gozar. Afirmei também que mesmo tentando várias vezes nunca mais tive a mesma sensação, acrescentei que, algumas vezes, cheguei a tirar o biquíni dentro d’água em busca daquele gozo perdido, mas nada. Ele disse que iria me levar ao orgasmo na Floresta e na praia, que seria um gozo inesquecível. “Será?”, eu duvidava, mas o arrepio retornou.

Duas semanas depois fomos à Floresta. Subimos a serra de carro, ele dirigindo, estava um dia ensolarado de primavera. Chegamos pelas dez da manhã. “Tem muita gente”, falei, “acho que não vamos conseguir”. “Sempre se encontra um lugar deserto, a floresta é grande”, rebateu. Subimos, após várias curvas demos com um larguinho onde ele estacionou. Saímos do automóvel, eu levava uma bolsa de palha e vestia uma canga com o biquíni por baixo. Subimos por uma trilha. Às vezes encontrávamos outras pessoas, principalmente jovens, que pareciam preparados para longas caminhadas ou escaladas. Num estágio do caminho, havia uma plataforma que rodeava um grupo de árvores largas. Ele me puxou para a esquerda e entramos em meio à vegetação. Os galhos altos e as folhas das árvores filtravam os raios de sol. “É melhor a gente voltar num dia de semana, hoje tem muita gente”, eu disse um tanto temerosa. “Veja, aqui não há ninguém, e a gente pode ainda ir mais adiante”. Havia um corredor de árvores, mas nenhuma trilha. Às vezes o mato crescido no impedia a passagem. Contornamos uma pedra larga com vegetação que repousava sobre ela. Apoiei as mãos sobre alguns galhos para caminhar com mais segurança. Quando acabamos de contornar a rocha, nos deparamos com um local ainda mais retirado, que não havia vestígio de outras pessoas. As árvores, mais densas, tornavam o sítio escuro, e havia umidade no ar. Comecei então a sentir o tal gozo. Paramos atrás de uma árvore maior e nos abraçamos. Apressei-me a soltar a canga, dobrei-a com cuidado e a coloquei dentro da bolsa. Estava doidinha para ficar nua, mas ainda esperei um pouco, voltei a me agarrar a ele e a o beijá-lo na boca. “Tira o meu sutiã”, pedi baixinho. Ele soltou os laços e meus seios apareceram. Apertei seu tórax querendo sentir sua pele. Ele estava quente. Ficamos mais algum tempo abraçados, eu escondia  minha nudez superior dentro de seus braços. Como ele demorava para me tirar o biquíni, acabei eu mesma tomando a iniciativa. Não sei se estava temeroso ou se duvidava de que eu me aventuraria nua em plena floresta. Enquanto guardei o biquíni também dentro da bolsa, junto com o sutiã e ao lado da canga, reparei que ele olhou ao redor para se certificar de que estávamos sozinhos. Depois, fiquei agachada. Nua e agachadinha, a esperar por ele, queria que viesse por baixo. Ele entendeu o meu desejo, mas não quis tirar a roupa, apenas colocou o pênis para fora. Abocanhei de início aquele sexo gostoso. Após alguns minutos, pedi que se sentasse e fui sobre ele. Ficamos naquela posição durante muito tempo, eu me deliciando num intenso sobe e desce, deslizando o peru de meu namorado para dentro de mim e o trazendo de volta até a ponta, equilibrando-me para que não escapasse. Sentimos um sopro de vento a varrer aquela parte da mata, partículas de terra e folhas que me tocavam o corpo traziam-me intenso gozo, um orgasmo quase em dobro. Deitei e pedi que viesse sobre mim. Transamos demoradamente. Mas pelo meio da transa, descobri entre duas árvores, que estavam a uns dez metros de nós, duas fisionomias juvenis. Garotos nos observavam. Nada falei ao um homem, ao me sentir observada meu prazer cresceu, a mesma sensação que tivera ao mergulhar da pedra tempos atrás. Quando acabamos, meu namorado disse: “vamos à praia, agora quero você nua dentro d’água”. Acho que não vai dar, falei e sorri. “Por quê?”, ele fez uma fisionomia triste. “Enquanto trepávamos, alguém veio escondido e roubou minha bolsa, agora não posso voltar nua até o carro, você vai ter que arranjar uma solução”, eu disse, mas sem revelar preocupação alguma na fisionomia. Ele olhou, preocupado, para todos os lados, e deu com minha bolsa ao pé de um tronco, logo adiante. Caminhou dois passos e voltou com a bolsa. “Brincadeirinha”, falei, vamos à praia, sim, mas antes quero passear nua pela floresta!

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