Outro dia estava com meu namoradinho. Saímos, passeamos,
comemos e saboreamos uma bebidinha. Depois, o carinho gostoso. No final, porém,
aconteceu algo que me deixou numa saia justíssima.
Para ser mais clara, mudo de parágrafo. Ele me despiu pouco
a pouco. Adora começar por baixo. Eu vestia uma bermudinha. Continuou, tirou-me
a calcinha. Adoro ficar de pernas nuas, apenas a blusa. Neste dia, fazia um
fresquinho, além da blusa o casaquinho. Eu nos braços dele, metade nua, metade
vestida. Beijos, mãos, carícias, ponta dos dedos por baixo da blusa, meus
mamilos, minha língua dentro de sua boca. Passou um pouquinho, sua mão no
meu clitóris. Adoro. A palavra e a ação. Comecei a abrir as pernas. Tirou-me o
agasalho, então a blusa. Eu nua, ele vestidinho. Gosto de roçar meu corpo no
algodão, ele completo, a me abraçar forte.
Outro parágrafo. Mudança de foco, ação importante. Isso.
Contei uma história, bem junto ao seu ouvido. Sou arteira, vocês sabem; gosto
de excitar as pessoas com a minha voz, minhas narrativas, tendo-me
protagonista. Ele, como a maioria dos homens, adora histórias sussurradas, plenas
de sexo. Um domingo, já faz muito tempo, apressei-me a lhe dizer, namorei três
homens. Na praia. Não sei por que não fiquei com o primeiro, o mais bonito. Ofereceu-me carinho e um sorvete! Eu quis falar com uma amiga que estava nas proximidades, quando acabei de beijá-la surgiu o segundo. Ela piscou o olho
direito. Entendi a mensagem. Após uma hora, ele, ao meu lado, acariciando
minhas costas. Você quer saber se fui pra cama com algum deles? Bem, digamos que
não, estávamos na praia. Há mulheres que trepam lá mesmo. Mas é tão
desconfortável. Tudo ficou em algum carinho e beijinhos na boca. Ninguém queria
ir embora, a praia é o paraíso. Ao entardecer, seria talvez o momento certo para o sexo. Surgiu o terceiro; recitou-me um poema, depois suas mãos, lisas e úmidas, deslizando sobre minhas pernas plenas de creme. Os três
me adoraram, porém ficaram em suspenso, pelo menos naquele dia de sol
intenso. Eu e minha amiga, nuas dentro d’água, excitadíssimas, mestras ao criar expectativas. De brincadeira trocamos a parte de baixo do biquíni. O dela
ficou um pouquinho menor no meu corpo. Um arrepio. Você quer sabe se nos
agarramos? Não. Gostamos mesmo de homens.
Meu namorado me tomou nos braços e colocou-me sobre o
pequeno sofá. Seu pênis, tão duro, chegou a envergar. Dei um beijinho bem na ponta, depois avancei a cabeça,
deixando a metade ao trabalho de meus lábios e língua. Não sei por que – isto não
contei a ele – lembrei-me de um cara que paquerei na mesma praia, chupei o
pau do homem debaixo d’água; tentava manter o fôlego o máximo que podia; quando
voltei à tona, abraçou-me com força; Carmen estava a uns dez metros de mim,
também agarrada ao namorado, olhos fechados; eu tinha certeza que ela estava sem o
biquíni, costumava pedir ao homem para guardá-lo dentro da sunga, assim não o
perdia; e se perdesse o homem? Mas, naquela sala, eu já tinha seu peru inteiro
dentro da minha boca, a extremidade quase na garganta; estava quente. Por
momentos, desejei que gozasse. Como faria para engolir tanta porra? Confesso
que desejei muito. Ele se conteve. Ao vir sobre mim, seu grande membro, por
instinto, procurou minha abertura principal. Deixe sentir você, ele pediu,
depois coloco o preservativo. Vagarosamente, a penetração aconteceu. Com carinho; eu, molhadinha. À medida que seu pênis avançava, eu dizia que gostoso, que gostoso, não tira!,
por favor, não tira! Sentia tanto prazer que não queria sequer perder um
segundo. Logo, comecei a sussurrar Ah vou perder a cabeça, vou perder a cabeça,
está muito gostoso!, que delícia. E não é que perdi mesmo. Ele friccionava cada
vez mais dentro de mim. A saia justa, justíssima. Vou gozar!, gritei, vou gozar!, não tira, por favor,
não tira, não perde a cabeça não, choraminguei, se segura. Não gozo, não, ele disse,
aguento o máximo possível. Gozei uma, duas vezes, acho que três. Depois pensei,
ah, esse homem vai esporrar dentro de mim, vai me deixar toda encharcada, embaraçada. Mas
ele cumpriu o combinado. Após alguns minutos, colocou a camisinha e voltou para
gozar. Você é ótimo, falei, qualquer hora dessas deixo você gozar dentro, ok?
Também gosto, adoro sentir teu jato quente. Ui, ao falar, ainda consegui mais
um orgasmo. Não sei por que lembrei Carmen, peladinha dentro d’água, na praia,
a espera do namorado. Onde o maiô?, perguntei. Adivinha, respondeu. Você confia
muito nos homens.
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