A brincadeira começara dias antes quando me enviara uma
mensagem: “Vou visitar você e levar uma caixa de bombons, porto ainda outro presente, este dentro de um envelope, você já deve saber do que se
trata. Quanto aos chocolates, você deverá comer todos que estarão na caixa, um após o outro, enquanto a aprecio olhando o movimento de sua boca e os músculos de sua garganta, marcas do seu gosto pelo doce e da ingestão do agrado. Peço mais uma coisinha, quero você nua no momento de comer os bombons!”
Seu texto não me surpreendeu. Aquele ex-namorado sempre
fizera propostas extravagantes. Continuava o mesmo. Eu, de um tempo para cá,
diminuíra meu jeito de amar, por isso sua sugestão, a princípio, desagradou-me.
Senti-me vulgar diante de tal proposta. Já não sou aquela Eliane de outros
tempos, falara a ele fazia alguns dias. Não respondi de pronto a tal mensagem.
Jamais é boa uma resposta imediata. Esperei as primeiras vinte e quatro horas. Foi
então que lembrei, em sua cidade há uma marca de chocolate que adoro. Qual a
marca dos chocolates?, perguntei e esperei. Não ia tirar a roupa em troca de
bombons de supermercado. Não demorou a resposta. Kopenhaggen, escreveu
econômico. Vou pensar, disfarcei. Mas é lógico que já decidira. Caso não
conseguisse comer todos, seria eu o bombom para ele. Era o combinado. Eu queria os
presentes, quanto a trepar, sempre achei que não é bom voltar a ex-namorados.
Desembalei o segundo bombom, comi em quatro mordidinhas;
depois o terceiro; o quarto; antes do quinto, respirei fundo; mordi o sexto. Posso descansar um pouquinho? pedi depois de engolir o último pedacinho? Balancei-me na poltrona, os bicos dos seios durinhos. Cinco minutos, concordou, está enjoada? Nada disso, pelo contrário, adorando.
Descruzei as pernas, permaneci com elas juntas durante alguns segundos, depois
cruzei-as de novo, agora a esquerda sobre a direita. Desembalei o sétimo e o engoli após duas mordidas. Depois, o oitavo. Que tal uma pequena dose de licor?, perguntou, ajuda a descer. Sim, o licor! Bebi e comi mais dois, fiz uma encenação, voltas e voltas no segurar e no desenrolar da embalagem, nas mordidas pequenas, na mastigação, até o chocolate mergulhar nas minhas entranhas, massa marrom a me excitar. Ui, um arrepio. Faltavam outros dois. Olhou a caixa:
falta pouco!, exclamou. Temia que eu desistisse. Lembrei-me de um
antigo namorado que me abraçou e arrancou minha calcinha enquanto eu mastigava
um bombom. Vou pegar alguns quilos, disse quando mastigava o décimo primeiro. Pra
você é fácil perdê-los, basta correr na praia três manhãs seguidas, afirmou zeloso. Quando mordi o último, aconteceu. Uma vontade louca de trepar. Acho que foi o licor, esperto este ex. Enquanto mastigava, descruzei
as pernas e mantive-as juntas. Quer ver uma coisa?, perguntei com cara de
safadinha, cheia de fogo, venha aqui. Acho que você colocou alguma coisa nos bombons! Afastei as coxas devagar e descobri uma parte da
poltrona, enquanto engolia o pedacinho final do último bombom. O que foi?, pareceu
surpreso. Venha, veja, e toque aqui. Mas não aperte minha barriga, viu, por favor. Foi ele quem confirmou: você está molhadinha! Ponha teu peru pra fora, vai, acho que vou perder a cabeça; ganhei a aposta, mas perco a cabeça, não estou conseguindo me conter; vem, enfia em mim, enfia, quero ele inteirinho, deixa eu te chupar primeiro, tá?... Gostoso?, hum, peru sabor chocolate!, agora vem, mete. Sentou no sofá, eu me coloquei por cima. Estou louquinha; ui, isso, assim, assim, ui, ui, vou gozar, eu gozo rápido, viu, mas quero gozar mais vezes, gozar muito, isso, enfia bem fundo, esporra dentro, vai, goza, esporra bem forte, bem forte; ai, ai, ui. acho que vou gritar, Gritar, berrar, berrar de gozo!
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