Carregava-me no colo numa madrugada, num acampamento. Todos dormiam, mais de três da madrugada, só nós dois dividindo aventuras. O campo era próximo a uma lagoa e eu cismara tomar banho na lagoa, nua. Aceitou a proposta. Também tinha de ir nu. Riu muito. Caminhamos de mãos dadas, em determinado momento escondemo-nos entre as árvores. Foi engraçado, o homem alto nu, com o peru dependurado, imaginei o susto caso alguém nos surpreendesse. Chegamos às águas plácidas. Entre devagar, não vamos fazer barulho, pediu. Eu, doidinha, minha fantasia, tomar banho nua num lago. Será que você quer apenas tomar banho?, olhou e sorriu. Não vou contar como tudo terminou, imaginem o melhor possível, a história era dele, lembrem-se disso. Mas acho que olhos estrangeiros nos admiraram de longe, quem sabe de outro casal que escondia a nudez. Na volta, enquanto nos esgueirávamos entre as primeiras barracas, esbarrei com um bustiê dependurado numa haste. Tive vontade de tomá-lo para mim, mas fiquei só na vontade. Outra coisa, depois que gozo, se estou ao ar livre, morro de vergonha dos meus seios nus.
Tal história, ao mesmo tempo que me acalmou, despertou meu desejo. Já não receei o um metro e noventa e oito de homem..
A sensação foi crescendo, crescendo, vinha lá de dentro. Eu deitada no canapé, as lembranças me ascendendo, tocando fogo entre minhas pernas. Passaram-se alguns segundos, fiquei então molhadinha, plena de gozo, nuuma enorme euforia. Peguei meu telefone e fiz três fotos. A primeira, das pernas para cima aparecendo minha boceta banhada pela umidade de todo aquele prazer; a segunda só a boceta no enquadramento; a terceira pegou meu corpo quase inteiro, deixando de fora apenas parte do rosto, em destaque meus seios. Como estava ainda envolvida pelo gozo, enviei as três fotografias a um ex-namorado, nenhum dos três citados acima. Sei que ainda gosta de mim. “Guarda só pra você, eu gozando sozinha”, escrevi. Lógico que não contei como cheguei a todo aquele gozo. Dias depois ele me telefonou, disse que adorou o presente. Perguntou se eu me masturbei.
“Não, gozei com meu próprio corpo.”
“Que bom você conseguir gozar sozinha, quase nenhuma mulher
consegue.”
"Pois é."
"Pois é."
No meio da conversa chegou a dizer que eu não mais
precisaria arranjar namorado, porque sabia me satisfazer sozinha, e sem me tocar, algo excepcional.
“Não vamos exagerar”, interpelei, “vez ou outra é bom ter
alguém.”
No final, acrescentou: “quando você gozar de novo, me fala,
vou adorar, se puder, manda outra foto.”
A vida de uma mulher é um pouquinho complicada, principalmente, quando já não é jovem e quer homem para namorar, apenas. Mas, confesso, o gozo que senti foi tão
intenso, que me deixou lá em cima. Na verdade, já não preciso sair peladinha
correndo atrás dos homens. Eu mesma vou me namorar, vou gozar. E sem precisar
me tocar!
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