segunda-feira, julho 01, 2019

Sem precisar me tocar!

Outro dia me aconteceu algo engraçado, ou melhor, algo muito prazeroso. Tirei toda a roupa e deitei nua no canapé, que fica na sala de minha casa. A princípio relaxei e fechei os olhos; após alguns minutos, mexi um pouco as coxas. Comecei, então, a pressentir que iria gozar. É difícil uma mulher gozar sozinha, ainda mais sem se tocar. Permaneci deitadinha, sentindo meu próprio corpo. O  motivo foi a lembrança de três ex-namorados, ou três homens com quem saí algumas vezes. O primeiro não era muito alto, mas tinha um peru enorme. Era mesmo desproporcional. Acho que não querendo me assustar, veio vagaroso, carinhoso, sua língua trabalhou primeiro. Fez algo que adoro, deu uma mordidinha no meu grelo, depois colocou-o inteirinho dentro da sua boca. Gozei, de primeira. Mais tarde, veio com o pênis, eu já molhadinha. Que tesão! O segundo namorado era um negro. Tenho amigas que adoram trepar com homens negros. Sério. Dizem que são muito quentes, que demoram a gozar, que se preocupam com o prazer da mulher. É verdade. Escalou meu corpo, com cuidado, não queria me magoar. Seu pênis procurou por conta própria minha boceta, parecia guiado por controle remoto! Mexeu à esquerda, depois à direita, afagou-me debaixo para cima, encontrou-me. Já emanava meus eflúvios, entrou sem muito esforço, uma gostosura. O terceiro deles tinha um metro e noventa e oito de altura. Sério, me disse logo que expressei minha surpresa com o seu tamanho. Não chego a um e sessenta, exclamei, será que vai dar certo? Progrediu devagar. Estou surpresa, os homens nesses últimos tempos têm pensado mais nas mulheres. Acalmou-me. O que fez para tanto? contou-me uma história.

Carregava-me no colo numa madrugada, num acampamento. Todos dormiam, mais de três da madrugada, só nós dois dividindo aventuras. O campo era próximo a uma lagoa e eu cismara tomar banho na lagoa, nua. Aceitou a proposta. Também tinha de ir nu. Riu muito. Caminhamos de mãos dadas, em determinado momento escondemo-nos entre as árvores. Foi engraçado, o homem alto nu, com o peru dependurado, imaginei o susto caso alguém nos surpreendesse. Chegamos às águas plácidas. Entre devagar, não vamos fazer barulho, pediu. Eu, doidinha, minha fantasia, tomar banho nua num lago. Será que você quer apenas tomar banho?, olhou e sorriu. Não vou contar como tudo terminou, imaginem o melhor possível, a história era dele, lembrem-se disso. Mas acho que olhos estrangeiros nos admiraram de longe, quem sabe de outro casal que escondia a nudez. Na volta, enquanto nos esgueirávamos entre as primeiras barracas, esbarrei com um bustiê dependurado numa haste. Tive vontade de tomá-lo para mim, mas fiquei só na vontade. Outra coisa, depois que gozo, se estou ao ar livre, morro de vergonha dos meus seios nus.

Tal história, ao mesmo tempo que me acalmou, despertou meu desejo. Já não receei o um metro e noventa e oito de homem..

A sensação foi crescendo, crescendo, vinha lá de dentro. Eu deitada no canapé, as lembranças me ascendendo, tocando fogo entre minhas pernas. Passaram-se alguns segundos, fiquei então molhadinha, plena de gozo, nuuma enorme euforia. Peguei meu telefone e fiz três fotos. A primeira, das pernas para cima aparecendo minha boceta banhada pela umidade de todo aquele prazer; a segunda só a boceta no enquadramento; a terceira pegou meu corpo quase inteiro, deixando de fora apenas parte do rosto, em destaque meus seios. Como estava ainda envolvida pelo gozo, enviei as três fotografias a um ex-namorado, nenhum dos três citados acima. Sei que ainda gosta de mim. “Guarda só pra você, eu gozando sozinha”, escrevi. Lógico que não contei como cheguei a todo aquele gozo. Dias depois ele me telefonou, disse que adorou o presente. Perguntou se eu me masturbei.

“Não, gozei com meu próprio corpo.”

“Que bom você conseguir gozar sozinha, quase nenhuma mulher consegue.”

"Pois é."

No meio da conversa chegou a dizer que eu não mais precisaria arranjar namorado, porque sabia me satisfazer sozinha, e sem me tocar, algo excepcional.

“Não vamos exagerar”, interpelei, “vez ou outra é bom ter alguém.”

No final, acrescentou: “quando você gozar de novo, me fala, vou adorar, se puder, manda outra foto.”

A vida de uma mulher é um pouquinho complicada, principalmente, quando já não é jovem e quer homem para namorar, apenas. Mas, confesso, o gozo que senti foi tão intenso, que me deixou lá em cima. Na verdade, já não preciso sair peladinha correndo atrás dos homens. Eu mesma vou me namorar, vou gozar. E sem precisar me tocar!

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