Amor, por favor, não, você sabe que gosto dos meus textos bem escritos, revisados à exaustão, não posso escrever agora, nesta situação. Eu sei que você tem muitas fantasias, inclusive a de me ver escrevendo peladinha uma história, mas é difícil ficar sentada aqui em frente ao computador cheia de tesão, doidinha pra trepar com você, a tentar escrever uma história. Tanto mais com você nu ao meu lado, com esse pinto durinho, eu a dar beijinhos na ponta. Não, por favor, amor, vamos deitar, amanhã escrevo. Lembra aquela vez, contei a você, dois homens me pediram a mesma coisa, era uma aposta, fiquei exausta, acabei escrevendo e publicando na mesma hora, pra interesse deles. Mas foi uma exceção, eu tinha um amigo que morava na Dinamarca, ele me dava tantos presentes, e ganharia a aposta. Acabei cedendo. Tenho uma amiga que me diz Célia, relaxe e goza, os homens estão sempre a te paparicar, a te dar presentes, se eu fosse você não pensava duas vezes. Mas, para quem está do outro lado, em frente ao teclado, não é a mesma coisa. Estou tão excitada. Não, amor, sei que você já me dá mil presentes, não precisa me pagar pra escrever. Não é assim que funciona. As coisas caminham assim nas editoras. Muitas mulheres aceitam qualquer coisa pra publicar um livro. É como na TV, pra conseguir uma vaga tem o teste do sofá, e agora está armado este circo todo, com as atrizes processando os homens por abuso sexual, assédio e até estupro. Amor, compreende, vem, vamos deitar, pronto dei mais um beijinho na ponta do teu pinto, você chega estar quente, e quer me ver escrevendo. Devia me comer, imediatamente, sem perder um minuto. Você gosta de fazer tudo com calma, nada de gozar logo, sei, tanto melhor para as mulheres. Fico pensando nas namoradas que você teve, não souberam aproveitar o homem que tinham junto a si. Ah, adivinhei, elas não era escritoras, caso o fossem e escrevessem peladas às duas e trinta da madrugada estariam com você até hoje! Você só quer namorar escritoras, e vê-las escrevendo nuas, e vendo-as publicar imediatamente após terminar o texto. Mas, amor, um texto nunca está terminado, tanto mais a gente lê, mais encontra algo que não agrada, precisando ser modificado. Quando se publica um conto ou um romance, é porque é preciso sair o livro, caso permitissem a gente ficaria revisando a vida inteira, e sempre acharia ainda o que modificar. Mais um beijinho, abaixe aqui, viu, isso, quero a tua língua, bem gostosa, está quentinha também. É por que você espera pelo meu texto? Não, amor, você precisa ceder, não pode fazer isso com uma mulher, obrigá-la a algo que ela não quer, é como um estupro. Você não entende assim? Verdade. Nada disso de relaxe e goza, comigo não funciona, aliás, só funcionou uma vez, e eu não gosto de falar sobre. Não, claro que não, amor, não vou escrever sobre o que aconteceu. Acho que já até escrevi, não lembro. Talvez se procurar entre todos os meus textos, há alguma referência. Agora quero namorar. Caso escrevesse alguma coisa hoje, seria sobre vir à casa do namorado pra trepar com ele. Escreveria é ótimo ter um namorado que nos convide para ir ao seu apartamento, por isso é importante arranjar namorado que não seja comprometido. Então, no apartamento, ele me serve uma taça de vinho tinto, coloca música; sento, cruzo as pernas e fico olhando a ele. Assanhada. Mas nada de tirar a roupa logo, aguardo. Seria uma história delicada, de amor e carinho. Sem chances de ser diferente. Acho que já escrevi sobre uma vez que deitei na cama de um namorado vestida inteirinha e ele me disse você vai ficar toda amarrotada, deitei mesmo assim, depois de uns apertos e uns beijos fiquei toda amarrotada mesmo! Começamos então a rir, ele disse tenho ferro elétrico se você quiser passar, ou empresto uma roupa minha, as mulheres adoram roupas de homem. Amor, já falei demais, nada de escrever agora, vamos pra cama, já estou levantando, me abraça, adoro quando você me abraça apertado, me encosta na parede, eu nua. Isso, amor, assim, assim, vamos deitar, amor, estou ficando toda molhada, não posso mais resistir. Amanhã. logo ao acordar, escrevo a história pra você, prometo, também publico imediatamente, vou vencer minhas neuras de revisar um texto ao infinito. Agora vem, amor, isso, amor, um carinho bem gostoso, assim, é como gosto, a literatura fica pra depois. Ai, amor, ai, você sabe que gozo várias vezes, não para, não, não para, mete, mete bem fundo...
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