Já que você fica me pedindo pra
contar minhas aventuras, escute, então. Veja como os meus mamilos estão
durinhos, como estou arrepiada, acho que é a batida de maracujá. A história
envolve algo que me aconteceu e que me agradou, o problema é que acho absurdo
ter gostado do tal fato. Tive um namorado que me queria nua ao seu lado,
sentada no banco do carona, a passear com ele de automóvel. Posso ser presa, eu
disse. Não, aqui nesta cidade já não tem polícia de dia, imagine à noite.
Acabei fazendo-lhe a vontade. Além de sair pelada, como estou agora nesta
poltrona, também saltei do carro num trecho da rodovia estadual. Pedi pra ele
dar uma voltinha e depois retornar pra me buscar. Ele deu a partida, e fiquei
ali, nua, nua. De repente, me senti molhadinha entre as pernas! Às vezes vinha
um carro ao longe, eu me agachava dentro do mato, ao lado do acostamento.
Depois de um quarto de hora ele voltou, entrei no carro e fomos pra sua casa.
Trepamos durante o que restava da noite. Você sabe, toda vez que passo pelo
local, sinto saudade do ex-namorado, daquela madrugada, sinto falta de tudo que
aconteceu. Você acha isso normal?
Vocês, homens, acham tudo muito
normal. Outra história, aconteceu alguns anos antes da que acabei de contar.
Conheci um homem no cinema. Ele era bonito, fui eu que o abordei. Sabe aquela
velha história, conheço você de algum lugar? Ele caiu direitinho. Ficamos
conversando, vimos o mesmo filme, lado a lado, e deixei pegar a minha mão. Na
saída, me ofereceu carona. Moro no Meyer, vou de ônibus. Ele insistiu, acabei
aceitando. Pra encurtar, marcamos de nos encontrar na semana seguinte, acho que
um sábado no final da tarde. O encontro foi em frente ao cinema Odeon. Ficamos
conversando, fomos a um café, depois me convidou pra ir à casa dele. Morava no
centro. Enquanto caminhávamos, pensei se esse homem for louco? Mas o desejo de
estar com ele era maior. O apartamento era pequeno, havia uma saleta e um
quarto com uma cama de casal. Que bom, tão difícil arrumar namorado nos dias
atuais. Passaram alguns minutos e a gente começou a se agarrar. Naquele tempo
eu era mais tímida do que hoje, pedi que tivesse paciência comigo. Fiquei então
de calcinha e sutiã. Beijei-o com muito ardor. Após uma hora daquele
agarramento, insistiu pra me tirar o sutiã. Acabei permitindo. Ele me abraçava,
a gente rolava na cama, e eu de calcinha. Não fomos além, tenho certeza, só
trepamos uma ou duas semanas depois. É uma história diferente, não? Eu, super
tímida, de calcinha, cobrindo os seios com as mãos!
Me dá um cigarro, vai, acende
pra mim, te conto mais uma. Ah, que gostoso. Só fumo nessas ocasiões. Certa vez
fui a Búzios. Eu e uma amiga. Quando a gente viaja a um lugar onde ninguém nos
conhece, é ótimo, não temos preocupação alguma. Ficamos em uma pousada. Um fim
de semana prolongado. Fomos a várias praias, bebemos demais, ríamos à toa.
Minha amiga se chamava Iracema, veja que engraçado, quase ninguém se chama
Iracema hoje, deve estar agora beirando os cinquenta anos. A gente pintou e
bordou. Conhecemos de cara dois sujeitos. Eu disse não fala onde estamos
hospedadas. Entramos de biquíni no carro deles. Adivinhe o que aconteceu. Isso
mesmo o que você está pensando, logo de primeira, não tinha nem duas horas que
estávamos na cidade. Pedimos, depois, que nos deixassem numa determinada praia.
Eles nos atenderam, mas ainda ficaram com a gente um tempo enorme. Queriam
marcar encontro à noite, a cidade tem uma ótima vida noturna, disse um deles.
Mas desconversamos, não queríamos ficar presas a eles. Eu disse de repente a
gente se encontra ao acaso. Eles concordaram e foram embora. À noite, colocamos
vestidos leves e soltos, fomos à tal rua das Pedras. Não passou muito tempo,
paramos num bar bem movimentado, dois ingleses vieram conversar. Nem conto o
resto, você pode imaginar. Não foi logo de primeira, como à tarde, mas depois
das duas da madrugada, onde eles estavam hospedados. Havia outras pessoas, um
hostel, fiquei achando que chegaria alguém e me surpreenderia nua. Mas acabou
tudo bem. Trepei com dois homens num espaço de doze horas. E Iracema (que
alegria!), também nua, em dia com seus orgasmos, dizia: me ajuda a encontrar o
vestidinho.
Agora, estou com você, que
gosta de ouvir minhas aventuras. Isto é normal? Traz mais uma batida pra mim, por
favor.