Margareth adorava que os homens encostassem em seu corpo quando viajava em ônibus cheio. Fingia nada sentir, mas se deliciava. Era jovem, dissimulada. Como a maioria das pessoas, trabalhava e freqüentava os coletivos na hora do rush. Enquanto muitos reclamavam da demora e da superlotação, ela se excitava. Usava roupa curta, provocante. Fazia-se assim alvo mais fácil.
Nos finais de semana, não deixava de ir à praia. A Copacabana. Vestia biquíni de lacinhos e camiseta curta. Mal cobria parte do bumbum arrebitado. Estátua viva da beleza pura, convidava a um beliscão, ou mesmo a alfinete macio.
Num domingo, voltava da praia. Já passava das quatro. Calor forte, sol ainda quente. O ônibus vinha mais apinhado do que nunca. Preferia voltar de pé. Nada melhor do que o esfrega-esfrega após um dia quente de verão: o corpo suado, a pele rosada ardendo. A pouca roupa a fazia arder ainda mais. Deixou-se encostar. Cada curva era uma nova oportunidade de se apoiar no corpo do desconhecido. A viagem prosseguiu assim até Bonsucesso. Ela morava em Olaria. Quando o ônibus deixou para trás a praça das Nações, Margareth tinha o espaço livre às suas costas. Alguns assentos até já iam vazios. Não reparara quem lhe viera por trás durante a viagem. De repente, ouviu voz próxima e grave:
– Ei, moça, deixa eu lhe falar uma coisa.
Virou-se e deu com homem corpulento.
Ele continuou:
– Notei que você gosta da brincadeira.
Tentou ser séria, mas lhe escorreu uma ponta de sorriso.
– Então, peço mais uma coisa.
Olhou-o de lado, com ar indagativo.
– Pra completar a brincadeira, queria lhe dar um presente.
Tirou do bolso pequeno objeto. Desenrolou-o. Era uma pulseira de ouro.
Margareth olhou a jóia com interesse.
– É sua – depositou ligeiro em uma das mãos da jovem, acrescentando a seguir – mas com uma condição.
Ela deu ao rosto graciosa feição de curiosidade.
– Vamos fazer uma troca – sugeriu esticando-lhe os olhos na direção do biquíni.
Margareth, sem demonstrar surpresa, curvando a cabeça, continuou a examinar a pulseira.
– Você ainda tem tempo pra decidir – como os bons comerciantes, fingia desinteresse pela transação.
Ela, então, encostou os antebraços no corpo e fez subir parte da camiseta. Exibiu discreta as pontas dos laçarotes que sustentavam o biquíni.
Sem mais palavras, o desconhecido a envolveu num abraço voluptuoso, mas teatral.
Nos finais de semana, não deixava de ir à praia. A Copacabana. Vestia biquíni de lacinhos e camiseta curta. Mal cobria parte do bumbum arrebitado. Estátua viva da beleza pura, convidava a um beliscão, ou mesmo a alfinete macio.
Num domingo, voltava da praia. Já passava das quatro. Calor forte, sol ainda quente. O ônibus vinha mais apinhado do que nunca. Preferia voltar de pé. Nada melhor do que o esfrega-esfrega após um dia quente de verão: o corpo suado, a pele rosada ardendo. A pouca roupa a fazia arder ainda mais. Deixou-se encostar. Cada curva era uma nova oportunidade de se apoiar no corpo do desconhecido. A viagem prosseguiu assim até Bonsucesso. Ela morava em Olaria. Quando o ônibus deixou para trás a praça das Nações, Margareth tinha o espaço livre às suas costas. Alguns assentos até já iam vazios. Não reparara quem lhe viera por trás durante a viagem. De repente, ouviu voz próxima e grave:
– Ei, moça, deixa eu lhe falar uma coisa.
Virou-se e deu com homem corpulento.
Ele continuou:
– Notei que você gosta da brincadeira.
Tentou ser séria, mas lhe escorreu uma ponta de sorriso.
– Então, peço mais uma coisa.
Olhou-o de lado, com ar indagativo.
– Pra completar a brincadeira, queria lhe dar um presente.
Tirou do bolso pequeno objeto. Desenrolou-o. Era uma pulseira de ouro.
Margareth olhou a jóia com interesse.
– É sua – depositou ligeiro em uma das mãos da jovem, acrescentando a seguir – mas com uma condição.
Ela deu ao rosto graciosa feição de curiosidade.
– Vamos fazer uma troca – sugeriu esticando-lhe os olhos na direção do biquíni.
Margareth, sem demonstrar surpresa, curvando a cabeça, continuou a examinar a pulseira.
– Você ainda tem tempo pra decidir – como os bons comerciantes, fingia desinteresse pela transação.
Ela, então, encostou os antebraços no corpo e fez subir parte da camiseta. Exibiu discreta as pontas dos laçarotes que sustentavam o biquíni.
Sem mais palavras, o desconhecido a envolveu num abraço voluptuoso, mas teatral.
Foi então que Margareth ofertou-lhe moeda maior: febre interna tornou mel encantado a fada nua, e três tremores anunciaram a rosa lúbrica.
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