quinta-feira, julho 02, 2009

Que blusa bonita, obrigada!

Que blusa bonita, obrigada! É curtinha, adorei; vou sair com ela hoje. Me lembrei de certa vez que tive uma parecida, me deu até sorte, vou contar a você. Mas primeiro quero vesti-la. Espere um instante. Oh, veja como ficou ótima. Tenho vontade de sair só de blusa, estou achando-a linda. O quê? Não entendeu? Isso, sair apenas de blusa. Você não acredita? Olha que eu vou. Ficou excitado? Então vai ficar ainda mais; espere um pouquinho só! Já saí nua, não me custa entrar no seu carro e passear só de blusa. Será que você consegue dirigir com uma mulher nua no banco do carona? O quê? Você me acha louca? Posso ser meio amalucada, mas você adora namorar comigo, não? Veja, vesti. Está ótima. O que você acha? De blusa nova, calcinha e sandália meio salto? Não acredita? Você está quase tremendo. Quer me agarrar, agora? Não, espere um pouco. Vamos sair primeiro. Na volta eu deixo. Na volta você tira minha blusa curtinha. Está temeroso que alguém me veja assim? Acho que você está muito nervoso. Não seria eu que deveria estar um pouquinho nervosa? Sou eu que estou saindo seminua de casa! Já sei, não quer que eu vá assim. Tem medo de que alguém me surpreenda sem a saia. Não faz mal; coloco uma saia, então. Quer que eu vá com aquela também curtinha? Foi presente seu. Ah, já sei, prefere a comprida, de tecido bem fino, de cintura baixa. Vou com ela. Assim você fica mais tranquilo. No carro posso tirá-la? Que ótimo. Vou pegá-la, aguarde. Pode olhar, agora. Gostou? Assim estou completa, não? Você prefere uma mulher bem vestida. Vamos.

Quer saber a história da outra blusa curtinha que tive e me deu sorte? Ouça. Foi a Marilda e a Ana que inventaram aquela festa. Fui com elas. Havia quatro ou cinco mulheres no salão. Alguns rapazes. Lá pela madrugada apagaram todas as luzes e só se ouvia a música alta. A gente dançava. Vez ou outra um spot piscava. Mas o que contagiava era a música. De repente, vi que Ana dançava só de blusa e de calcinha. Pensei que a saia tinha se perdido sem ela se dar conta. Quando tentei falar com ela, vi a Marilda também nua. Apontou pra mim e disse “tira, tira, os rapazes estão pedindo”. Aí tirei, fiquei só de blusa, como estou agora ao seu lado. A única diferença é que, aqui, minha saia está no banco de trás. Naquela festa, sumiu. Fingi que não reparei; agi com toda naturalidade, dancei a noite inteira sem ela. Vez ou outra, um dos rapazes me abraçava, me apertava. Eu permitia, mas depois me soltava e dançava só. As músicas eram agitadas, a gente se entusiasmava. Quando a festa parou, lá pelas quatro, quase todas as mulheres estavam nuas: algumas de blusa e calcinha, como eu; outras, só de calcinha; duas, que chegaram por último, estavam peladinhas. Sei que acabamos ficando lá até de manhã. Dormimos num dos quartos. Quando acordamos, foi o maior cata-cata. Rodamos toda a casa. Uma encontrava a blusa, mas não a saia; outra tinha a saia, mas estava com os peitos de fora. Minha blusa estava no meu corpo, curtinha, como já disse, mas a saia não apareceu. Sei que acabei entrando no carro da Marilda e falei “vou assim mesmo”. Ela quis saber como eu faria pra entrar em casa. “Dou um jeito, você sabe que adoro andar nua, vamos assim mesmo”. E fomos embora, ela dirigindo, vestida. A Marilda conseguiu dar um jeito, jamais sairia de lá pelada. Apenas eu sou capaz dessas coisas: seminua e morrendo de tesão. Não sei por quê, depois daquela festa eu fiquei com muita vontade de fazer amor com algum dos rapazes. Mas as mulheres eram muitas; eles, nem tanto. Sei que quando cheguei em casa – naquela época eu morava na Riviera – olhei para um lado, para outro, corri e entrei pela garagem. Me escondi no quintal. Pra minha sorte, tinha uma saia minha na corda. Vesti-a. Dei a volta pela frente e entrei em casa como se nada tivesse acontecido. Sabe por que falei que a blusinha me deu sorte? Não, não foi porque consegui chegar em casa seminua sem que ninguém percebesse. Ainda houve mais uma coisa; e boa. À noitinha, meu telefone tocou. Era um dos rapazes que estiveram na festa. Disse que tinha uma coisa pra mim. Marcamos um breve encontro. Ele trouxe, então, minha saia. Aproveitei pra satisfazer meu desejo, que estava à flor da pele. Foi ótimo. Além de ter a saia de volta, ele era muito gostoso; gozei muito. Onde trepamos? No carro dele, ora.

Você está gostando de eu estar nua ao seu lado? Quer que eu tire a calcinha? Eu tiro, mas continue dirigindo. Agora estou só de blusa, blusa lindíssima que você me deu. Quando você parar o carro, acho que vou sair, dou a volta e beijo você através de sua janela. Depois corro de volta e sento de novo ao seu lado. O resto é com você...

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