“Temos de dar um jeito nisso, você vai acabar me causando um problema sério. Sua namorada já não me olha com bons olhos.”
“Mas diga: o que aconteceu naquela noite pra você chegar nua em casa?”
“Ah, já falei, você passou a freqüentar minha casa, faço amor com você, ensino uma porção de coisas interessantes, só não me faça essa pergunta.”
“Você assim me deixa curioso, não aguento, e mesmo trepando com você quase sempre, quando chego em casa ainda me masturbo só em pensar no motivo que fez você chegar nua em casa naquele final de noite.”
Guido estava deitado comigo, passava a mão sobre os meus seios, depois se pôs a beijá-los. Deslizou a ponta da língua sobre meu ventre, parou sobre o umbigo e tentou dar-lhe umas mordidinhas; escorregou de novo a boca até o início dos meus pêlos, umedeceu-os ainda com a língua e continuo em direção às minhas pernas, estacionou por alguns segundos junto ao meu clitóris, procurou-o com os lábios, depois deu nele também uma suave mordida, permanecendo ali durante alguns minutos.
Então falei:
“Suba, venha beijar minha boca.”
Atendeu-me, agarrou meu cabelo, deixou que seu pênis deslizasse por entre minhas pernas, então procurei encaixá-lo entre meus grandes lábios.
Tudo começou quando num final de noite, ou início de madrugada, cheguei nua no prédio onde moro. Acontecera um problema, mas consegui safar-me. Havia deixado o carro na garagem – àquela hora nunca encontrei viva alma –, mas justo aquele dia, Guido estava com a namorada junto à entrada do elevador do meu andar. Mal a porta abriu para que eu saísse, a garota gritou:
“Ah, que horror! O que houve, a senhora foi assaltada?”
Respondi de pronto:
“Claro que não.”
E caminhei altiva para o meu apartamento. Tirei a chave da bolsa, abri a porta e entrei. Tudo sob o olhar surpreso dos dois adolescentes.
Nos dias seguintes me preocupei se aquele flagra não me traria problemas. Temi que eles contassem para o prédio inteiro e eu fosse obrigada a mudar. Meus temores, porém, não se concretizaram. Aconteceu que passei a perceber o rapaz constantemente a me vigiar, principalmente durante a madrugada.
“Você não namora mais até aquela hora tardia, quando vocês dois deram comigo?”, perguntei a ele.
“Não, não costumamos ficar juntos até quase de manhã. Naquele dia fomos a uma festa e estávamos nos despedindo quando você chegou.”
Uma vez que chego duas ou três vezes na semana muito tarde – ou muito cedo, não sei –, ele passou a me espreitar. Até que no escurinho do corredor me pregou um grande susto. Acabei por aceitá-lo em meu apartamento. Passamos a fazer amor. Ele, jovem como era, não demonstrava experiência alguma. Ensinei algumas coisas que passaram a deixá-lo louco. No começo, achei que era maldade de minha parte; em seguida, acabei por lhe dizer que ele era homem e mais cedo ou mais tarde aprenderia tudo aquilo; até serviria para deixar as garotas apaixonadas.
“Você não trepa com sua namorada?”, perguntei de surpresa.
Ele enrubesceu e tentou responder com evasivas:
“Trepo, mas não muito frequentemente. Ela é um pouco chata nesse ponto. Morre de vergonha e acha que a mãe pensa que ainda é virgem.”
“Onde vocês fazem amor?”
“Esse é outro problema. Ainda somos muito jovens para frequentar hotéis. Outro dia roubei a chave do carro de minha mãe e trepamos na garagem. O carro tem vidros escuros, não dá pra ninguém notar quem está lá dentro. Mas só o fato de percebermos as pessoas do lado de fora, fez Clara morrer de medo. Ainda aconteceu de eu arrancar a calcinha dela com fúria; a pequena peça se desfez. Ela ficou aborrecida comigo por vários dias. Cheguei a pensar que não me queria mais.”
“Nada disso. Nós, mulheres, gostamos de coisas que os homens sequer imaginam. Nessa situação, ela sentirá mais prazer caso você faça amor segurando-a com firmeza. Você ainda deve dizer: ‘não te mexas, podes provocar uma explosão’; se ela estiver no período fértil, vai ficar quietinha, mas louca de prazer por estar correndo perigo. Depois tudo vai acabar com um longo beijo na boca; então é a sua vez de manter o controle. Na verdade, nesse momento, a mulher está totalmente vencida.”
“Como você sabe tantas coisas assim?”
“Olhe bem pra mim, calcule quanto anos eu tenho. Mas não precisa dizer.”
Trepei com ele por dois longos meses, várias vezes na semana.
Numa certa noite, eu disse:
“Conto o que aconteceu naquela madrugada em que você e sua namorada me surpreenderam nua, mas com uma condição.”
“Qual?”
“De que você não mais me procure.”
“Mas você não gosta mais de mim?”
“Gosto, gosto muito, mas vou acabar tendo problemas. As pessoas já estão desconfiadas. E você é menor de idade.”
“Não, não faça isso, por favor.”
“Você não gosta da sua namorada?”
“Gosto, mas o que isso tem a ver?”
“Escute: você gosta dela, está ensinando-lhe muitas maneiras de fazer amor. Ela não mais se mostra tão temerosa como antes. Conto a você o que aconteceu e você vai. Não quero dizer que nunca mais vou fazer amor com você. Mas não na frequência em que estamos.”
“Está bem, então conte. Mas vou ficar triste.”
“Tristeza não dura muito; tanto mais quando se é jovem e se têm todas as possibilidades.”
“Todas?”
“Sim. Na sua idade não se reconhece a possibilidade de perdas.”
Contei a o que acontecera naquele final de noite.
Depois disso, ele voltou mais duas vezes, num espaço de três meses.
Hoje não moro mais lá. Tive o cuidado de que não descobrisse meu novo endereço.
E fico atenta para que, sobretudo os jovens, não me surpreendam nua!
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