quinta-feira, setembro 02, 2010

Não vai se vestir?

Você quer saber? Eu conto. Os homens são terríveis, adoram perguntar essas coisas. Muitos fazem como você, perguntam como foi a primeira vez. Ora, a primeira vez de uma mulher nunca é uma coisa boa. A gente demora a gostar de sexo. Mas vou contar a você algo que me aconteceu antes da primeira vez.

Eu era bem jovem, acho que tinha quatorze anos. Veja só, apenas tinha deixado de ser criança e já me metia em situações que poderiam me comprometer. Mas sempre fui ousada. Naquele tempo, minha irmã mais velha estava a fim de um rapaz de vinte e um anos. Isso mesmo, vinte e um. Logo arregalei os olhos. Nossa casa era grande, tinha piscina, gramado, churrasqueira e tudo mais. Ela convidou-o para um banho num dia de domingo. Desde cedo me coloquei a postos, não larguei os dois. Em certo momento, percebi que ele admirava-me e não à minha irmã. Mergulhei diversas vezes e fiquei juntinho dele. Minha irmã, como sempre, reparou e ficou morrendo de raiva. Dias depois, encontrei-o à noite no clube que costumávamos frequentar. Ele estava no bar. Aproximei-me, pedi um refrigerante e ficamos conversando. Meia hora depois disse que estava de carro e que me convidava para dar uma volta. As meninas de então não tinham o costume de passear sozinhas de automóvel com os rapazes. Mas aceitei.

Saímos e demos umas voltas pelo bairro. Sabia qual a intenção dele. Parou numa rua mais escura, deserta àquela hora da noite, perguntou se podíamos continuar nosso papo ali. Nada respondi. Esperei que me beijasse. Não fiquei imediatamente nua, como estou agora na sua casa, vinte e tantos anos depois, sentada no sofá de dois lugares, de pernas cruzadas e fumando esse cigarro. Naquele tempo eu já fumava. Perguntei se me cedia um cigarro. Ele o acendeu, deu um trago e o colocou nos meus lábios. Depois começou a me acariciar. Quis que eu tirasse a blusa. Não tinha vergonha de ficar nua, mas achava que riria dos meus seios, que não eram grandes. Disse a ele:

“Tire a minha saia; a blusa, não”.

Surpreendeu-se com a minha atitude.

Eu usava saia comprida, meio hippie, um tipo de bata indiana. Não custou à saia ir parar no banco de trás. Cruzei as pernas e continuei fumando, apenas de calcinha. Depois que arremessei a bagana pela janela, virei-me a ele e descansei nos seus braços. Aí aconteceu o problema que é a razão de estar contando isso hoje. Ele resolveu tirar o pênis para fora da calça. Fiquei assustadíssima. Nunca tinha visto um pênis duro. O dele era grande e grosso. Não quis dar mancada. Fingi que nada acontecera. Mas ao tentar aproximá-lo das minhas pernas, o rapaz notou que eu mostrava desconforto.

“Você é virgem?”, perguntou.

Atrevida, respondi:

“Isso não é pergunta que se faça a uma mulher”.

“Mas você parece tão assustada...”

“É melhor você me deixar no clube, vamos sair outro dia”.

Virei-me ao banco de trás, recuperei a saia e pedi que desse a partida.

“Espere só mais um pouquinho”, falou carinhoso.

Agarrou-me e deu-me alguns beijos na boca. Mas já com o pênis dentro da calça.

“Faz um favor pra mim”, ainda disse, “não vou lhe fazer mal algum, só quero ver você nuinha”.

“Você promete que depois me leva embora?”

“Prometo”.

Pedi mais um cigarro. Dessa vez fui eu que o acendi. Dei um longo trago, deixei-o entre seus dedos e tirei toda a roupa. Já não tive vergonha dos pequenos seios. Peguei o cigarro novamente e, de pernas cruzadas como agora, fumei-o até o fim. Queria que o rapaz levasse uma imagem positiva de mim; caso contrário, ao ouvir falar meu nome, lembraria do susto que senti ao ver seu sexo. Depois que acabei de fumar, pedi que me levasse dali. Ele me atendeu. Mas antes fez mais uma pergunta:

“Não vai se vestir?”

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