Ainda no carro, os dois rapazes nos fizeram vestir biquínis minúsculos. Na verdade, não cobriam nada. A calcinha era uma tirinha frágil, entrava e deixava a bundinha toda de fora. Na parte da frente também não era possível esconder que eu engolia aquele pedacinho de pano. Luciana, como era maior do que eu, mostrava-se ainda mais desconfortável, tanto as peças dela como as minhas eram do mesmo número. Quando chegamos à praia, reparamos que a frequência era enorme. Era temporada de férias. Ficamos morrendo de vergonha. Ou permaneceríamos o tempo todo enroladas em nossas cangas, ou entraríamos logo na água. Optei pela segunda alternativa. Luciana me seguiu. Ao perceber que o mar já me cobria acima dos seios, falei aqui dá pra disfarçar, na areia todas as pessoas vão ficar nos olhando. Os rapazes nos acompanharam, depois sugeriram que fôssemos para trás da arrebentação. Cortamos algumas ondas até chegarmos ao local pretendido e, quando conseguimos, permanecemos durante algum tempo namorando, com naturalidade. Logo, porém, a temperatura subiu. O que ficou comigo avançou num intenso roçar de corpos e, sem perder tempo, abaixou meu biquíni até o calcanhar. Fez de propósito para que eu o perdesse. Você vai me deixar nua, ainda falei. Ele contrapôs você já está. Não demorou o biquíni acabou escapando e foi levado pelo mar. Mas o rapaz me penetrava, me excitava tanto, que, naquele momento, nem me preocupei. Reparei que Luciana, além da calcinha, perdera também o sutiã. Mostrava-se, como eu, excitadíssima. Gozei três vezes. Só então comecei a pensar como vou sair daqui desse jeito? Quando Luciana caiu em si, olhou para mim. Ela estava toda arrepiada. Não sei se de frio, de vergonha ou ainda se deleitando num frêmito derradeiro e involuntário, rastro do último gozo. Os rapazes saíram juntos. Disseram que iam buscar outros biquínis. Ficamos esperando. Será que voltariam?
Permanecemos dentro d’água durante cerca de trinta ou quarenta minutos. E poderíamos ter ficado ali durante bem mais tempo, talvez até o entardecer quando seria possível deixar o local despercebidas. A descoberta se deu em virtude de dois motivos: o primeiro, a intranquilidade de Luciana; o segundo: o fato de ela estar sem o top. Pedi muito que se acalmasse, que tudo dependia disso para nos mantermos incógnitas, mas ela não conseguiu. Como se mexia muito dentro d’água, alguém pensou que estivéssemos em apuros naquele pedaço do mar e acabou se aproximando. A primeira coisa que reparou foi que ela estava com os seios nus, daí para descobrir que nos faltavam os biquínis, não foi muito difícil. O homem nos olhou com discrição e até tentou nos ajudar, disse que iria à procura de algo que nos cobrisse. Mas não voltou. Consegui, porém, que minha amiga se acalmasse, era ao menos uma solução provisória. Vamos ficar quietinhas, Luciana, assim ninguém mais vai nos descobrir, não vamos morrer porque estamos nuas, já passamos por situações parecidas, mais cedo ou mais tarde alguém nos ajuda. Quem nos salvou foi um pequeno grupo de surfistas. Preocupados a princípio apenas com as ondas, descobriram-nos ao acaso. Mas depois desconfiei que poderiam ter sido avisados sobre nós pelo homem que nos achara antes. Vestiram-nos com suas roupas de borracha, mas antes nos beliscaram, nos apalparam e experimentaram o doce predileto.
Saímos da água depois de muito tempo, exaustas, mas sem provocar rebuliço. Na areia, eles nos cobriram com duas cangas e pediram que devolvêssemos as roupas emborrachadas. Nunca me senti tão vestida, mesmo sabendo-me nua sob o pano. Um deles ainda se ofereceu para nos levar de automóvel. Um rapaz educado. No final, perguntou como nos sentíamos. Luciana, recuperada, se antecipou: ardida e dolorida, mas não sem uma ponta de gozo!