No domingo eu e meu namorado fomos a um churrasco na casa de um casal amigo. Chegamos por volta da hora do almoço e, para contribuir nas despesas, levamos uma caixa de latas de cerveja. Como estava sol, os donos da casa armaram uma pequena piscina onde as crianças puderam divertir-se.
Conversamos durante boa parte da tarde enquanto bebíamos e comíamos. Eu, como sou muito alegre, diverti-me também com os pequenos. Eles a todo o momento vinham molhar-me com a água da piscina. Aproveitava e os arremessava de volta para dentro d’água. Meu namorado também é uma pessoa alegre e social, relacionou-se muito bem com nossa anfitriã e seu marido. Passamos uma tarde maravilhosa. Não é bem sobre essa parte do dia que quero falar.
Lá pelas seis ou sete da noite nos despedimos. Aproveitamos para dar carona a uma amiga. Depois de deixá-la em casa, seguimos ao apartamento do meu namorado.
Ele se mostrava por demais excitado. Creio que a bebida expandira-lhe o desejo; ainda no carro, pôs-se a me beliscar as pernas.
Após estacionarmos, ainda no elevador abracei-o e pedi que tirasse minhas roupas.
“Mas estamos em lugar público”, falou.
“Não faz mal, estavas a beliscar minhas pernas no carro?, agora quero sentir o que é chegar nua na casa de meu namorado.”
“Mas se alguém nos descobrir?”, perguntou preocupado.
“Não hão de nos descobrir. Uma mulher bêbada e apaixonada jamais é descoberta.”
Ele, então, tirou-me a saia.
“Ainda estou muito vestida”, fiz-me de desentendida.
Tirou minha blusa farejando meus odores.
“Será que já estou pronta para uma boa trepada?”, sussurrei-lhe no ouvido.
O elevador parou no piso correspondente ao apartamento dele. Meu namorado virou-se num sobressalto, mas logo percebeu que não havia ninguém no corredor. Caminhou em direção à porta do apartamento. De nariz empinado, recusando-me até mesmo um passo além de onde estava, falei:
“Ei, volta aqui, ainda não estou nua.”
Ele acabou de me despir e me deu um longo beijo. Permaneci dependurada no seu pescoço.
“Deixe-me encontrar a chave.”
Soltei-o enquanto tirava-a de um dos bolsos da bermuda. Abriu a porta. Fiz que ele entrasse primeiro.
“Fecha, quero que abras especialmente para mim.”
“Mas você vai ficar nua aí fora?”
“O que tem? Já estou nua há tanto tempo...”
Ele fechou. Subi um lance de escada e passeei nua pelo andar de cima. Depois voltei, toquei a campainha e esperei por ele.
Não sei muito bem o que aconteceu daí em diante. Apenas me vêm à mente imagens distorcidas do amor vivido naquela noite. Ele subia no meu corpo e me beijava. Lembro-me de um pedido seu: que eu ficasse de costas. Sempre reluto quando ele me quer por trás, mas como eu estava de pilequinho... Senti algo gelado no meu anus. Era ele lambuzanndo-me com uma pomadinha. Ao começar a me penetrar, gritei muito. Mas de prazer. Pedia que ele jamais parasse. Eu queria que aquela trepada fosse interminável. Gozei várias vezes. Enfim, apaguei.
No dia seguinte, contou, imitando-me a voz:
“Vem, continua, não gozes, fica assim à noite toda. Não quero que isso acabe de maneira alguma.”
Eu ria do jeito como ele tentava representar meus gestos e meu jeito de falar. Enquanto isso, eu bebia muita água, pois a ressaca era forte.
“Você é maravilhosa, jamais fizemos amor com tanto ímpeto”, falou e me beijou.
“Estou horrível, essas bebidas maltratam muito a gente.”
Tomou-me nos braços e me colocou na cama mais uma vez.
“Preciso ir embora”, falei, “minhas filhas devem estar preocupadas.”
“Elas já são adultas.”
“Mas se preocupam comigo.”
Depois de mais uma hora de descanso, levantei e fui ao banheiro. Quando voltei, perguntei:
“Viste minhas roupas?”
“Mas você não chegou nua?”
“Estás brincando...”
“Não lembra que você quis que eu fechasse a porta com você nua lá fora?”
“Ah, sim, acho que lembro, mas e as roupas?”
“Pensei que você as tivesse recolhido.”
“Eu? Ai, e agora? Só me faltava essa!”
“Não core”, disse, “vou arranjar um jeito, mas antes venha até aqui.”
Aproximei-me. Beijou-me, deitou-me e trepamos ainda uma vez.
Depois, bem, depois ele encontrou uma solução.