“Você não tem medo de que apareça alguém?”, parecia
nervoso.
“Não penso nisso, só quero o prazer.”
“Mas podemos ser presos. Já pensou, você nua na delegacia?
Vai ser o maior escândalo.”
“Esquece isso, por favor. Agora, trepa comigo”, pedi.
Começamos a namorar. Ele pouco a pouco foi esquecendo o
perigo, encostou-me no paredão, levantou-me e encaixou seu pênis entre as minhas
coxas. O friozinho da noite contrabalançava ao ardor que eu emanava pelos poros.
Fechei os olhos e também esqueci onde estava. Pedi em seguida que ele se
deitasse e fui sobre ele, seu pênis sempre ereto.
Ouvíamos a explosão da arrebentação e o rugir do mar, que ia e vinha em
espumas que deslizavam sobre a areia. Também era possível escutar o ruído dos automóveis que desciam a avenida.
Permanecemos enroscados um ao outro por quase uma hora.
Depois que gozei, deitei-me sobre ele. Meu namorado forrara a areia com a própria
camisa.
Embalamo-nos num sono leve e confortável. Quando demos pela
hora, o céu parecia anunciar a manhã. Meu namorado antecipou-se:
“Vamos embora, já vai ficar claro.”
“Espera ainda um pouquinho”, pedi.
Abracei com força seu tórax e rolamos pela areia, quis que ele ficasse sobre mim.
“Já está tarde”, falou.
“Não te preocupa, só mais um pouquinho”, pedi.
Transamos mais uma vez. Quando acabamos, já era dia.
Então, anunciei:
“Vais ter de me levar pelada para casa.”
“Por quê?”
“Não reparaste que cheguei nua?”
“Lembro que, no carro, você estava vestida; mas quando chegamos
aqui embaixo, não sei como você fez para aparecer nua.”
“Combinei com uma amiga, bobo. Pedi que ela levasse minhas
roupas. Falei a ela: tenho um namoradinho novo, ele tem cara de que é capaz de
resolver qualquer problema.”
Beijei sua boca. Ele me abraçou.
“Por que você não deixou suas roupas por perto?”, ele.
“Porque gozo em dobro correndo riscos.”
“Você é terrível, Mara. Vou ver o que posso fazer.”
“Por que você não deixou suas roupas por perto?”, ele.
“Porque gozo em dobro correndo riscos.”
“Você é terrível, Mara. Vou ver o que posso fazer.”
Ainda sussurrei:
“Olha como estou arrepiadinha!”
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