“Jéferson, há tantas outras poses, nada demais eu
ficar de blusa, ou de top, você não acha?”
“Concordo, Luíza, mas falta uma pontinha de você
para estar completa, ou melhor, perfeita.”
“Mas qual o problema de eu não estar completa ou perfeita? Na vida nada
é completo nem perfeito.”
“Luíza, assim você já está querendo introduzir uma questão
filosófica. Desejo apenas fotografar seus seios nus.”
Certa vez fui a uma praia com umas amigas. Segundo elas o
lugar era famoso por ser permitida a prática de nudismo. Ligeiras, desfizeram-se de todas as peças. Eu não pude. Aliás, tirei a roupa, mas conservei o top.
“Por favor, não toquem em mim”, pedi, “se tiver de
mostrar os seios, eu morro”, falei muito preocupada.
“Mas você viaja até aqui e não fica nua.”
“Não estou vestida”, repliquei.
“Não?”, a amiga insistia.
“Estou sem a parte de baixo, você não notou?”
Voltando ao meu amigo do apartamento.
“Luíza”, ele falou outro dia, “fui incumbido de fazer umas fotos
para uma revista norte-americana. Lembrei logo de você. Mas temos de superar aquele
problema.”
“Problema? Que problema?”, ingênua eu, não?
“O dos seios.”
Dei então a solução.
“Não sei se eles vão aceitar, Luíza. Dizem que tem de haver
uma foto da modelo nua por inteiro.”
“Deixa comigo, pode ser que aceitem o que estou
pensando.”
Daí veio a foto que me fez famosa internacionalmente,
invejada até mesmo pelas melhores modelos mundo afora. Fiquei nua, mas de costas, um pouquinho inclinada para a direita e com a cabeça voltada para a
câmera, aparece apenas o bico de um seio.
Se quiserem mais, ficarão a ver navios. Melhor navios do que seios? Para uns, talvez; para outros, porém, melhor que me roubem o sutiã!
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