Quero que me atenda em um pedido, falou.
Estou toda entregue a ti.
Verdade?
Olhou para mim enquanto suas mãos ágeis trabalhavam as
verduras.
Abre a geladeira e traz dois ovos cozidos.
Fui até lá e fiz o que pediu, trouxe os ovos num prato de
sobremesa.
Às ordens, eu disse depois de entregá-los. Junto lhe deixei um beijinho numa das faces.
Há mais uma coisa, ele disse. Olhou na minha direção enquanto colocava os
ovos, sem cortá-los, numa posição que decorava a travessa.
Sim?, eu aguardava o pedido.
Você fica nua durante o jantar?
Nua? Como assim?
Nua, ora, você senta nua à mesa e janta comigo.
Sim, mas vou fazer melhor. Permites que eu vista uma
miniblusa?, é quase um top, acho que fica mais elegante; te prometo que tenho
ainda outra surpresa.
Ok, combinado, a miniblusa, falou amoroso e me beijou antes
de levar a travessa até a mesa. Depois voltou ao fogão para acabar de preparar
a massa.
Fui ao quarto e voltei vestida com a miniblusa.
Você não fez o que eu pedi, veio também de saia, observou amuado. Pedi que viesse nua, disse ao mesmo tempo que tirava a massa do forno.
Calma, amor, é para criar um clima. Vesti a minissaia mas
tiro já, assim que a mesa estiver posta.
Ajudei-o a trazer copos, pratos e talheres para a sala de jantar. Depois
peguei uma garrafa de vinho tinto no bar, que fica logo depois da porta de entrada.
O macarrão está delicioso, falou.
Voltei à cozinha e peguei os temperos.
E então?, perguntou.
Então?
Virei de costas e tirei a saia. Deixei que ele me apreciasse o bumbum. Depois a arremessei a uma cadeira. Fiquei de frente e andei até ele.
Após longos segundos num abraço bastante fofo, sentamos para
o jantar. A massa, já pela aparência, era uma delícia; os acompanhamentos,
ainda melhores. Meu namorado serviu o vinho. Achei o nome engraçado: Corvo.
Segundo ele, era de origem italiana. Brindamos e tomamos os primeiros goles.
Eu, sentadinha, de pernas cruzadas, o friozinho do estofado excitando a minha
pele nua.
Experimente o palmito, ofereceu.
Começamos a comer, saboreamos a salada, depois assaltamos o macarrão.
Amor, lembra os ovos que cozinhei, onde estão?, perguntou.
Tchan,
tchan, tchan, tchan..., respondi.
Como assim?
A surpresa!, falei.
Surpresa? Você os fez desaparecer?
Lembras uma vez que me sussurraste ao ouvido que sou tua galinha fofinha?
Você, minha fofinha?, falou ainda mastigando e saboreando a
comida.
Isso mesmo, galinha, franguinha.
E o que tem?
Já vais saber. Acho que tudo combina com esta noite, e como
me pediste para ficar peladinha, melhor.
Fui até o tapete.
Amor, vem até aqui, pedi.
Sentei de cócoras.
O que você vai fazer?, sua pergunta mostrava surpresa.
Não é nada disso que estás pensando. Perguntaste pelos ovos,
não? Coloca uma das mãos bem entre as minhas pernas.
Ele começou a achar excitante os meus movimentos.
Pronto, agora... Pari um dos ovos, bem sobre a palma de sua
mão.
Que maravilha!, estupefação da parte dele.
Calma, amorzinho, não esqueças que eram dois.
Coloquei para fora o segundo. Começamos então a saboreá-los.
Depois? Depois ele mergulhou dentro de mim. E eu engoli tudinho.
Depois? Depois ele mergulhou dentro de mim. E eu engoli tudinho.