segunda-feira, abril 22, 2013

Mais uma vez, por favor

Valdo sentou na cadeira e eu me coloquei de pé, as pernas abertas sobre suas coxas. Pouco a pouco fui abaixando, numa ligeira flexão, os músculos das coxas tensionados, todo o meu peso concentrado neles. Com facilidade consegui que me penetrasse. A sensação de prazer foi tanta, que tornou menor o meu esforço para sustentar o próprio corpo. Repeti os movimentos ascendentes e descendentes, ora engolia o seu pênis inteiro, ora permitia que escapasse até a extremidade. Cada vez que o empurrava de novo para dentro, eu emitia um gemido de prazer. Ao perceber próximo o gozo de meu namorado, intensifiquei os movimentos, queria o êxtase junto com ele. Durante alguns segundos imprimi tanta velocidade, que era certo ter os músculos doloridos no dia seguinte. Mas o prazer que eu sentia naquele momento compensava.

"Valdo, ainda bem que já mandei a crônica para o jornal, já passa das oito, achei que não voltarias,"

Ele nada retrucou, como era seu costume, apenas me beijou na boca, um beijo longo e saboroso.

"Por que demoraste tanto? Já estava desesperada."

"Tinha um assunto a resolver."

"E precisavas ter levado as minhas roupas?"

"Assim estaria mais perto de ti."

"Por que não me levaste junto?"

"Não podia, assunto de homens."

"Por que não me deixaste lá embaixo, eu a passear, a ver alguma vitrine?", sugeri.

"Queria ter certeza de que faria amor com você."

"Quase não consegues, estava prestes a alçar voo. A janela é larga."

"Mas você permaneceu pousada."

"Verdade. Mas agora quero minhas roupas, preciso ir embora. Gostaste da resistência de meus músculos?"

"Gostei de todos os teus músculos. Mas você ainda treme, o que há?"

"É o risco. Vi que entraste com as mão vazias."

"Verdade. O que você vai fazer?", sorriu e me soprou um beijo.

"Me come mais uma vez, vai, estou trêmula e arrepiada. Me come, assim fico calma. Depois dou um jeito."

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