Aquela estrada. Meu desejo crescia quando passava por ela.
Ai, gemi.
O quê?, ele quis saber.
Nada, sussurrei.
Cruzei as pernas, o vestido a me escapar. Continuou
dirigindo. Apenas nosso carro, faróis cortando a escuridão. Jorge sabia o que
significava meus ais. Mas esse namoradinho era inexperiente, acho que cortês
demais, sua preocupação era guiar. Cheguei a pensar em pedir que parasse, diria
que estava com vontade de fazer xixi, sairia e voltaria nua. Como ele reagiria?
Jorge que era bom, diferente. Mandava eu descer, tomava toda
minha roupa. “Espera um pouco que já volto”. Mergulhava na escuridão, adiante.
Eu, pra trás; ele cada vez menor, mais distante. Sumiam os faróis. Eu e à
noite. Meu coração aos saltos, toda molhada. O gozo. Mas um gozo diferente. Voltava
trinta minutos depois. Certa vez demorou uma hora, achei que não vinha. Acabei
aprendendo a gostar das situações perigosas. Não podia contar ao namoradinho.
Me chamaria de louca, masoquista. O desejo, porém, crescia. E como.
Para um pouco, vamos namorar, sugeri.
Nessa escuridão?, ele.
O que tem?, entra com o carro num atalho.
Tive de ensinar. Pronto, apenas nós e as estrelas. Ficamos a
olhar um ao outro. Me puxou pra junto dele. Um beijo na boca. Mãos sob meu
vestido.
Você quer transar aqui?, perguntou.
Hã hã, afirmei com cara de safadinha.
Tirou minha roupa.
Restou sutiã e calcinha.
Já cheguei em casa de sutiã calcinha, afirmei.
Jura?, conta então
como foi.
Você gosta de histórias, não? Conto, sim. Mas me tira
primeiro a calcinha.
Atendeu. Depois deitou o banco e abriu a calça. Puxei o
pinto. Dei uma mordidinha. Subi sobre ele, as pernas bem abertas. Me acertou de
primeira.
Espera, viu, não goza não, sei que está gostoso e que você
vai por um triz, mas vamos fazer bem demorado. E ainda tem a historinha...
A maioria dos homens são decepcionantes. E eu que queria
chegar em casa peladinha!
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