Célia pede que suas amigas escrevam histórias interessantes.
Não sou muito de escrita, mas vou contar algo engraçado que aconteceu comigo. Peço
a ela a devida correção para que este texto venha ter a elegância e o estilo
que costuma dar aos seus.
À época eu trabalhava numa pequena pousada, em M. Ficava na recepção,
mas também fazia outros serviços, como arrumar os quartos enquanto os hóspedes
saíam. Os frequentadores eram
costumeiros, trabalhavam durante alguns dias na cidade, no final
voltavam aos seus locais de origem, na semana seguinte retornavam, acabavam assim criando uma rotina de hospedagem e de amizade comigo e com a proprietária da casa. Sempre fui travessa, adoro namorar, mas naquele tipo de trabalho tentava me manter sob controle. Um dia, porém, houve um hóspede por quem me afeiçoei, alguém muito especial.
Conversava comigo como se fosse sua amiga de longa data, mostrava-me livros e
jornais sobre assuntos interessantes, como se eu fosse pessoa igual a ele. Com
o passar do tempo, começou a fazer algumas brincadeiras, dizia que eu era
bonita, chegou a perguntar se tinha namorado e se gostava de sair à noite
para uma bebida. Portei-me com naturalidade, respondendo o possível. Chegamos a
beber uma ou duas cervejas tarde da noite, na própria pousada, após o término do meu serviço. Certa vez acabamos abraçados junto às mesas, já arrumadas para o café da
manhã. Mas o principal veio a acontecer há duas semanas. Ele chegou à pousada por volta do meio-dia. Havia
apenas eu no local. Atendi-o e entreguei-lhe a chave do apartamento. Perguntou
se eu podia passar lá em cima um pouquinho depois, deu um sorrisinho malicioso
e subiu. Fiquei a pensar o que significava aquele sorriso, afinal, os homens
são muito parecidos uns com os outros, o que acontece na maioria das vezes é alguma diferença de educação. Era
o caso dele. Esperei quinze minutos e subi. Bati. Logo veio atender. Entre,
por favor, convidou. Entrei e me encostei à parede, ao lado da porta. Esperei para ver o que me aguardava. Mas ele parecia sem graça, permaneceu calado, como não soubesse o que
dizer. Vou ajudá-lo, pensei. Você está satisfeito com o quarto?, é de frente, pode
apreciar a rua, apontei. Você trabalha aqui faz tempo, não?, mostrou-se
interessando pelo meu trabalho. Respondi que sim, disse que já havia me
demitido duas vezes e depois voltado, a cidade oferece poucos empregos para uma
pessoa como eu. Você é bonita, não deve ser difícil arranjar emprego numa
empresa maior, sugeriu. Não é assim que as coisas funcionam aqui, não contratam
pela beleza, mas pela qualificação. Olhou-me de cima a baixo, mas com
suavidade. Depois se levantou e se aproximou. Coloquei as mãos na cintura e
esperei mais uma vez a iniciativa dele. Mas ele ainda permaneceu parado. Após alguns
segundos perguntou você pode ficar aqui um pouco, vai chegar alguém para se
hospedar? Acho que não, respondi, à hora do almoço o movimento é fraco. Segurou-me, então, pela cintura. Aceitei suas mãos e o abraço. Como era demorado
nos movimentos, desabotoei o botão da minha bermuda. Chegou mais perto e puxou o
fecho. A bermuda abriu-se e foi ao chão. Segurou no elástico da minha calcinha
e a desceu totalmente. Levantei os pés, um após o outro. Com aquela pequena
peça nas mãos ele a dobrou e guardou num de seus bolsos. Achei o gesto engraçado,
dei uma gargalhada. Não fiquei apenas sem a calcinha, deixou-me também sem a blusa e sem o sutiã! Inteiramente nua, encostada à parede, senti-me bem assim. Abraçou-me
e me apertou forte, contra a parede. O tecido de suas roupas sobre a
minha pele causou-me algum prazer. Jamais eu estivera numa posição daquela, nua
e agarrada a um homem vestido. Continuou abraçado ainda durante alguns
segundos. Em seguida, levou-me para cama, tirou toda a roupa e pediu que eu
sentasse sobre ele. No começo fiquei preocupada, vai me machucar, pensei ao
reparar o tamanho do seu peru. Mas fui ficando úmida, e a penetração acabou acontecendo. No início uma certa dorzinha, depois o prazer. Tanto maior quanto mais fundo me penetrava. Comecei a gemer e a dar alguns gritos. Eu estava mais à vontade que ele, por
isso senti mais prazer e cheguei a gozar primeiro. Pedi, então, que viesse
por cima. Mudamos de posição e ele me penetrou de novo. Não demorou a gozar.
Assim que acabamos, ouvimos a campainha. Vá à janela e olhe quem é, mas de modo disfarçado, sussurrou. Era a proprietária chegando com uma bolsa de
compras. E sua única funcionária pelada no quarto de um hóspede! Vesti correndo
a bermuda, a camiseta e desci aos saltos a escada. Abri a porta. Oi, Dona
Marinete, como vai, por que não pediu que eu fosse ao mercado pra senhora?
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