Ana havia sofrido um trauma há exatamente dois anos, por isso tinha desde então um pé atrás em relação aos relacionamentos com desconhecidos. A história foi a seguinte. Conhecera um homem também de outra cidade, chamado Luquesi. Após alguma conversa, decidiu encontrá-lo, mas ao chegar à casa do admirador deparou-se com alguém a princípio muito delicado, mas muito violento na hora de fazer amor. Ele tomava pílulas que deixavam seu peru duro durante toda a noite. A mulher carinhosa desejava o pênis do homem, porém em condições normais. O homem não gozava de jeito algum. Ela não conseguia fazer que ele parasse. Em determinado momento, passou um creme na vagina de Ana, dizendo que o produto lhe daria mais tesão e suavizaria a fricção. Ela acreditou. Mas o que aconteceu foi que o tal tornou-se mais afoito. Como toda mulher, ela tinha umidade própria, era comum ficar molhadinha quando trepava, mas ele insistia nas pomadas. Ao mesmo tempo, queria penetrar todas as entranhas da recente namorada. O resultado daquilo tudo foi que Ana além de não conseguir chegar ao orgasmo, voltou para casa ardida e decepcionada. Será que o novo admirador agiria da mesma forma? Para transar com ela era necessário, principalmente, muito amor, muitas carícias.
Depois de longos bate-papos com Joaquim, a coisa foi se tornando mais séria, os dois começaram a conversar sobre suas vidas íntimas. Ela dizia como gostaria de ser tocada por um homem, "amo que meu parceiro beije e acaricie meus seios, beije e passe a língua no meu grelo, assim como também irei chupar o seu pau". Joaquim concluiu que poderia fazê-la muito feliz sexualmente, falava o que ia praticar na cama, deixando a mulher excitadíssima. Os dois se olhavam através de câmeras. Tudo caminhava como queriam. Como estavam longe um do outro, tiveram vontade de se encontrar. Joaquim fazia de tudo numa casa quando se tratava de reformas. Um conhecido rico propôs a ele que reformasse uma de suas mansões, no bairro Santa Rosa, em Niterói. Joaquim tinha um casebre em São Pedro da Aldeia, mas estava em Santa Rosa a trabalho. E continuava todas as manhãs e noites teclando com Ana, trocando amores e seduções. Numa quarta-feira, chegou ao topo final da vontade de tocá-la e ser tocado por ela. Convidou-a a visitá-lo na quarta mesmo. Ela, entretanto, não poderia ir, tinha consulta marcada para quinta pela manhã. Prometeu que iria depois de ser consultada.
Na hora marcada, reuniu seus pertences numa pequena bolsa, inclusive peças íntimas de renda vermelha. Tomou a condução, no caminho conversaram através de áudios.
Quando chegou à rodoviária, ele enviou uma mensagem dizendo que estava tomando café no barzinho do lado direito. Os dois haviam trocado fotos de como estavam vestidos e isso facilitaria o encontro. Porém ao saltar do ônibus e dirigir-se ao barzinho combinado, quem Ana avista a cinquenta metros do local? Luquesi. Era ele, sim, não tinha dúvidas. Será que ele tramara todo aquele enredo?, talvez não houvesse nenhum novo admirador, ela caíra na armadilha. Ana correu na outra direção. Foi então que sentiu alguém tocar-lhe o braço. Voltou-se, assustada, pensando no pior. Mas o homem que estava às suas costas era Joaquim. Que alívio.
“Vamos sair daqui o mais rápido possível”. Ana tomou-o pelo braço e correram dali.
“O que houve?”, ficara assustado, “você é casada e está
fugindo do marido?”
“Nada disso”, Ana sorriu, pois já não tinha marido havia anos, “depois te conto.”
Atravessaram a rua em direção a um ponto de ônibus, a condução que os levariam até a mansão.
Joaquim, todo garboso, fez um jantar para Ana. Conversaram bastante, e os dois começaram a namorar. Primeiro na cozinha; depois, no banheiro, aonde foram tomar banho juntos. A mulher estava muito feliz, porque aquela noite estava prometendo. Os dois ocuparam a cama de casal do quarto principal da mansão. Foi tudo como tinha de ser. Ana e Joaquim arrasaram. A transa durou duas horas, com todo o carinho que ela desejava. Enfim, dormiram satisfeitos um com o outro. Duas noites e um dia Ana passou, naquele maravilhoso lugar, com Joaquim. Ainda bem que ele esqueceu de perguntar por que ela, ao chegar à rodoviária, correra tanto.
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