segunda-feira, fevereiro 15, 2021

Me agacho e fico escondidinha

Tenho um namorado que me conta histórias no momento do amor. Muitas mulheres já viveram experiências semelhantes e muitas ficariam envergonhadas caso escrevessem o que ouviram. Como tais histórias sempre mexem comigo, despertam-me sensações que não viveria sem elas, acho importante narrá-las.

Certa vez, no trabalho, tive uma amiga que dizia que contava sacanagem no ouvido do namorado no momento do sexo. Por isso, não havia homem capaz de deixá-la. Caso quisesse, poderia ainda estar com todos os homens que conheceu, tal era o poder que suas histórias exerciam sobre eles. “Minhas histórias são uma varinha de condão, deixo todos enfeitiçados, sem elas não tenho poder algum. O pior que me poderia acontecer seria não mais poder contá-las.”

Uma das histórias que meu namorado contou tinha a ver com uma bolsa de butique, na qual sempre me traz presentes. Como sabe o ponto fraco das mulheres, está sempre no shopping a me comprar roupas e outros objetos. Eu estava vendo um programa de TV, olhe que vestido lindo. Na semana seguinte, lá veio ele com o vestido dentro da bolsa. Olhe que chapéu delicioso. Dois dias depois, o chapéu sobre minha cabeça. Olhe o foulard, maravilhoso. Não demorou três horas eu o recebi.

Acho que essa bolsa é encantada, disse eu, tem sempre coisa bonita dentro. O que a tornou assim tão plena de magia?

Ele vem, então, me beijar. Beijo demorado; eu, segurando a bolsa.

Vou te fazer uma surpresa, disse a ele. Você me dá tantos presentes, me conta tantas histórias estimulantes, logo merece uma surpresa bem excitante.

Chegou o dia da minha façanha. Agarrei o homem e comecei a beijá-lo, a apertá-lo. Tirei a roupa, me atirei nua no colo dele. Meu corpo quente eu esfregava no dele. Tirou a roupa e deitamos. No meio da quentura do amor, falei você não quer me levar pelada pra passear? Pelada?, a tal surpresa.

Ele, que me dá tantos presentes, ia me levar nua por aí. Acho que chegou a refletir se era uma atitude sensata.

Amor, vou nua, mas levo a roupa na bolsa de butique.

Façamos melhor, ele estava eufórico. Você vai nua, eu trago a bolsa com roupas novas.

Namoramos com mais entusiasmo. Deixei que gozasse dentro de mim, tão excitada eu estava.

Chegou o dia de passear nua. Saí da casa para o quintal e dali para a garagem. Corri à direção do carro. Estava como vim ao mundo, só que vinte e três anos depois. Depois de me abrir a porta do passageiro, deu a volta e entrou. Não vi a bolsa em suas mãos, mas nada perguntei.

Dirigiu à orla marítima de M. Deu várias voltas. Vamos saltar, falou quando chegamos ao final da praia. Como estava escuro, descemos até perto da beira d’água. Sua estatura maior cobria minha nudez. Ficamos agarrados um ao outro por vários minutos.

"Amor, pegue a bolsa, pode aparecer alguém, nesse lugar sempre aparece algum desavisado."

"Bolsa, que bolsa?"

"A de butique, com minhas roupas novas dentro."

"Amor, ainda preciso comprá-las", falou achando que era a proposta da tal aventura.

Confesso que depois de suas últimas palavras, fiquei molhadinha.

"Amor, toca aqui, sente o que aconteceu."

Ele não resiste. Lógico que não tira a roupa, mas põe o pênis para fora e, ali mesmo, me penetra.

"Mete, amor, mete bem, depois que acabarmos vamos ao shopping, não tem problema, me agacho e fico escondidinha dentro do carro", falo enquanto ele me come.

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