Tenho um namorado que me conta histórias no momento do amor. Muitas mulheres já viveram experiências semelhantes e muitas ficariam envergonhadas caso escrevessem o que ouviram. Como tais histórias sempre mexem comigo, despertam-me sensações que não viveria sem elas, acho importante narrá-las.
Certa vez, no trabalho, tive uma amiga que dizia que contava
sacanagem no ouvido do namorado no momento do sexo. Por isso, não havia homem
capaz de deixá-la. Caso quisesse, poderia ainda estar com todos os homens que
conheceu, tal era o poder que suas histórias exerciam sobre eles. “Minhas
histórias são uma varinha de condão, deixo todos enfeitiçados, sem elas não
tenho poder algum. O pior que me poderia acontecer seria não mais poder contá-las.”
Uma das histórias que meu namorado contou tinha a ver com uma
bolsa de butique, na qual sempre me traz presentes. Como sabe o ponto fraco
das mulheres, está sempre no shopping a me comprar roupas e outros objetos. Eu
estava vendo um programa de TV, olhe que vestido lindo. Na semana
seguinte, lá veio ele com o vestido dentro da bolsa. Olhe que chapéu delicioso.
Dois dias depois, o chapéu sobre minha cabeça. Olhe o foulard, maravilhoso.
Não demorou três horas eu o recebi.
Acho que essa bolsa é encantada, disse eu, tem sempre coisa
bonita dentro. O que a tornou assim tão plena de magia?
Ele vem, então, me beijar. Beijo demorado; eu, segurando a
bolsa.
Vou te fazer uma surpresa, disse a ele. Você me dá tantos
presentes, me conta tantas histórias estimulantes, logo merece uma surpresa bem
excitante.
Chegou o dia da minha façanha. Agarrei o homem e comecei a
beijá-lo, a apertá-lo. Tirei a roupa, me atirei nua no colo dele. Meu corpo
quente eu esfregava no dele. Tirou a roupa e deitamos. No meio da quentura do
amor, falei você não quer me levar pelada pra passear? Pelada?, a tal surpresa.
Ele, que me dá tantos presentes, ia me levar nua por aí.
Acho que chegou a refletir se era uma atitude sensata.
Amor, vou nua, mas levo a roupa na bolsa de butique.
Façamos melhor, ele estava eufórico. Você vai nua, eu trago
a bolsa com roupas novas.
Namoramos com mais entusiasmo. Deixei que gozasse dentro de mim, tão excitada eu estava.
Chegou o dia de passear nua. Saí da casa para o
quintal e dali para a garagem. Corri à direção do carro. Estava como vim ao
mundo, só que vinte e três anos depois. Depois de me abrir a porta do
passageiro, deu a volta e entrou. Não vi a bolsa em suas mãos, mas nada
perguntei.
Dirigiu à orla marítima de M. Deu várias voltas. Vamos
saltar, falou quando chegamos ao final da praia. Como estava escuro, descemos
até perto da beira d’água. Sua estatura maior cobria minha nudez. Ficamos agarrados um
ao outro por vários minutos.
"Amor, pegue a bolsa, pode aparecer alguém, nesse lugar sempre
aparece algum desavisado."
"Bolsa, que bolsa?"
"A de butique, com minhas roupas novas dentro."
"Amor, ainda preciso comprá-las", falou achando que era a
proposta da tal aventura.
Confesso que depois de suas últimas palavras, fiquei
molhadinha.
"Amor, toca aqui, sente o que aconteceu."
Ele não resiste. Lógico que não tira a roupa, mas põe o pênis para fora e, ali mesmo, me penetra.
"Mete, amor, mete bem, depois que acabarmos vamos ao shopping, não tem problema, me agacho e fico escondidinha dentro do carro", falo enquanto ele me come.
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