terça-feira, abril 13, 2021

Trepadeira

Deixe guardar no meu bolso, ele disse, notando meu desconforto. Não gosto dessas coisas, falei sem alternativa, foi você que teve a ideia. Estávamos no seu carro, um veículo largo, bonito, ele ao volante, tinha parado junto ao último poste da orla, de onde se podia descer à beira do mar ou caminhar à direita, para um local da praia que se mostrava quase selvagem. Nós temos minha casa, a tua, não entendo por que você quer aqui, no meio do nada, um desconforto. É a oportunidade, você não acha um tanto excitante?, ele. Nada disso, sou conservadora, você me conhece. Então, voltou ele à iniciativa, por que você tirou a calcinha? Ah, fiz uma fisionomia de vítima, foi você quem pediu, você sempre a me desafiar, a dizer que eu gosto de situações extravagantes, mas não é verdade.

Arrastou-me para perto de si, o vestido subiu mais um pouco deixando minhas coxas de fora. Espera, espera, por favor, assim vai estragar minha roupa, custou caro. Pronto, está satisfeito?, eu disse depois de tirar o vestido e colocá-lo no banco traseiro. Deslizou as mãos sobre o meu ventre, tentou beijar o bico dos meus seios, um após o outro. Assim, está bom, falou. Já pensou se surge alguém?, expressei meu temor olhando para um lado e para o outro. Está escuro,  já é tarde, pareceu entender minha preocupação. O homem era forte, levantou-me, como se eu fosse uma pena, e posou-me atravessada, sobre seu colo, ele ainda vestido. Você não tem coragem de ficar pelado, ri depois da última palavra. Homem nu é muito feio, rebateu. Não acho, adoro homens nus. Ah, sabia, você gosta de todos os homens nus, não apenas eu. Claro, gosto de me divertir, você é mais um deles. Riu, beijou-me. Vá entender as mulheres, acabou sussurrando no meu ouvido enquanto deslizava uma das mãos descendo as minhas costas. Põe o peru para fora, vai, você está me deixando a mil. Meu peru desapareceu, ele disse, e apertou minhas nádegas, fez que meus seios roçassem sua blusa. Oh, desapareceu, como isso é possível, fiz ar de surpreendida, então vou sair correndo pela praia, quero um homem que tenha um peru, e um peru bem grande. Desci a mão direita para o fecho da sua calça e o abri, afastei-me de seu colo e mergulhei a boca sobre seu seu pênis, que cresceu mais ao sentir minha língua. Lembrei Olga, uma amiga que já não morava na cidade. Certa vez, para criar surpresa, enquanto chupava o sexo do namorado, numa situação muito parecida com a que eu estava, abriu de repente a porta do automóvel e pulou fora. O homem quase morreu do coração. Venha me pegar, ela gritou. E desceu à areia da praia. Ele demorou a pegá-la. É o que dá namorar mulher quinze anos mais nova. Eu ali, no entanto, não agiria destemperada. O que desejava mesmo era aquele peru imenso dentro de mim. Amor, vamos para casa, você tem razão, vamos trepar numa cama, alertou. Nada disso, agora quero aqui, você inventou isso, tem de assumir. Abri as pernas, um tanto desajeitada sobre ele, o volante a roçar minha bunda. Deve ser bom dirigir com o traseiro, deixei escapar, enquanto tentava fazê-lo penetrar minha xereca. Às vezes tenho vontade de algumas ações perigosas, como fez Olga ao correr nua. Você já saiu nua da garagem com um namoradinho de ocasião, ele disse, enquanto eu saltava sobe seu peru. Garagem?, fiz que não entendia. Manobra direitinho, vai, manobra e estaciona o teu Mercedes dentro da minha buceta; já viu garagem mais confortável? Não demorou, o homem gozou. Que mela mela! Saltei pela porta do passageiro e fiquei agachada, ao lado do carro, esperando a porra do namorado escorrer para o chão terroso da parte alta da praia. Depois de alguns segundos, falei: me dá, amor, está no teu bolso, vai ajudar resolver a situação. O que está no meu bolso? Não lembra? Minha calcinha.

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