O marido de Milena adora me paquerar, onde quer que me encontre, está a me dizer elogios, a me olhar de um jeito apaixonado. Antes dela, ele me namorou, inventava uma porção de artifícios para a nossa relação se tornar cada vez mais ardorosa. Subia a ladeira onde moro, eu aparecia à porta, saía para a calçada, ele me abraçava, me beijava e dizia vamos apreciar essa paisagem maravilhosa, tão atraente como você. Depois, entrávamos. Nosso ardor caminhava pela sala, cozinha e terminava no quarto. Minhas poucas roupas espalhadas pela casa. Às vezes, me convidava para passear, alugava um desses carros grandes, com motorista, me levava então pela orla marítima: Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon etc. Um dia, porém, fez a pergunta crucial: Márcia, quer casar comigo? Não, por favor, casamento, não. Ele não entendeu a minha negativa. Não era pelo casamento ser com ele, mas com qualquer um. Por mais que eu falasse, faltavam-me argumentos para fazê-lo acreditar. Pouco a pouco, diminuiu suas vindas à minha casa, até que um dia, aproximou-se, me beijou e disse tenho uma coisa para te dizer. Esperou minha reação. Continuei olhando-o, como se quisesse que falasse logo. Disse vou me casar com a Milena.
Não posso afirmar que não fiquei triste com a notícia. Pouco
a pouco, no entanto, passei a lhe estimular. A Milena é minha amiga, deve estar
muito feliz. Veio ela à minha casa, com o convite de casamento, me informou que eu seria a madrinha. Aceitei.
Preparamos nossos vestidos para a cerimônia. O dela, de noiva, é lógico; o meu,
muito parecido, mais discreto no entanto.
Aconteceu o casamento. A festa foi ótima. Muita bebida e
comida, uma delícia. Adoro champanhe. No final, ela veio falar comigo, disse
você continue amiga do meu marido, viu, ele vai ficar muito feliz, vamos
aproveitar porque a vida é breve, completou.
Depois que a vida de marido e mulher se estabeleceu entre os
dois, ele quase sempre passava lá em casa antes de ir para junto da Milena. A
gente conversava e conversava, ele me abraçava, me apertava e me beijava na
boca. Sempre nos beijamos na boca, não iríamos interromper por causa do
casamento. Ele tinha um jeito todo especial de me excitar, nada mudou em seu
comportamento, e eu não iria dizer que um homem casado não podia praticar tal e
tal ação com uma mulher que não fosse a esposa.
Numa sexta-feira, ele e Milena vieram me buscar, me
levaram com eles para passear. Milena disse temos os mesmos direitos, eu e
minha madrinha! Ficamos as duas agarradas ao homem; ela, muito contente.
Jantamos, dançamos e namoramos os três. Já passava da meia-noite quando me
deixaram em casa.
Ele, sempre quando vinha ao meu encontro, ficava mais de
meia hora; depois, ia embora todo excitado. Gostava de fazer as preliminares
comigo antes de ir à Milena. Não me importava, porque me dava muito prazer. Eu
dizia toma cuidado, não vai gozar comigo e deixar a Milena na mão, aqui é
apenas o esquenta. Ele ria, e me beijava, todo fagueiro. Algumas vezes, quando
nos agarrávamos dentro da minha casa, estava vestida com um minivestido, ou
minissaia, ele introduzia sua mão por entre as minhas pernas e passava um gel na
altura da minha vagina. Que delícia a sensação, o tal produto começava
geladinho, depois ia esquentando, esquentando, até que eu não podia mais. Então
introduzia seu pênis, me deixando doidinha. Eu não demorava a gozar. Ele mantinha
o controle, me dava prazer sem perder o seu, ia embora porque sabia que Milena
queria a parte dela.
Mas num dia desses a gente namorava a toda prova, o gel
fazendo maior efeito, esquentando, eu a mil por hora. De repente, eu disse hoje
fica mais um pouco, não vai agora, não. Deitamos na minha cama, mais conforto
do que namorar na sala, ele sempre sobre mim. No final, uma explosão. Quando me
senti toda meladinha, perguntei Oswaldo, quer que eu ligue pra Milena? Aposto
que ela vai compreender.
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