“Como eu sempre gostei de praia, não hesitava em pensar duas
vezes nos dias de sol”, começou ela a historieta, “certa vez um homem me convidou
para acompanhá-lo, iria a um ponto distante na longa orla, onde poderíamos
desfrutar de tranquilidade e privacidade. Achei engraçadas as duas palavras: tranquilidade e privacidade.
Como sempre gosto de novidades, aceitei. Esperei por ele à porta de casa. Ao chegarmos à tal praia, observei que ele tinha razão, não
havia sequer uma pessoa no local, o mar e a natureza estavam ali apenas para nós. O explodir das ondas ecoava, às vezes intimidava, devido à sua força
selvagem; próximo à areia, formara-se uma banheira,
consequência das ondas noturnas que explodiram continuamente sobre o local. Após me aquecer sob o sol, entrei naquele trecho de mar, uma espécie de pequena
lagoa que podia fazer o papel de divertimento para crianças. Meu
enamorado perguntou se eu tinha coragem de tomar banho de mar nua. Por que
não?, respondi. Desfiz-me das duas peças e entrei. Adorei.”
Na véspera o namorado visitou-me, tivemos uma ótima
noite de amor. Como é muito carinhoso, desmanchei-me nos seus braços. Mas pela
manhã, ele partiu, precisava trabalhar. Eu, apesar de todas aquelas horas passadas ao seu lado, ainda sentia uma ponta de excitação.
Saí de casa às 7h30 e desci à praia. Foi então que lembrei a voz da amiga e da história acima. Só que na minha cidade, o mar bate contínuo, violento, selvagem. Quem deseja enfrentá-lo precisa aprender a disciplina das artes marciais, sobretudo as orientais. Andei pela linha d’água, vez ou outra respingos das ondas bravias molhavam-me o rosto e a canga violeta que eu enrolara no corpo. Após caminhar cerca de quinhentos metros na direção norte, descobri um pedaço de praia onde as ondas não estavam tão intensas. Despi-me do tecido e mergulhei. A temperatura da água estava ótima, talvez um pouco fria, mas eu gostava assim. Pensei de novo na amiga, a tomar banho de mar nua numa praia distante. Tive a mesma vontade, mas permaneci vestida pelas minhas duas peças. Depois de uns quinze ou vinte minutos, saí da água. O vento envolveu-me másculo, quase a me convidar, como jovem amante. Naquele momento descobri algo que me agradaria. Nada de andar nua à beira-mar. Enrolei a canga no meu corpo, um modo de me aquecer e de escapar do chicotinho de areia levantado de surpresa pelo mesmo vento. Mas resolvi tirar a calcinha do biquíni. Isso mesmo, permaneci de top e com o pano a me cobrir. Continuei a caminhar só, sobre as areias da praia ancestral. As mulheres são insaciáveis, vocês hão de dizer. Apesar do namorado e da noite anterior, eu procurava aventura. Algum leitor deve estar imaginando que surgiu um homem fenomenal, indescritível na beleza, atleta invencível. Nada disso. Surgiu sim, mas um pescador local, que por sinal eu conhecia. O homem cumprimentou-me respeitoso e continuou em frente. Satisfazer uma mulher é sempre muito difícil, pensei ao me ver sozinha de novo. Voltei, vagarosa, olhava toda aquela paisagem sempre envolvente. Ainda na praia, quando me aproximava do ponto próximo ao acesso à rua onde moro, comecei a sentir certa quentura entre as pernas. Já passara por aquela sensação, na maioria das vezes acontecia de modo involuntário. Caso eu tentasse provocar a tal sensação, não conseguia. Ela foi crescendo, crescendo, meu coração agitando-se, até que fui tomada de uma alegria indescritível. Parei de caminhar, pousei os braços sobre as coxas e esperei o que viria a seguir. Um orgasmo e tanto. Que me deixou trêmula. Respirei fundo para me refazer, voltei-me ao mar e apreciei o horizonte. Não segui para casa naquele momento. Permaneci na faixa de areia e caminhei na direção sul. Sentia-me molhadinha entre as pernas. E não era por causa das águas do mar. Ao chegar ao Remanso, dei-me com algumas pessoas. Pelas suas fisionomias, adivinhava-se que desejavam aproveitar o sol e o mar. Senti sede. Subi ao calçadão e encontrei um dos quiosques aberto. Pedi, então, uma Coca-Cola.
Saí de casa às 7h30 e desci à praia. Foi então que lembrei a voz da amiga e da história acima. Só que na minha cidade, o mar bate contínuo, violento, selvagem. Quem deseja enfrentá-lo precisa aprender a disciplina das artes marciais, sobretudo as orientais. Andei pela linha d’água, vez ou outra respingos das ondas bravias molhavam-me o rosto e a canga violeta que eu enrolara no corpo. Após caminhar cerca de quinhentos metros na direção norte, descobri um pedaço de praia onde as ondas não estavam tão intensas. Despi-me do tecido e mergulhei. A temperatura da água estava ótima, talvez um pouco fria, mas eu gostava assim. Pensei de novo na amiga, a tomar banho de mar nua numa praia distante. Tive a mesma vontade, mas permaneci vestida pelas minhas duas peças. Depois de uns quinze ou vinte minutos, saí da água. O vento envolveu-me másculo, quase a me convidar, como jovem amante. Naquele momento descobri algo que me agradaria. Nada de andar nua à beira-mar. Enrolei a canga no meu corpo, um modo de me aquecer e de escapar do chicotinho de areia levantado de surpresa pelo mesmo vento. Mas resolvi tirar a calcinha do biquíni. Isso mesmo, permaneci de top e com o pano a me cobrir. Continuei a caminhar só, sobre as areias da praia ancestral. As mulheres são insaciáveis, vocês hão de dizer. Apesar do namorado e da noite anterior, eu procurava aventura. Algum leitor deve estar imaginando que surgiu um homem fenomenal, indescritível na beleza, atleta invencível. Nada disso. Surgiu sim, mas um pescador local, que por sinal eu conhecia. O homem cumprimentou-me respeitoso e continuou em frente. Satisfazer uma mulher é sempre muito difícil, pensei ao me ver sozinha de novo. Voltei, vagarosa, olhava toda aquela paisagem sempre envolvente. Ainda na praia, quando me aproximava do ponto próximo ao acesso à rua onde moro, comecei a sentir certa quentura entre as pernas. Já passara por aquela sensação, na maioria das vezes acontecia de modo involuntário. Caso eu tentasse provocar a tal sensação, não conseguia. Ela foi crescendo, crescendo, meu coração agitando-se, até que fui tomada de uma alegria indescritível. Parei de caminhar, pousei os braços sobre as coxas e esperei o que viria a seguir. Um orgasmo e tanto. Que me deixou trêmula. Respirei fundo para me refazer, voltei-me ao mar e apreciei o horizonte. Não segui para casa naquele momento. Permaneci na faixa de areia e caminhei na direção sul. Sentia-me molhadinha entre as pernas. E não era por causa das águas do mar. Ao chegar ao Remanso, dei-me com algumas pessoas. Pelas suas fisionomias, adivinhava-se que desejavam aproveitar o sol e o mar. Senti sede. Subi ao calçadão e encontrei um dos quiosques aberto. Pedi, então, uma Coca-Cola.
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