As festas na casa da Andreia sempre são ótimas. Todos se divertem a valer. Muita dança, comidinhas, coquetéis, e cada rapaz lindo... Acho que o forte dessas festas sempre foi a numerosa presença deles. Por aqui, na cidade, há o costume de se dizer que sobram mulheres, acho que mais ou menos três para cada homem. Nas festas organizadas pela minha amiga, porém, as mulheres sempre podem escolher. São tantos os rapazes bonitos.
Ontem, Andreia organizou mais uma de suas festas. Acho que viu o filme “A rede social”, a tal fita sobre o facebook. Ainda não assisti, mas dizem que é ótima. Algumas amigas estão comentando que as comemorações encenadas no filme foram inspiradas nas da Andreia. Isso mesmo, festas com garotas de biquíni é com a minha amiga. Ela programa tudo direitinho. Em determinada hora, entramos em cena. Antes dançamos vestidas, maravilhosas, mas há o momento em que deixamos de lado saias e vestidos para aparecermos apenas de biquíni. As mulheres adoram ficar nuas; os homens, de apreciá-las. No momento em que dançamos de biquíni, eles podem chegar bem perto, soprar versos em nossos ouvidos, nos paquerar e, enfim, tocar nossos belos corpos. No final, corremos deles e aparecemos de novo vestidas.
Mas na festa de ontem, fomos um pouco além. A dona da casa sempre pede que não fiquemos nuas por inteiro. E sempre respeitamos. Caso um dos rapazes nos agrade, depois de tudo acabar vamos embora com ele. Daí em diante é por nossa conta. Esforçamo-nos para continuar respeitando essa regra básica. Mas não foi fácil, ou melhor, ontem foi impossível. Apesar de tudo, a festa continuou com beleza e brilho. Fingimos que não aconteceu nada demais.
Quando chegou a vez de eu e Marina dançarmos depois que se apagaram as luzes pela terceira vez, os rapazes estavam eufóricos. Pena que não existe adjetivo para designar um biquíni tão pequeno como o meu. As luzes recomeçaram a piscar, a girar, a música a nos envolver, enfim, demos tudo de nós. Um deles – dançava bem o rapaz – aproximou-se, chegou juntinho a mim e, num gesto mágico, desfez os meus lacinhos. A calcinha desapareceu nas suas mãos. Nem me incomodei, já estive nua em outras festas. Adorei. Temi pela Andreia, porque, para ela, nu total jamais. Diz que temos de ter limites, pelo menos na sua casa. Ainda preciso falar sobre a Marina, que entrou comigo na pista. Ela ficou sem o sutiã, obra de um jovem de cabelos louros, que veio pela primeira vez. Não deixamos de dançar, as duas; ela, com os seios nus; eu, sem a calcinha. Delírio total. O meu rapaz soprou, num rodopio da dança: te levo nua no meu carro. Nua, nua?, incentivei. Isso, bem nua!, repetiu. Fiquei toda arrepiada. Continuamos a dançar, e eu a suspirar. Quando a música estava prestes a acabar e veio o sinal para darmos a vez às próximas duas mulheres, corri. Mas ele me segurou e, num vão mais escuro, me beijou.
Quando Andreia me viu, eu ainda nua, lamentei: liga não. Ela riu e completou: você está uma gracinha!
Logo depois, o rapaz de novo. E o seu carro... delírio total!
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