Hoje, primeiro de abril, recebi esta mensagem. Será verdadeiro o que vai nela?
Vieste aqui, bebeste uma garrafa de vinho francês. Tiraste toda a roupa! Desfilaste de salto alto. Peladinha. Tuas pernas, como se agissem por conta própria, afastaram-se uma da outra, convidaram-te a mergulhar num céu de diamantes. Mas depois tua face enrubesceu, e pareces que vens envergonhada até hoje, com raiva de ti mesma. Acho que te arrependeste porque te deixaste levar pelo grito do próprio corpo. Mas foi tão bom! Volta, não demora. O papel de mulher envergonhada não cabe a ti. Enumeremos alguns argumentos a teu favor.
Houve uma outra vez em que fomos à praia e, pelo que me pareceu, não sentiste vergonha alguma. Lembras? Deixei-te nua dentro d’água. Lógico que estavas preparada; já tinhas sido instigada por uma mensagem minha à qual respondeste que não haveria problema algum tirares toda a roupa, colocavas-te como a mulher mais corajosa do mundo.
Ficamos num pedaço de areia semideserto, entramos n'água – que não estava fria – e me permitiste furtar o teu biquíni. Nua por inteiro, coberta apenas pela água azul-clara do mar, sorriste-me ingênua como jamais. Passou um homem, ele não percebeu. Abracei-te pelas costas, o corpo nu roçando o meu. Tuas duas peças, longe, lá junto ao guarda-sol. Ao sair d’água, ainda nua, estendi a toalha, correste em minha direção. Mas qual touro que não alcança o pano vermelho, driblei-te. Permaneceste ereta, a estudar o terreno, mas assustadiça, uma das mãos a cobrir os seios e a outra... Mais tarde ainda voltamos mais uma vez à praia. Sentaste na areia. Ao entardecer te atiraste a mim, ainda nua; enfim, aconteceu... No final do dia, voltamos no meu carro, tu ao meu lado, no banco do carona, enrolada apenas na toalha curta.
Faz dois anos outro fato. Vieste aqui numa noite de sábado. Tirei toda a tua roupa. Fomos passear. Vestiste apenas uma camisa minha; fazias de conta que era um vestido curto; portaste-te sóbria, como uma mulher que veste para o passeio. Depois, ao descermos Santa Teresa, numa das escadas levantei-te a barra da camisa. Não satisfeita, pediste: tira tudo. Voltaste, enfim, nua! Como gozamos, os dois ao mesmo tempo.
Outra vez, salvei-te. Bateste nua à minha porta, eram três da manhã. Apenas a bolsa e, sob os pés, sapatos de salto. Estavas assustadíssima. Eu, ainda com cara de sono, olhei surpreso tua nudez. Nunca me contaste o que aconteceu naquela madrugada. Ao amanhecer, saí para comprar-te uma roupa. Um vestido bem curto, só de provocação. Vestiste-o, beijaste-me e foste embora. Não disseste palavra alguma.
Agora, não queres responder às minhas mensagens, mostra-te amuada por causa da última vez. Mas vê, sobretudo, as coisas sempre aconteceram de modo a te favorecer. E, a mim, de proporcionar desejo e satisfação.
Não faltes. Caso vaciles, da próxima vez que bateres aqui em dificuldades não serei tão cavalheiro.
Tenho mais uma boa nova: um presentinho. Sei que não és mercenária, mas sabes como são vaidosas as mulheres. Como aprecias, comprei uma medalhinha de ouro. Ao te colocares nua, haverá algo mais a brilhar além do teu corpo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário