quarta-feira, setembro 25, 2013

Não me faças voltar nua pra casa!

Esses namoradinhos que arranjo são fogo, cada um com a sua mania. Será que já não basta fazer amor? Sou tão carinhosa, beijo maravilhosamente, minhas mãos leves deslizam mil favores sobre o corpo de todos eles. Mas de um tempo para cá têm aparecido alguns que me pedem coisas extravagantes. Uns me querem vestidas com roupas hipersensuais, enquanto outros desejam passear abraçados a mim mas acrescentam apenas um detalhe: que eu vá nuinha. Quem lê os meus relatos sabe que já andei pelada pela cidade várias vezes; outro dia, porém, apareceu um que me pediu para sair nua durante o dia.

Durante o dia é demais, reclamei.

Deixo então você vestir um casaquinho, já que a temperatura anda amena.

E veio ele com o casaquinho. Na verdade transformou-se num vestidinho de mangas compridas, curtinho, o problema é que tinha poucos botões.

Será que posso usar um top por baixo?, perguntei.

E lá veio o top, também trazido por ele, na verdade uma tarja de malha da mesma cor do casaco.

Vamos ao cinema, sugeriu.

E fomos, optamos por um dos cinemas do Shopping.

Posso garantir que algumas pessoas observaram com muito interesse o meu minivestido, depois voltavam os olhos para o meu rosto. Algumas até sorriram. Duas adolescentes comentaram alguma coisa depois de me repararem demoradamente. Talvez pensassem que eu lançava uma nova moda.

Eu, com o vestido subindo enquanto caminhávamos para a sala de cinema, não tinha nada a fazer para que voltasse ao comprimento original, pois carregava um imenso saco de pipocas.

Puxa pra mim o casaquinho, vai, bem na barra, pedi ao namoradinho. Eu tentava um mínimo de indiscrição.

Ele fazia de conta que ajeitava para mim.

Assistimos ao filme. Quando saímos, abracei o rapaz e o beijei, fiquei agarrada a ele no estacionamento, bem junto ao nosso carro, um abraço  frente a frente, assim as pessoas não podiam reparar que eu estava nua. Ao mesmo tempo, eu aproveitava o beijo gostoso que trocávamos.

Amor, posso pedir mais uma coisa?, ele, ansioso.

Já sei o que você quer.

Vamos ver se você adivinha.

Agora queres que eu tire o casaco, pronunciei ressaltando a conjugação do verbo.

Queres?, ele repetiu.

Eu quero, tu queres, falei e sorri.

E então?

Desabotoei o casaquinho ainda do lado de fora do automóvel. Já anoitecera, outras pessoas que deixavam o Shopping procuravam seus veículos.

Amor, assim vamos presos, falou preocupado, pedi a você que tirasse o casaco, mas era para desabotoar dentro do carro.

Eu, já nua, atirei o agasalho a ele, apenas a faixa azul marinho me cobria os seios. Encostei então na carroceria e pedi vem, me abraça, assim ninguém repara,

E ficamos ali, um grudado ao outro, por pelo menos um quarto de hora.

No final, acho que eu o despertei ainda mais com uma indevida sugestão:

Amor, só te faço mais um pedido, não me faças voltar nua pra casa!

sexta-feira, setembro 20, 2013

Você gosta de deixar as mulheres nuas

Depois da meia-noite acontecem coisas estranhas. Paquerei um cara durante a semana inteira. Acabei que consegui sair com ele. Conhece o Ilhote Sul? É um restaurante chique, não preciso dizer. Ele me convidou e ofereceu: peça o que quiser. Aproveitei. Bebi vinho italiano, tão caro. Então começou ele uma conversa estranha. Disse que conheceu um ex-namorado meu. Revelou até mesmo alguns segredos meus. Não sei como descobriu que andei nua de madrugada pela cidade. Ele narrava com um arrepio. Não sei se foi o vinho italiano ou se já viera com a intenção. Você vai embora nua?, perguntou. Quando eu era mais nova, duas ou três vezes fui, mas agora, acho que não, respondi. Mas você é tão bonita, acrescentou. Mais bonita vestida, retruquei. Melhor nua, não?, pediu. Estou gorda, não gosto de tirar a roupa depois de comer tanto, já pensou se me flagram com essa barriguinha?, adverti. Até que é sensual?, contra-argumentou. Sensual?, eu quis saber. A sua barriguinha, emendou. Pensei que você fosse dizer que não tenho barriga alguma, debochei. Bem, amor, na verdade afirmo que: você não tem barriga não, mas, continuando, sei que gosta de um presentinho, aliás, toda mulher gosta; que tal uma pulseirinha de ouro?, sugeriu. De ouro?, redargui. Isso, de ouro, assegurou. Mas hoje é tão difícil, quase ninguém dá ouro de presente, acrescentei. Dou e provo, falou e mostrou a pulseira. Era realmente de ouro. Então?, recolocou a pergunta. O que você quer mesmo em troca?, fiz de conta que esquecia. Quero você nua, seus olhos miraram os meus e depois voltaram-se para o mar. Só isso?, minha intenção era ganhar tempo. Claro que não, quero um beijo e alguma coisa a mais, assegurou.

Deixáramos o carro no estacionamento do restaurante. Caminhamos pelo calçamento. Depois do Tropical acaba a praia. Venha comigo, convidou. Andamos cem metros, longe da luz da rua, apenas as estrelas, a lua e, defronte à praia, a vegetação. Quer ainda a pulseira?, perguntou. Acho que sim, duvidei. Por que a incerteza? Não acredita que seja verdadeira?, indagou. Acredito, firmei a voz.

Daí namoramos. Uma hora e um quarto.

No final, falou: não basta só o namoro. Sei disso, retruquei, você gosta de deixar as mulheres nuas. Isso mesmo, comentou, ainda bem que entre nós há o consenso. Me passa a pulseirinha, pedi. Obedeceu. Obedeci também. Sei que você gosta de histórias, falei. Se gosto?, tanto mais no dia seguinte, e na voz de quem deixou a saia nas minhas mãos, sua voz acompanhava a brisa suave da madrugada. Um beijo, vá, desejei. E lá foi ele; e fiquei eu. Apenas a pulseira, a sandália plataforma e a bolsa mínima. Cabe nela um maço de cigarros; cabe junto o celular, caso o maço não esteja cheio.

Portanto, você, que me lê agora, será que pode me ajudar? Traz uma camiseta. Recompenso. Sabe o Tropical? Caminhe na areia da praia, faz de conta que vai pra lagoa. É só. Quando estiver próximo, eu chamo. Mas lembre, não demore. Quero a pulseira, apenas. Não quero complicação.

quarta-feira, setembro 18, 2013

Nua no restaurante

O restaurante estava quente, por isso tirei o agasalho. Meus braços nus surpreenderam quem estava ao redor.

“Você não está com frio?”, perguntou-me o marido.

“Não, estou mesmo é com calor.”

Apesar do inverno, da temperatura baixa lá fora, para mim o restaurante estava muito aquecido. Bom momento para eu mostrar uma pequena parte do meu corpo. Todos estavam vestidíssimos, haviam pousado o casaco no encosto da cadeira, mas o suéter ninguém despira. Eu tirara o casaco e o suéter, vestia apenas uma camisa de algodão de mangas curtas.

Meu marido sorriu, aproveitou para mordiscar mais um pedaço de carne e beber outro gole de vinho. Eu, entre sorrisos e a alegria que todas as férias proporcionam, estava nua. Isso mesmo, nuazinha, ao menos para o momento, ao menos para o lugar. De outra mesa, notei que um homem olhou-me. Discreto, ele. Estava acompanhado. Mas no momento em que segurou a garrafa para despejar um pouquinho do líquido rubro na taça da mulher que o acompanhava, esticou os olhos até os meus braços. Sorriu. Retribuí o sorriso. Não houve nada de mal no incidente, apenas um sorriso de cada lado, depois o mergulho de volta nas nossas vidas. Mas fiquei arrepiada, e o arrepio durou até o fim do jantar. Na cadeira ao lado minha filha de quatro anos comia segurando o garfo de modo enviesado, enquanto meu filho, ao lado do marido, atacava os pedaços de carne e o macarrão, olhava um dos brinquedos em miniatura que colocara sobre a mesa, ao lado do prato.

“Mamãe, aqui não está frio porque tem a lareira, veja como é bonita”, falou a menina com a boquinha manchada de molho da comida.

“Isso, mesmo, Naná, a lareira aquece”, falei, ambas rimos.

“Papai não tirou o agasalho, acho que ele está com frio”, ela completou.

Meu marido sorriu. “Uns sentem mais frio; outros, menos”, concluiu e continuou com mais um gole do vinho.

Em volta todos vestidíssimos. O inverno torna as pessoas elegantes, pensei. Meus braços nus destoavam do ambiente. E, entre todos, apenas o tal homem discreto descobrira-me. Eu quis espichar o rabo do olho à direita, mas ainda não foi naquele momento. Minha filha tinha os olhos e o sorriso em mim, o garoto despertara do seu enlevo lúdico e o marido talvez pensasse qual o próximo prato.

“Mamãe, me leva pra fazer xixi”, a menina pediu.

“Levo, sim. Vamos.”

Levantamos. O garçom apontou-nos o toalete. A menina gostou de caminhar entre as mesas, empurrar para o lado a cortininha do banheiro, deslizar a porta corrediça.

“Mamãe, espere aqui, eu sei fazer xixi sozinha.”

“Que bom! Mamãe está feliz por você ser tão espertinha.”

Minha filha saiu do banheiro feliz.

“Vamos mamãe, agora vou pedir a sobremesa.”

Voltamos entre as mesas, algumas pessoas levantaram os olhos. Reparei então o homem discreto. Sua acompanhante tinha os olhos voltados para o bufê. Ele falava-lhe. Mesmo conversando com ela, olhou meus braços nus. Olhou e sorriu.

“Nunca vi uma nua tão bonita”, cheguei a ouvir. Talvez eu tenha captado seu pensamento, ou seu desejo, não sei bem. Mas que sua voz era bonita, não restava dúvida.

Depois de voltarmos ao hotel, de acomodar as crianças nas suas camas, preparei-me para deitar. Estava de dentes escovados, perfumada, envolta numa camisola creme, era uma camisola leve. Mas, antes de entrar sob as cobertas, tirei a camisola. Quando o marido se postou ao meu lado, encostei nele meus braços nus, meu corpo nu.

“Você reparou no restaurante?”, eu disse.

“O quê?”, ele curioso.

“Uma mulher nua.”

“Uma mulher nua? E naquele frio?”, surpreendeu-se.

“Isso, nuazinha. Você é mesmo muito distraído.”

Peguei suas mãos e comecei a deslizá-las sobre o meu corpo. Depois subi sobre ele. Depois namorei meu homem por um bom tempo.

“Amanhã, talvez ela apareça nua de novo”, falei.

“Será?”

“Acho que sim.”

“Então você me mostra?”, propôs.

“Vou pensar.”

Beijei-o. Adormeci. Tão nua, como a mulher no restaurante.

quarta-feira, setembro 11, 2013

Já que você deu a ideia...

Essa história aconteceu lá pelos meados de 2004. Uma mulher que conheci por correspondência resolveu vir ao Rio para conversarmos pessoalmente. Era de Minas, de uma cidade nas adjacências de BH. Ficou por aqui durante uma semana. A princípio adorou a cidade. Nos últimos dias, no entanto, aconteceu o que passo a relatar.

Após termos ido a cinemas, teatros e restaurantes nos primeiros dias após sua chegada, na sexta-feira combinamos ir à praia. Mas a uma praia bem distante. Eleonora, o seu nome, era relativamente jovem e tinha um corpo muito bonito. Mas sentia vergonha de mostrá-lo. Naturalmente não estava acostumada a sair por aí de biquíni, mesmo à beira-mar. Recato das mineiras. Fomos então para a praia mais distante na orla do Rio de Janeiro, bem depois do Recreio dos Bandeirantes.

Ao chegarmos, pousamos nossos pertences e cuidamos de ficar durante um bom tempo debaixo de um grande guarda-sol. Havia um quiosque nas proximidades cujo empregado se prontificou a servir o que desejássemos, inclusive um almoço. Como os frequentadores daquele local eram apenas nós dois, Eleonora pôde, enfim, mostrar o seu corpo.

Lá pelas onze horas chegaram mais algumas pessoas, mas mantiveram discrição e ficaram a uma distância razoável.

Em determinado momento, Eleonora começou a falar sobre uma hipótese.

“Ouça, me veio um pensamento, fiquei preocupada.”

“O que preocupa você numa manhã de sol ameno e numa praia quase particular onde apenas nós dois estamos a usufruir?”

“Exatamente isso. O lugar está muito deserto.”

“Mas não foi você quem pediu uma praia assim? Caso quisesse muita gente, teríamos ficado em Copacabana.”

“A princípio estava sentindo vergonha por ter comprado esse biquíni tão pequeno e ter de usá-lo na frente de outras pessoas, mas pelo pensamento que me ocorre acho que teria sido melhor.”

“O que preocupa você?”

“É o seguinte: o Rio é uma cidade onde ocorrem muitos assaltos. Já pensou se alguém assalta a gente agora? Não há nada a nos proteger.”

Olhei em volta e percebi que para uma pessoa que está acostumada a assistir aos noticiários sobre o Rio, o que ele temia era possível. Mas procurei tranquilizá-la.

“Não se preocupe. Há o quiosque, o funcionário está trabalhando tranquilo. Caso houvesse algum problema, teria nos avisado."

“Mas se aparecer um ladrão aqui, agora, por exemplo, não podemos fazer nada.”

“Não se preocupe. Quando saímos a passeio não pensamos nisso.”

“Sei que vocês não pensam nisso, mas pode acontecer, não?”

“Não tenho ouvido falar sobre assaltos em praias. O que vão nos roubar?”

“Por exemplo: podem nos roubar o carro, com tudo que trouxemos. Já pensou que vergonha caso levem todos os meus pertences e me deixem apenas com esse biquíni mínimo? Como vou voltar pra casa?”

“Ah, que imaginação. Confesso que gostei da ideia de ver você só com esse biquininho sem ter onde se esconder. Acho que vai entrar na água e ficar por lá até que eu arranje uma roupa comprida pra você...”

“Não brinque, pode acontecer, não é mesmo?”

“Acho que você quer mesmo é ficar nua. Se pensou isso, é porque deseja.”

“Eu? Você pensa isso de mim?”

Me aproximei dela e a beijei. Disse no seu ouvido:

“Como tem pouca gente na praia, acho que quem vai deixar você nua sou eu.”

Ela riu.

“Você não teria coragem...”

“Você nem me conhece direito. Lembra que conheci você por correspondência? Já pensou se sou o ladrão?”

“Não brinque com essas coisas, por favor.”

“Já pensou se deixo você nua e vou embora. Como você faz pra voltar pelada pra Minas?”

“Ai, nem pense nisso.”

Aproximou-se de mim e me beijou.

“Quer dizer que você vai me deixar peladinha aqui no Rio de Janeiro, nua, dentro d’água e vai embora com todas as minhas coisas?”, pareceu gostar da suposição.

“Acho que sim, já que você deu a ideia...”

“Então faz, vai, quero ficar pelada no Rio de Janeiro...”

“Puxa, não sabia que as mineiras mudam de ideia tão de repente.”

Levei-a para dentro d’água e tirei o seu biquíni. Parecia uma gata gemendo.

“Você quer mesmo que eu vá?”, eu.

“Você teria coragem?”, ela.

“É você que deseja as sensações...”

Corri areia acima, guardei tudo dela dentro do carro e dei a partida.

Meia hora depois, voltei. Estava tranquila, ainda dentro d’água. Quando me viu, foi a primeira a falar:

“Sabia que você não teria coragem de abandonar uma mulher tão bonita como eu...”

Me abraçou. Namoramos ali mesmo. Ela não mais vestiu a parte inferior do biquíni enquanto esteve dentro d'água.

“Depois que você foi embora, sabe, além de estar molhada pela água do mar, fiquei também molhadinha, mas por outro motivo”, sorriu enquanto bebia um gole de sua caipirinha.

“Você é capaz de escrever isso que estamos vivendo hoje?”, eu queria esconder a excitação, mas acho que não consegui.

“Claro que sim. Mas ponho você como narrador!”

quarta-feira, setembro 04, 2013

Quer voltar lá pra pegar?

Após ter ido à praia num domingo à tarde com um namoradinho de ocasião, acompanhei-o à sua casa, ou melhor, à suíte onde ele dizia morar enquanto trabalhava na cidade. Fizemos, então, um amor muito gostoso. Depois fui tomar banho e fiquei um tempo enorme me refrescando debaixo do chuveiro. Ao acabar, já que viera direto da praia, ameacei vestir novamente o biquíni.

“Não o vista, está molhado”, falou.

Era verdade, segurei as duas peças e pude constatar que seria desconfortável vesti-las após o banho.

“Cubra o corpo apenas com o vestido, já anoiteceu, vou levar você de carro”, completou.

“Tudo bem, não há ninguém na minha casa, todos viajaram, voltam só depois das dez.”

Na verdade era um vestidinho desses bem curtinhos, bem justo ao corpo, que todo mundo sabe que só são usados como saída de praia.

Descemos as escadas e entramos no carro.

Começou a dirigir pela cidade.

“Vamos passear mais um pouquinho”, sugeriu, “ainda é cedo.” Pegou uma via que nos levava à orla marítima.

Estacionou antes do Tênis Clube.

“Que tal tomar alguma coisa? queria um chope”, falou.

Acabei por aceitar. Saímos do carro e entramos num dos bares.

“Está gostando do dia de hoje?”, perguntou.

“Adorando”, sorri para ele.

“Foi bom mesmo, não? Praia, amor, chope, e você sem o biquíni.”

“É mesmo, tinha me esquecido, estou nua!”, representei.

“Jura que tinha esquecido?”

“Jurar, jurar, não fica bem, mas digo que sim.”

“Então você está acostumada a sair sem calcinha.”

“Sem calcinha, sim, mas não nua.”

“Você não está nua...”

“Com esse vestido curtinho, estou me sentindo nua.”

O garçom chegou com nossos chopes. Pedimos ainda um petisco.

Acabamos ficando por ali até mais ou menos nove e meia.

Ao sairmos do bar reparei que algumas pessoas olharam para mim. Não dei importância, mas sabia que no dia seguinte alguém iria dizer que me viu na orla etc. e tal.

Quando ele parou o carro na frente de minha casa, havia luz num dos quartos.

“Vou vestir o biquíni”, procurei as duas peças na bolsa. “Não estou encontrando...”

“Será que você não esqueceu lá em casa?”

“Tenho certeza que guardei aqui.”

“Jura?”

“Ah, você com essa mania de juramentos”, demonstrei certa irritação.

“Quer voltar lá pra pegar?”

“Não, boa noite, vou nua mesmo, ainda por cima estou morrendo de vontade de fazer xixi.”

Beijou-me e disse:

“Boa noite”, amanhã te pego de novo.”

“Tá bom”, não resisti à simpatia dele, "amanhã apanho o biquíni.”

Ele deu a partida e se foi. Eu me virei e abri o portão de casa.