Você gosta de fantasia, não é mesmo? Mas venha devagar,
vamos nos concentrar, poucos os movimentos, ou mesmo nenhum, apenas você
pulsando dentro de mim. Isso, assim, vou por cima, sento, que tal nós dois paradinhos?,
eu mordisco; você me infla, ok? Ouça. Lembra a brincadeira. Você me quis pelada
lá fora, na estrada. Avisei. Se ele me encontra vai ser um banquete, ó, não escapo, você vai dançar, pois o homem é tarado por mim. Ele sempre me olhou de soslaio e, imagine, quando eu dava as costas ele me comia com os olhos. Era por causa da
minha bunda. Isso, você está pulsando direitinho, e eu, mordiscando, apenas
esses movimentos sutis, vamos tentar gozar assim; quanto mais demorarmos, tanto
melhor. Escuta. Então, ele me encontrou. A tal brincadeira; eu, pelada dentro
da noite. Tentei me esconder, mas ele me viu. Vinha dirigindo o primeiro carro
da madrugada. Acho que demorei a me abaixar. O homem reparou o vulto, freou e
desceu para conferir. Se fosse um ladrão?, perguntei depois; era um vulto de
mulher, afirmou. Mulher também pode ser perigosa, rebati. Ele disse estou
acostumado. Eu, na frente dele, na lateral do carro, a blusa tão curtinha, do
umbigo pra baixo tudo de fora, ideia tua, lembra?, levaste o restante contigo,
e demoraste, não foi?, o homem ali, me comendo com os olhos. O que houve?, ele
quis saber. Não é momento pra perguntas, eu contradisse. Como você vai fazer
pra voltar pra casa assim, nua?, ele. Será que penso em voltar?,
respondi. Você está pelada para mim?, o
tal motorista duvidava. Quem sabe, retruquei. Mas ele não sabe pulsar, assim
como você. Quanto a mim, nem tempo tive de mordiscar. O homem era bruto, quero
dizer, é bruto. Me segurou pelos ombros, foi descendo as mãos, e ainda me
deixou sem a pequena blusa. Lançou minha única roupa mato adentro, para além do
acostamento da rodovia. Como me apertou. Espera, não deve ser assim, falei. Não
tenho muito tempo, estou a trabalho, ele disse, e logo vão notar o veículo no
acostamento, vão querer saber o que aconteceu, tenho hora, na empresa tudo é
cronometrado. Mas não estou aqui pra isso, ressaltei. Como, não? Você aparece
nua na minha frente e agora vai fugir, insistiu. Quem sabe, posso estar aqui
apenas para provocar, lancei a questão. Eu queria ganhar tempo. Provocar?,
duvidou, uma mulher nua além de provocar quer algo mais, finalizou. Então colocou
o pênis fora da calça. Eu quis me livrar, mas ele me segurava com força. Você
está acostumado a estuprar as mulheres, insinuei. Estuprar?, a palavra fez que
enfraquecesse a força das mãos. Confesso que eu podia ter corrido, escapado, mas
estava tão nua. Isso não é estupro, tentou se convencer, você sempre se mostrou
pra mim, me deu confiança, me deu até esperança de um encontro, e não esqueça
que apareceu nua em frente ao local onde sempre passo às cinco da manhã, todas
essas suas ações não aconteceram por acaso, argumentou. Trata-se de uma
brincadeira, falei, brincadeira do namorado, ele me deixou aqui nua mas volta
para me pegar, eu disse cerimoniosa. Brincadeira?, não se brinca com essas
coisas, falou alarmado, não é possível que você tenha um namorado que te deixa
nua por aí. Mas fui eu que dei a ideia, falei, tentava salvar a situação, não
queria que ele pensasse mal de você. Se foi tua a ideia, continuou com a
argumentação, é porque pensava em mim, queria que eu te encontrasse. Será?,
sorri depois da interrogação. Lógico que sim, acrescentou, já tive várias namoradas, e muitas agiram como você; a mais recente vivia no carro atrás de mim, não saltava, esperava eu deixar o último passageiro pra ir comigo até a garagem; no caminho eu enfiava o carro num desses cantos da estrada e tirava a minissaia que ela usava pra me provocar, o pano não media um palmo, a pele já estava toda arrepiada, ela não demorava a se derramar em gozo. Ele, então, me apertou com força, puxou meu corpo
pra junto do seu, senti seu pênis entre minhas pernas. Espere, pedi, me leve pra
dentro do carro. Você quer no carro, repetiu, ok, vamos pro carro. Entramos,
me deitou num dos bancos, o carro todo escuro, assim como a noite. Aí
aconteceu. Foi tudo muito rápido, ele não demorou a gozar. Quanto a mim, saiba,
homens desse tipo não esperam pela mulher, não são como você, que agora pulsa
dentro de mim com mais intensidade enquanto te mordisco com a vagina, enquanto
conto toda a história. Vamos gozar os dois, juntos. Vamos explodir. E sei que
você não vai me levar a mal por ter estado nas mãos de outro, ou melhor, por ter dado pra outro. Você ainda quer que eu conte mais? Ele me deixou nua na
estrada, disse que tinha de ir, não podia se arriscar a perder o emprego, de
modo algum. Pediu que eu esperasse. Ligaria a um amigo, que me traria roupas.
Falei que podia ir, que não se preocupasse. Sei me virar sozinha, afirmei
segura. Sabe?, ainda ironizou. Então, partiu. Não sei se chamou alguém pelo
telefone. Aí você chegou, e me levou nua no carro, e já a manhã se anunciava. Gostou, não é mesmo?, está até a sentir maior o tesão! Agora goza, vai, despeja tudo dentro de mim, mas paradinho, viu, assim como eu, e aproveita, já estou soltinha...
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