Estava escuro, eram quatro da madrugada, o céu transbordando estrelas, nenhuma brisa, eu nua atrás de uma árvore, à beira de uma estrada secundária. Como você chegou a essa situação?, alguma amiga curiosa poderia perguntar caso eu desse com a língua nos dentes. Conto já: foi tudo muito engraçado, sabe a linha de ônibus que cruza o centro, a única que existe no lugarejo?, há um motorista que me paquera faz tempo, olha-me com olhos de quem deseja um sonho de padaria, daqueles bem cremosos, eu queria mostrar-me a ele, estava toda arrepiada, arrepiada e molhadinha, não chovia nem serenava!, o bico dos seios durinhos, do jeito que ficam quando um homem toca-os com a ponta dos dedos, vi o ônibus ao longe, àquela hora apenas o motorista a dirigi-lo, hora em que leva o veículo do campo, onde fica estacionado durante a noite, ao centro da cidade, então começa a primeira viagem, o que eu faria?, sairia correndo do meu esconderijo e levantaria um dos braços, sinal de parada, ou me deslocaria para o meio da estrada, os faróis revelariam meu corpo inteiramente destinado a ele; o ônibus veio aproximando-se sonolento, sacolejava, levantava a terra rubra da estrada, às vezes tendia um pouquinho à esquerda, outras à direita, desviava-se dos buracos, quando faltavam mais ou menos cinquenta metros para passar perto de onde eu estava levantei-me, coloquei-me à beira da pista, o motorista manteve a velocidade durante alguns segundos, depois reparei que diminuiu, pouco a pouco foi parando, mas não o fez junto a mim, adiantou o veículo e o encostou próximo a uma cerca, reparei um vulto cuidadoso aparecer à porta, não desceu de todo, na meia luz da madrugada reparei uma cabeleira loura, tomei então um grande susto, não era o meu homem, o meu tinha cabelos negros, o que fazer naquela situação?, meu coração aos saltos, a mais de cem por hora, o desconhecido, vagaroso, deu dois ou três passos, parecia temer alguma armadilha, não se aproxime, por favor, cheguei a gritar, aconteceu alguma coisa com a senhora?, sua voz tinha certa gravidade, não, não aconteceu nada, apenas um engano, pode partir e me deixar em paz, por favor?, tem certeza de que não precisa de nada?, ainda tentou ser prestimoso, tenho uma toalha atrás do assento, completou, nada, respondi altiva, não é necessário, mostrei-me eloquente, após alguns segundos o ônibus desaparecia dentro da noite, eu suava, e não fazia calor, o que houve com o meu motorista?, mais tarde descobri que era o seu dia de folga!; saltei três dias e esperei à beira da mesma estrada, à mesma hora da madrugada, o veículo aproximou-se lento, na meia neblina parecia farejar os mistérios da noite, seus faróis eram dois olhos sonolentos, corri ao meio da pista temerosa de não ser vista, senti um frio no estômago ao pensar que poderia enganar-me mais uma vez, o motorista pisou no freio ao dar comigo nua, você?, escutei sua voz, não errara, desta vez era meu admirador, tapei-lhe a boca, leve-me ao último banco, quero namorar bem ao fundo, ele ainda não se havia refeito da surpresa, aqui?, chegou a
perguntar, não, lá no fundo, e não se preocupe, a nua sou eu, ainda é cedo, não vai perder o seu horário, carregue-me, ele tomou-me no colo e levou-me ao último banco, sente-se, por favor, pedi, obedeceu, abri sua calça, como estava nervoso seu pênis
ainda não reagira, relaxe, sussurrei-lhe, abocanhei-o à espera do melhor
momento, pouco a pouco foi excitando-se e seu pênis enrijeceu, quando se mostrou
bastante ereto levantei-me e o encaixei entre as minhas pernas, você deve estar achando ótimo ter-me encontrado nua, não?, minhas palavras fez que esquecesse o
ambiente à volta e se concentrasse no meu corpo, foi uma trepada e tanto,
totalmente louca, eu, cada vez mais ensandecida, gritava, gemia, urrava, ele
demorou a gozar, adorei, depois de terminarmos, ainda fiz que permanece
dentro de mim durante alguns minutos, agora dê a partida, pedi, leve-me ao seu lado, não posso dirigir com uma mulher nua dentro do carro, vou ter problemas,
afirmou, guie apenas duas ou três centena de metros, nunca passeei de ônibus nua, deu a partida, eu
sentada no primeiro banco após a entrada, depois de dirigir durante menos de cinco minutos, (ele sempre me olhando furtivo, eu de pernas cruzadas, mãos sobre as coxas), pedi que parasse, atendeu, beijei-lhe os lábios e me
despedi, você vai sair nua por aí?, mostrou-se preocupado, por acaso você vai manobrar e me levar em casa?, soltei as palavras, uma blague, quem sabe, ainda tenho tempo, ele disse, não, nada disso, estou
acostumada a me virar sozinha, quando nos vemos de novo?, ele quis saber, você gostou, hein, apesar de ter ficado tão nervoso, insinuei, claro,
que homem não gostaria?, apareço, de surpresa, falei enquanto descia o três degraus, lá fora empinei o seios e ainda lhe lancei mais um beijinho.
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