sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Disfarce

Vou ao encontro do meu admirador selvagem, homem rude, mãos ásperas, porém muito sedutor. Ele trabalha num haras onde a vida ao natural é bem convidativa.
Preciso de um disfarce. Lanço mão de uma peruca, uma roupa inédita e óculos.
Ele vai ficar muito surpreso. Jamais imagina que uma pessoa como eu, com a vida tão cronometrada, possa se dar ao luxo de viver uma aventura.

Entro no ônibus como se fosse visitar meus parentes em Macaé. Todos os apetrechos provocantes vão dentro de uma sacola.

Desço próximo ao haras. Tudo é muito deserto e a tarde se finda. Coloco a peruca e os óculos. Subo a ladeira que chega ao curral. Avisto Elias. Ele está levando uma égua até a baia. Ainda não me viu.

Aproveito e dispo o forro do vestido, deixando transparecer o meu corpo através de um tecido rendado. Minha calcinha é cheia de detalhes, fácil para o desnude total. Meus seios serão vistos assim que eu chegar, provocando sensações.

"Quer falar com alguém?"

"Com você mesmo."

"Nossa! Nunca pensei que o meu dia chegaria.”

Largou o que estava fazendo, abaixou, pegou uma mangueira, lavou o rosto e as mãos. Me chamou para o depósito de rações. Elias arrumou uma cama com os sacos, me segurou com seus braços fortes e me beijou intensamente. Tirou toda a minha roupa e abocanhou meus mamilos. Vesti seu pênis, que já estava armado como uma rocha, com uma camisinha. Ele então me acarinhou e fez que o prazer tomasse conta de todo o meu corpo.

"Você é muito gostosa, e com esse disfarce ficou ainda mais apetitosa.”

Gozei feito uma égua. Ele urrou de tanto prazer.

Me vesti do jeito que havia saído de casa e abandonei o local. Eram quase oito da noite.
Prometi voltar outras vezes. Afinal, fome e sede não sentimos só uma vez.

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