"Marg, como você faz?"
"Sou de outros carnavais."
"Mas você só quer saber de pular..."
"É isso o carnaval."
"Noutros tempos você não ia nua?"
"Ia e ainda vou, mas não como vocês."
"Como nós..."
"Envergonhadas."
"Você acha que estou envergonhada?"
"Um tanto vermelhinha."
"Confesso que tenho medo, depois que o baile acabar, o que vai ser..."
"Dance, dance muito, se você pensar não vai aproveitar."
"Mas e depois?"
"Depois a gente vê."
"Jura?"
"Sempre se arranja um jeito. Dance, não se pode é perder o rebolado."
Ah, essas meninas chegam nuas, provocantes, depois vêm com histórias. Houve uma que de tanto segurar as tiras laterais com medo-desejo de ficar sem acabou com a calcinha dividida em dois. Oh, onde meu pareô, ela quis saber. Ia nu o pareô, no encosto de uma cadeira, procurava-se pelo corpo que escapara.
Tão inocentes essas meninas, ainda não acreditam que moça e mulher bonita sempre atraem alguém para vir em seu socorro.
Mas hoje não me deixo nua, não, vou mais recatada, quero só me divertir, e é tão bonito o biquíni pequenino...
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