quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Não se pode é perder o rebolado

Essas meninas são inexperientes, não sabem o que é o carnaval, em meio à música alta e ao êxtase coletivo deixam-se despir pelas mãos dos rapazes e já vão mortas de vergonha.

"Marg, como você faz?"

"Sou de outros carnavais."

"Mas você só quer saber de pular..."

"É isso o carnaval."

"Noutros tempos você não ia nua?"

"Ia e ainda vou, mas não como vocês."

"Como nós..."

"Envergonhadas."

"Você acha que estou envergonhada?"

"Um tanto vermelhinha."

"Confesso que tenho medo, depois que o baile acabar, o que vai ser..."

"Dance, dance muito, se você pensar não vai aproveitar."

"Mas e depois?"

"Depois a gente vê."

"Jura?"

"Sempre se arranja um jeito. Dance, não se pode é perder o rebolado."

Ah, essas meninas chegam nuas, provocantes, depois vêm com histórias. Houve uma que de tanto segurar as tiras laterais com medo-desejo de ficar sem acabou com a calcinha dividida em dois. Oh, onde meu pareô, ela quis saber. Ia nu o pareô, no encosto de uma cadeira, procurava-se pelo corpo que escapara.

Tão inocentes essas meninas, ainda não acreditam que moça e mulher bonita sempre atraem alguém para vir em seu socorro.

Mas hoje não me deixo nua, não, vou mais recatada, quero só me divertir, e é tão bonito o biquíni pequenino...

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