Quando leio aquelas histórias, fico a mil por hora. Não conheço a autora nem sei se ela sabe alguma coisa sobre mim, mas o conto que fala da morena que bate nua na porta do namorado sou eu direitinho, e é uma experiência que vivi na pele. Gosto e, ao mesmo tempo, resisto em lembrar. Como ele demorou a abrir...
Sempre ao ler o relato me deleito, volto no tempo e vivo as mesmas sensações.
Outra história que me excita é uma de carnaval. A mulher dança com um vestido solto e curtinho; está de short por baixo, mas logo resolve tirá-lo. Depois, deixa entrever o fio dental preto. Mais um tempinho vira de costas, levanta a roupa e mostra o bumbum. Então começa a tirar a calcinha. Quando volta a ficar de frente, coloca a mão na barra do vestido fazendo um falso jogo de esconde-esconde com sua nudez frontal.
Será que eu teria coragem de dançar assim, quase pelada? Só se fosse escondidinha, no fundo de um camarote. Mas a história não acaba aí. Ela trepa com um homem em pleno baile, à meia luz. Entro na sua pele. Na euforia dos beijos e amassos, ele guarda minha calcinha no bolso da bermuda. No final, depois do prazer proporcionado pelo sexo, apareço rebolando de novo, ainda nua, nem sinal do homem por perto. Quando o baile acabar, como vou fazer? Sinto outro arrepio. Se cheguei nua em casa alguma vez? Já cheguei e também já saí, mas não quero falar sobre isso agora.
Estou sentada no sofá, mas sem o vestidinho. Acaricio minhas pernas.
Outro episódio que faz meu coração ir aos saltos é o da mulher que vai se casar mas no dia do casamento, faltando quatro ou cinco horas para a cerimônia, deixa-se seduzir por um homem negro, faz amor com ele nas areias da praia, uma despedida de solteira. Eu, como não gosto de casamentos, adorei. A maioria dos homens passa a mulher para trás. Ela colocou chifres no futuro marido. Como o homem do baile de carnaval, este também a deixa nuinha. O final do conto não esclarece como a jovem fez para voltar para casa. Ou mesmo se chegou a casar. Tudo vai depender da imaginação do leitor.
Meu último namorado tentou me dar prazer de todas as maneiras. E conseguiu. Como me conhecia bem, narrava histórias que me provocavam muita excitação. Como eu gritava nos braços dele. Mas, um dia, terminei o namoro. O motivo? Não sei explicar direito. Pus na cabeça que me traiu. Mas ele nunca admitiu a traição.
Longe dele, sofri bastante. Mas, pouco a pouco, comecei de novo a ler histórias de encontros, sedução, arrepio, sexo. Imagino os homens sempre de pênis avantajado. Vivo a vida das personagens, seus gozos e temores. Enfim, já não estou sozinha, mas plena de possibilidades.
Afasto as pernas devagarzinho, minhas mãos subindo pelas coxas, eu nuinha no sofá...
Afasto as pernas devagarzinho, minhas mãos subindo pelas coxas, eu nuinha no sofá...
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