– Por quanto tempo ainda você vai me deixar nesse
canto da sala, apenas de calcinha? Já posei para as fotos que você pediu.
– Lena, por que as mulheres sempre escondem os seios quando nuas diante de um homem?
–
Ora, porque é onde sentem mais vexo.
– Já deixo você se vestir, mas ouve primeiro esta história, ok? É de
alguém que também posou aqui neste mesmo apartamento. Ela escreveu um livro de
contos, e dedicou um deles a mim.
– A você?
– A mim, Lena, verdade. Ouve. Faz das minhas palavras as delas.
Ele deixou um bombom ao meu lado e disse: “quando estiveres prestes a gozar, me avisa, vou colocar o bombom na tua boca, mastiga então com vontade e engole tudo. Quero-te gozando também com o chocolate.”
Apenas ao escutar o pedido já fiquei arrepiada. Mas vamos do começo.
Cheguei à região dos Jardins às quatro da tarde. Não demorei
a encontrar o endereço. Ao bater, veio atender uma espécie de governanta uniformizada.
“Pois não?”
Falei a senha.
“Por favor”, abriu caminho e me mandou seguir. Atravessamos o corredor comprido. Chegamos ao pátio, havia um jardim bem no centro.
“Atravesse o jardim e entre por aquela porta”, apontou à
outra extremidade.
Segui em frente. Não deixei de observar as flores, que
estavam tão vívidas. Ao atingir a porta desejada, bati. Ela fez sinal para eu mover a maçaneta. Obedeci e entrei.
Na antessala havia um aviso: tire toda a roupa e a pendure
no cabide. Olhei para o interior do cômodo. Meus olhos demoraram a se acostumar à meia luz. Passei a mão nos meus próprios seios. Mesmo antes de me despir
já me senti nua. Avancei dois passos, mas parei e olhei de novo o cabide vazio
dependurado numa espécie de apoio transversal. Novamente li o bilhete: “tire
toda a roupa...”
Um tanto vexada, cumpri o que me era pedido. Mantive os
sapatos e a bolsa dependurada ao ombro. Sabia que devia continuar em frente,
meu dever era entrar e explorar todos os cômodos. Após descobrir um dos
toaletes e o quarto de dormir, entrei numa espécie de escritório. Uma das
paredes abrigava várias prateleiras com livros que subiam até o teto. Uma
escada de três degraus estava ao lado, era para os livros que estavam
mais acima. Quando me voltei, vi um enorme livro de arte sobre a mesa. Tomei-o
nas mãos, sentei na poltrona e o abri. De repente, brilhou a luz de um flash.
“Fotos não estão no acordo”, falei sem tirar os olhos do
livro.
Apareceu um homem vestido de terno. Sorriu, baixou a
máquina.
“Você será recompensada muito além do que espera.”
“Será?” Disfarcei minha nudez com uma parte do livro, depois
o abracei como um agasalho que me salvaria do frio. Com o sorriso, teci um manto para disfarçar a
ponta de vexo que a falta das roupas me provocava.
“Gosta de chocolate?”, ele soube contornar a situação.
“Na maioria das vezes, sim”, respondi sorridente.
“Sirva-se”, apontou o pote com bombons, “chocolates servem
como agasalho”, observou meu corpo arrepiado.
“São tantos, acho que vou me esconder debaixo de um cobertor”,
vagarosa, mastiguei dois. O homem me esperava.
“Uma boa ginástica também serve de aquecimento”, apontou
outra porta e fez sinal para que o seguisse. Entramos numa espécie de mini academia.
Antes de entrar no cômodo, reparei a porta. Era toda
trabalhada com esculturas em baixo relevo. Retratavam mulheres nuas nas mais
diversas posições. Ao ver que eu admirava a obra de arte, perguntou:
“Será que você consegue imitá-las no exercício?”
Entrei sem nada responder. Sentei num aparelho que se usa
para aumentar o volume muscular das pernas. Fiz os primeiros movimentos.
“Ótimo, não sabia que você é tão boa nisso.”
Depois de alguns minutos, subi na bicicleta.
“Sempre quis pedalar nua”, sorri na direção dele.
“Então você vai querer vir aqui muitas vezes.”
“Quem sabe”, envolvi-o de novo na minha simpatia enquanto aumentava
a velocidade.
“Ai, acho que vou perder a cabeça”, falei em meio às
acelerações. “Acho que hoje a perco de vez.”
“Espere um pouco,
ainda há algo mais excitante”, apontou-me outra sala.
“Estou tão bem aqui sobre a bicicleta...”
“Deixe-a para outra hora, controle-se e venha comigo.”
Antes de atravessar a próxima porta, tive de me banhar num
pequeno chuveiro manual. Ele fez questão de direcionar a chuveirada de água morna na minha direção. Entramos numa sala de banho. No meio, havia o
ofurô, a banheira japonesa.
“A água está escura”, observei.
“Chocolate com uma pitada de licor, você não aprecia?”
“Chocolate?”
“Isso. Você entra primeiro. Eu vou depois e me banho junto
com você.”
Enquanto ele se despia, falei de um ex-namorado.
“Ele deixou um bombom ao meu lado e disse: ‘quando estiveres prestes a gozar, me avisa. Vou colocar o bombom na tua boca, mastiga então com vontade e engole tudo. Quero-te gozando também com o chocolate.”
“Aqui faremos o mesmo, mas vamos tomar o chocolate todo, até
deixar a banheira sequinha.”
“Jura?”, fiquei assustadíssima.
“Oh, se juro.”
Entramos. Em poucos segundos me tornei negrinha, a toca na cabeça me salvava os cabelos. Não
tive de sorver todo o chocolate da banheira, pois morreria afogada. Mas os dois, bebemos boa parte.
Depois lambemos um ao outro. E, no final, perdi a cabeça... Deixei que ele gozasse dentro de mim. Como não havia mais jeito, ainda mergulhei de boca no seu
pênis, tudo misturado ao chocolate.
– E então, Lena, o que achaste?
– Não sei. Mas vou destapar os seios e estender os braços para aceitar um bombom de chocolate!