quinta-feira, maio 30, 2013

Uma sensação e tanto

Às vezes acontecem coisas que deixam a gente em puro estado de êxtase. Uma delas me ocorreu enquanto andava de bicicleta na ciclovia que margeia a orla marítima, aqui na Zona Sul do Rio. Saí de casa de short e camiseta, comecei o meu passeio e, ao passar pelo Leme, comecei a sentir algo estranho dentro de mim, algo que percorreu as minhas pernas, arrepiou-me, imiscuiu-se nas minhas entranhas e estacionou no baixo ventre. Comecei então a ter aquela sensação que normalmente sinto quando estou na cama fazendo amor. Fiquei toda molhada e, de repente, gozei. Isso mesmo, não tenho outra palavra para expressar o que me aconteceu naquele momento.

Dois dias depois voltei a pedalar na mesma orla, mas dessa vez saí de casa de biquíni, o menor biquíni que possuo. Nem liguei para o que as pessoas pensariam ou falariam de mim, principalmente o porteiro do prédio onde moro. Subi na bicicleta e me pus a pedalar. Depois de alguns minutos, comecei a experimentar a mesma sensação. Então pensei em algo que pudesse me estimular mais, algumas fantasias que todas as pessoas têm na hora do sexo. Pensei no namorado que gostava de me levar nua no banco do carona. A sensação foi aumentando, o tal calor subiu de novo por minhas pernas e percorreu-me o interior do corpo. Fiquei toda molhada de novo. Olhei o mar, as pessoas que estavam na praia, respirei fundo, tremi, agarrei-me com mais força ao guidão da bicicleta e... gozei. Que bom!

Ainda no mesmo passeio, lembrei-me de um amigo com quem conversara certa vez sobre a sensação de êxtase. Ele praticava ioga. Falou que havia exercícios que podiam levar ao gozo sexual sem que se tocasse no parceiro. Mas era preciso muita preparação e cuidado. O sucesso resultaria de uma prática disciplinada, às vezes longa. Quanto ao cuidado, o praticante deveria dar atenção ao seu batimento cardíaco, que sempre se acelera no momento de prazer máximo.

Mas a sensação de gozar pedalando, apesar de me deixar a mil por hora, não agita meu coração mais do que acontece quando estou na cama a namorar alguém. Tudo flui com naturalidade. O que acho de positivo nisso é que a mulher capaz de gozar assim acaba tornando-se até certo ponto autossuficiente. Pode até ter um parceiro, mas terá o prazer à hora que bem entender, o que a tornará muito mais feliz. Vestir um biquíni mínimo é também um fator que facilita muito. Além da sensação de nudez que proporciona, enquanto se pedala ele roça bem lá no fundo. E tem mais uma coisa. Outro dia um homem me olhou tanto, que achei que me flagrava em pleno gozo. Resultado: fiquei molhada em dobro.

sexta-feira, maio 24, 2013

Toda serelepe

Você fala que saí na foto toda serelepe. Gostei da palavra, tão mimosa. De agora em diante vou me portar assim, toda serelepe. Reparou o meu rosto? Não olho na direção da câmera, mas um pouquinho para baixo, como se quisesse observar os pés de quem me fotografa. Então parece que me escondo, parece que não consigo evitar uma ponta de vergonha. Notei também que lhe agradou a minha sandália, bonitinha, não? Vermelha, de meio salto. Tenho certeza de que a pose é encantadora, eu bem esticadinha, as pernas juntas, o braço esquerdo encostado ao corpo. Com o braço direito seguro a coleira de minha cadela, Lana, que aparece à direita. Bonita ela, é jovem, não tem ainda um aninho. Adora passear com a dona. Repare a lateral, à esquerda de quem olha, e o fundo da fotografia. Há o calçamento, um meio muro com plantas; atrás, o jardim de uma casa; é possível também enxergar um homem, ele olha de modo disfarçado para mim. Acho que o surpreendi. Volte os olhos ao meu corpo. Veja a pulseira de contas que uso no pulso direito, acima da mão com que conduzo Lana. Gostou? Ah, outro detalhe, minhas unhas vermelhas combinam com a cor da sandália. O mais interessante, porém, é meu sorriso. Aparento certo vexo. Também não era para menos, você não acha? Que outra expressão eu poderia trazer? Repare os meus seios. Não sou tão narcisista assim, mas os acho tão bonitos, tão – como dizem por aí – bem feitos. Reparou o umbigo? Que delícia, não é mesmo? Desça os olhos mais um pouquinho. E então? Não posso dizer mais. Eu, na rua, de manhãzinha, eu e minha cadela. Precisei ter muita coragem. Como poderia transmitir desenvoltura assim tão... tão...? Repare o pelo da Lana, muito bem tratado; agora volte a vista, me observe de novo. O meu pelo? Não, não tenho pelo... Na verdade, vou em pelo! Por isso a ponta de vexo, por isso, talvez, toda serelepe!

quinta-feira, maio 23, 2013

Escrevi um conto inspirado em você

Tenho um ex que é escritor, e vez ou outra ele envia mensagens para mim. Eis uma conversa por e-mail que tivemos recentemente.

Oi, Beth, tudo bem? Escrevi um conto inspirado em você, quero-lhe enviar colado ao e-mail, mas pergunto antes: posso? Não lhe desejo causar problemas.
Beijos,
Paulo

Não respondi logo, acho que ele chegou a pensar que eu não queria mais assunto. Ontem, porém, escrevi:

Paulo, cadê o conto que você escreveu inspirado em mim? Mande logo. Obrigada!

Oi, Beth, tudo bem? Ainda não tinha enviado porque estava esperando sua concordância. Aí vai.
Beijos,
Paulo

Paulo, nem tudo nesse conto foi inspirado em mim, nunca tive dois namorados ao mesmo tempo. Aqui em Glicério todos me consideram muito. Estou praticamente casada, e o Guilhermino depois que veio morar aqui já fez muitas amizades. Todos os homens falam muito bem de mim pra ele.
Abraços,
Beth

Oi, Beth, desculpe se o conto não corresponde ao que você é. Nem foi essa a minha intenção. Apenas me inspirei em você e criei a história usando a imaginação. As personagens dos contos não precisam corresponder às da vida real.
Beijos,
Paulo

Pouco a pouco minha raiva foi desaparecendo, então li de novo a história e passei a entendê-la de outro modo. Passei até a admirá-la. O que afirmei na mensagem, no entanto, é verdade, jamais namorei dois homens ao mesmo tempo. Mas há outros fatos no conto que me comprometem, e ele poderia tê-los apresentado como argumento mais consistente para questionar a fragilidade do motivo que me levou a ficar aborrecida. Quando namorei o escritor, cometi algumas loucuras que, acredito, nenhuma outra mulher teria coragem de cometer. Caso meu atual marido venha a saber disso, mudará sua opinião sobre mim.

Certa vez ao sairmos de madrugada  eu e esse meu ex , ele me prometeu provocar uma sensação que eu jamais sentira. Parou o carro à beira da estrada, pediu que eu tirasse toda a roupa, a deixasse dentro do carro e saltasse. Como sempre fui destemida, concordei. Ele deu a partida, acelerou e se foi. Ao me ver nua e sozinha, envolvida pela escuridão da noite, percebi a loucura que eu estava fazendo. Fiquei então agitadíssima, o coração a mil por hora. Quando percebi os faróis de outro carro que se aproximava, me atirei no mato, quietinha. Depois que as luzes se foram levantei e descobri que eu estava molhadinha. Mas entre as pernas. Gozei de verdade, e foi um gozo longo, como jamais senti. O namorado voltou vinte minutos depois. Quase pedi que partisse e me deixasse ali mais um pouco. Outra loucura aconteceu na praia. Estávamos dentro d’água quando ele me instigou a tirar o biquíni e entregá-lo em suas mãos. Não demorei a aceitar o novo desafio. Ele levou o meu biquíni e o guardou na bolsa, que ficara na areia; depois voltou e continuamos namorando, eu nua nos seus braços. Também já saí de casa totalmente nua, e por duas ou três vezes. Tanto da minha casa, como do apartamento dele, que fica no Rio. Na minha, desci pelada dois lances de escada; no Rio, saí do apartamento, subi um andar e voltei de elevador; depois bati à porta e esperei um tempo imenso para que ele abrisse.

Oh, todos esses fatos no conto e eu preocupada porque ele sugeriu que namorei dois homens ao mesmo tempo! Querem saber de uma coisa? Acho que nas noites de insônia, é ele quem ainda namoro.

quinta-feira, maio 16, 2013

Você tem um corpão...

“Você tem um corpo e tanto”, o hóspede falou enquanto eu providenciava o jogo de toalhas que a camareira deixara de colocar. É lógico que eu não podia sorrir, estava acostumada a esse tipo de cantada e a seriedade, mesmo que forçada, é sempre golpe poderoso para desarmar os homens.

“Você tem um corpão!”, insistiu agarrando-me o quimono.

Acabei sorrindo, mas de um jeito delicado, não queria que visse na minha atitude um destrato, pois vinha à cidade a trabalho e se hospedava no hotel quase toda semana.

A camareira chegou com o novo jogo de toalhas, entrou e o colocou sobre a cama. Agradeci. Ela pediu licença e se retirou.

“Está bom assim?”, perguntei séria, recomposta.

“Está, mas com você por perto é melhor.”

Sorri mais uma vez, me despedi e saí do apartamento.

Sou gerente do hotel há alguns anos, sempre procuro primar pela eficiência. Queremos manter o cliente, ele é o mais importante para nós.

Quando aquele hóspede desceu e passou por mim – eu estava próxima à recepção –, piscou o olho.

Não mais o vi naquele dia. Mas no seguinte, ao entardecer, a recepcionista procurou por mim: “o hóspede do 803 está à sua procura”. Tive vontade de perguntar o motivo, mas refleti e fiquei em silêncio. Liguei para o 803.

“Alô?”, escutei sua voz.

“Pois não, do que se trata dessa vez?”, perguntei com frieza.

“Você poderia vir até aqui?”

“Não é melhor dizer o que deseja? Subo e resolvo seu problema de uma vez por todas.”

“Ah, que ótimo, vou lhe dizer, então...”

Subi. Ele deixara a porta aberta. Mesmo assim bati de leve com o nó de um dos dedos.

“Entre, por favor.”

”Ok, e então?”, perguntei com uma ponta de sorriso.

“Você tem um corpão...”

“Não é permitido assediar as funcionárias do hotel”, falei.

“Não estou assediando você, mas admirando, já lhe disse, você tem um corpo e tanto.”

“Sabe que posso chamar a polícia e registrar queixa contra você?”

“Sei, mas você não vai fazer isso, não é mesmo?”

“Você sabe quantas vezes por dia ouço esse seu elogio?"

“Imagino”, respondeu com uma dose de alegria.

“Então de agora em diante, exijo que você me respeite. Trabalho aqui faz três anos e nunca dei confiança para hóspede algum.”

“Ok, me desculpe, pensei que estivesse gostando da paquera.”

Dei as costas e desci. Entrei no escritório e sentei. Tirei da bolsa um pequeno espelho, olhei meu rosto, os olhos, a pintura.

Tive uma amiga que dizia a mesma coisa: "você tem um tremendo corpo, se o meu fosse assim eu estava feita." "É mesmo?", eu retrucava. Ela concluía: "Se sem ser tão bonita como você já arranjo uma porção de admiradores, ganho deles tantos presentes, imagine se eu tivesse o corpo como o seu." 

Você tem um corpão... Lembrei a voz do engraçadinho. Se ao menos usasse um pouco de sutileza, quem sabe, até me levava o biquíni. Continuei a me olhar no pequeno espelho. De repente, tomei nas mãos o telefone e liguei para a recepção. Ao ouvir a voz da funcionária, falei: "por favor, Aline, me ligue com o 803. Quando o homem atendeu, falei com uma ponta de ironia:

"Você tem um corpanzil!"

"Corpanzil?", pareceu surpreender-se; talvez por estranhar a palavra, talvez por reconhecer minha voz.

"É como se diz corpão à maneira culta", completei.

Deu uma sonora gargalhada. Quando amainou o riso, concluí:

"Desce ao segundo andar e bate no 201, é o meu escritório, tenho uma coisa pra te mostrar.

quinta-feira, maio 09, 2013

Sobre o sofá da sala de estar

Sobre o sofá da sala de estar, as pernas cruzadas, espero... O que mais posso fazer?  Tudo começou com um jogo. No momento do amor, ele sussurrou-me ao ouvido, sempre com jeito meloso, peculiar a ele:

“Marta, vais ficar o tempo todo nua.”

Pôs-se a me acariciar. Depois do gozo eles esquecem, pensei, nenhum deles cumpre o que disse momentos antes, é como se passassem uma borracha, ou mesmo agissem como se nada tivessem pronunciado. Levantam-se, vestem-se e se vão. Mas este agiu diferente, continuou impetuoso.

“Estás a se aproveitar”, beijei seu rosto depois de lhe soprar essas palavras.

“Eu? Estou a te dar proveito, não é o que desejas?” Alisou-me o ombro, o bico dos seios e o umbigo.

Saltei mais uma vez sobre suas coxas...

“Gosto de brincar, não é mesmo? E tu gostas do esconde-esconde”, falei.

Namorávamos com suavidade voraz.

“Amor, onde a bolsa?”, perguntei.

“Bolsa?”, fez-se de desentendido.

“Deixa pra lá”, fingi que nada acontecia, e eu arrepiada sobre o sofá.

Já arrumado, colocou por último a gravata, beijou-me a boca, despediu-se num muxoxo quase silencioso.

Logo que bateu a porta, pensei em procurar a bolsa. Onde ele a escondera? Será que fizera como na última vez quando a deixara no box junto à escada, no lado de fora do apartamento? Daria uma rápida corrida, mesmo nua, e a traria de volta. Mas... abateu-me intensa preguiça. Passou pouco tempo e escutei alguém a empurrar o carrinho. Lá se vai o zelador, falei comigo, lá se vai a bolsa, talvez alguém aproveite alguma das peças, tudo tão caro, tudo pelos olhos da cara.

“Amor, te trarei um presente logo mais”, falara ele no momento áureo do amor.

“Presente?”, choraminguei em meio às suas carícias.

“O vestido...”, não o deixei completar, minhas mãos impuseram-lhe mais ardor.

E lá se vai o homem que zela pela limpeza do edifício, não sabe que deixa nua uma mulher. Tudo fruto de um jogo entre mim e o namorado, um tipo de esconde-esconde a nos provocar arrepios. E eu sentada, de pernas cruzadas, sobre o sofá da sala de estar.

quinta-feira, maio 02, 2013

Mastiga com vontade

– Por quanto tempo ainda você vai me deixar nesse canto da sala, apenas de calcinha? Já posei para as fotos que você pediu.

– Lena, por que as mulheres sempre escondem os seios quando nuas diante de um homem?

– Ora, porque é onde sentem mais vexo.

– Já deixo você se vestir, mas ouve primeiro esta história, ok? É de alguém que também posou aqui neste mesmo apartamento. Ela escreveu um livro de contos, e dedicou um deles a mim.

– A você?

– A mim, Lena, verdade. Ouve. Faz das minhas palavras as delas.


Ele deixou um bombom ao meu lado e disse: “quando estiveres prestes a gozar, me avisa, vou colocar o bombom na tua boca, mastiga então com vontade e engole tudo. Quero-te gozando também com o chocolate.”

Apenas ao escutar o pedido já fiquei arrepiada. Mas vamos do começo.

Cheguei à região dos Jardins às quatro da tarde. Não demorei a encontrar o endereço. Ao bater, veio atender uma espécie de governanta uniformizada.

“Pois não?”

Falei a senha.

“Por favor”, abriu caminho e me mandou seguir. Atravessamos o corredor comprido. Chegamos ao pátio, havia um jardim bem no centro.

“Atravesse o jardim e entre por aquela porta”, apontou à outra extremidade.

Segui em frente. Não deixei de observar as flores, que estavam tão vívidas. Ao atingir a porta desejada, bati. Ela fez sinal para eu mover a maçaneta. Obedeci e entrei.

Na antessala havia um aviso: tire toda a roupa e a pendure no cabide. Olhei para o interior do cômodo. Meus olhos demoraram a se acostumar à meia luz. Passei a mão nos meus próprios seios. Mesmo antes de me despir já me senti nua. Avancei dois passos, mas parei e olhei de novo o cabide vazio dependurado numa espécie de apoio transversal. Novamente li o bilhete: “tire toda a roupa...”

Um tanto vexada, cumpri o que me era pedido. Mantive os sapatos e a bolsa dependurada ao ombro. Sabia que devia continuar em frente, meu dever era entrar e explorar todos os cômodos. Após descobrir um dos toaletes e o quarto de dormir, entrei numa espécie de escritório. Uma das paredes abrigava várias prateleiras com livros que subiam até o teto. Uma escada de três degraus estava ao lado, era para os livros que estavam mais acima. Quando me voltei, vi um enorme livro de arte sobre a mesa. Tomei-o nas mãos, sentei na poltrona e o abri. De repente, brilhou a luz de um flash.

“Fotos não estão no acordo”, falei sem tirar os olhos do livro.

Apareceu um homem vestido de terno. Sorriu, baixou a máquina.

“Você será recompensada muito além do que espera.”

“Será?” Disfarcei minha nudez com uma parte do livro, depois o abracei como um agasalho que me salvaria do frio.  Com o sorriso, teci um manto para disfarçar a ponta de vexo que a falta das roupas me provocava.

“Gosta de chocolate?”, ele soube contornar a situação.

“Na maioria das vezes, sim”, respondi sorridente.

“Sirva-se”, apontou o pote com bombons, “chocolates servem como agasalho”, observou meu corpo arrepiado.

“São tantos, acho que vou me esconder debaixo de um cobertor”, vagarosa, mastiguei dois. O homem me esperava.

“Uma boa ginástica também serve de aquecimento”, apontou outra porta e fez sinal para que o seguisse. Entramos numa espécie de mini academia.

Antes de entrar no cômodo, reparei a porta. Era toda trabalhada com esculturas em baixo relevo. Retratavam mulheres nuas nas mais diversas posições. Ao ver que eu admirava a obra de arte, perguntou:

“Será que você consegue imitá-las no exercício?”

Entrei sem nada responder. Sentei num aparelho que se usa para aumentar o volume muscular das pernas. Fiz os primeiros movimentos.

“Ótimo, não sabia que você é tão boa nisso.”

Depois de alguns minutos, subi na bicicleta.

“Sempre quis pedalar nua”, sorri na direção dele.

“Então você vai querer vir aqui muitas vezes.”

“Quem sabe”, envolvi-o de novo na minha simpatia enquanto aumentava a velocidade.

“Ai, acho que vou perder a cabeça”, falei em meio às acelerações. “Acho que hoje a perco de vez.”

“Espere um pouco,  ainda há algo mais excitante”, apontou-me outra sala.

“Estou tão bem aqui sobre a bicicleta...”

“Deixe-a para outra hora, controle-se e venha comigo.”

Antes de atravessar a próxima porta, tive de me banhar num pequeno chuveiro manual. Ele fez questão de direcionar a chuveirada de água morna na minha direção. Entramos numa sala de banho. No meio, havia o ofurô, a banheira japonesa.

“A água está escura”, observei.

“Chocolate com uma pitada de licor, você não aprecia?”

“Chocolate?”

“Isso. Você entra primeiro. Eu vou depois e me banho junto com você.”

Enquanto ele se despia, falei de um ex-namorado.

“Ele deixou um bombom ao meu lado e disse: ‘quando estiveres prestes a gozar, me avisa. Vou colocar o bombom na tua boca, mastiga então com vontade e engole tudo. Quero-te gozando também com o chocolate.”

“Aqui faremos o mesmo, mas vamos tomar o chocolate todo, até deixar a banheira sequinha.”

“Jura?”, fiquei assustadíssima.

“Oh, se juro.”

Entramos. Em poucos segundos me tornei negrinha, a toca na cabeça me salvava os cabelos. Não tive de sorver todo o chocolate da banheira, pois morreria afogada. Mas os dois, bebemos boa parte. Depois lambemos um ao outro. E, no final, perdi a cabeça... Deixei que ele gozasse dentro de mim. Como não havia mais jeito, ainda mergulhei de boca no seu pênis, tudo misturado ao chocolate.


– E então, Lena, o que achaste?

– Não sei. Mas vou destapar os seios e estender os braços para aceitar um bombom de chocolate!